Por Hermes C. Fernandes
(via Facebook)
“Sementes para um milagre”, anunciou Malafaia do alto de seu púlpito antes de desafiar os fiéis a fazerem ofertas exorbitantes.
Pergunto:
Que semente a mulher hemorrágica lançou para ser curada por Jesus?
Qual foi a semente do cego Bartimeu, que clamou às margens do caminho?
E o paralítico do tanque de Betesda, que nem força tinha para se levantar, que oferta ele deu para ser curado?
Me aponte um único enfermo curado por Jesus porque deu uma oferta.
Nenhum.
E a viúva pobre, que colocou no gazofilácio as últimas duas moedas que lhe restavam?
Que milagre financeiro ela recebeu em troca?
Jesus a elogiou não pelo montante, mas porque ela deu tudo o que tinha, enquanto os ricos davam do que lhes sobrava.
E a viúva de Naim, cujo filho Jesus ressuscitou?
Que semente ela lançou antes de receber seu milagre?
Percebe?
O milagre nada tem a ver com a oferta dada.
Oferta não é moeda de troca, nem chantagem espiritual.
Jesus era movido por compaixão, não por interesse.
Oferta deve nascer da gratidão e generosidade, não da barganha.
Deus não precisa do dinheiro de ninguém para operar milagres.
Mas os impérios eclesiásticos precisam. E muito. Precisam para manter palácios, jatinhos, redes de TV e, claro, para bancar manifestações políticas em favor de seus mitos de estimação.
Não se deixe manipular.
Deus não vende milagres, nem precisa ser pago para agir.
O Reino de Deus não está à venda.
Sim, ofertas podem ser sementes.
Sementes que gerem frutos para alimentar quem tem fome, e não a ganância de quem tem um projeto de poder.
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