Onde se buscar a esperança? Por que ter esperança?
Eclesiastes 9.4 diz:
“enquanto alguém está entre os vivos, tem
esperança”.
Esse verso do antigo Pregador (Coélet) se parece muito com um
dito popular moderno: “Enquanto há vida há esperança”. A morte se interpõe como
linha divisória entre a esperança e não-esperança. A esperança é para os vivos,
para os que podem esperar. No pensamento do Coélet, esperar parece “uma espécie
de característica intrínseca à própria vida." (Gutiérrez), ou seja, o fim da
vida é também o fim das esperanças. No pensamento concreto do Coélet uma
esperança que não seja localizada na “terra dos viventes” é uma espécie de
desesperança; um desespero. Quem colocou suas esperanças em outra terra é por que já não tem esperança
nesta terra: nega as esperanças neste mundo para afirmar as esperanças num
outro.
O problema não é se há esperança após a morte, o problema é
se podemos ter esperança antes de morrer.
No contexto da escrita do livro do Eclesiastes (Qoélet) dois
eram os motivos para a falta de esperança: a situação política, na qual a
Palestina estava sob o domínio de estrangeiros, e as suas reflexões sobre o fim
da vida tão igual para todos, até comum com os animais. Diante desse cenário,
Eclesiastes colocou suas pequenas e firmes esperanças do dia-a-dia na
felicidade dos momentos cotidianos nos quais o pão, o vinho e o amor eram
elementos fundamentais. Continuar vivo era a esperança que dava sentido a todas
as outras esperanças, pois só os vivos esperam, e estando vivo talvez um dia
pudessem ser reconstruídas outras formas de esperança.
O salmista escreveu: (Sl 27,14)
Eu creio que verei a bondade de Iahweh
Na terra dos vivos.
Espera em Iahweh, sê firme!
Também para o salmista, esperança é coisa de vivos. A sua fé não está numa esperança localizada
no futuro ou além da morte e sim, numa esperança que será vista nesta terra,
neste mundo, isto é, no mundo dos vivos. Jean-Paul Sartre, no começo de sua obra Esperança agora,
falou sobre a esperança do seguinte modo:
“Sempre pensei que todas as pessoas vivem com esperança, isto é,
acreditam que alguma coisa que fizeram, ou que diz respeito a elas, ou ao grupo
social a que pertencem, está se realizando, vai se realizar e lhes será
favorável, tanto a elas como às pessoas que constituem sua comunidade. Penso
que a esperança faz parte do próprio homem; a ação humana é transcendente, isto
é, visa sempre a um objeto futuro a partir do tempo presente em que a
concebemos e em que tentamos realiza-la; ela situa seu fim, sua realização, no
futuro; e, na maneira de agir, está presente a esperança, isto é, o próprio
fato de estabelecer uma finalidade como devendo ser realizada.”
Sartre ainda diz nesta obra que esperança não é ilusão
lírica. Esperança é uma maneira de apreender o fim a que eu me propunha como
passível de ser realizado. O desespero, então, seria a convicção de que os fins
fundamentais não podem ser alcançados e que, a esperança é uma característica essencial
de qualquer ação empreendida. “A esperança está presente na própria natureza da
ação” (Gutiérrez). Podemos também citar o filósofo judeu Spinoza, do qual
afirmava um outro filósofo espanhol, Miguel de Unamuno, “ao qual doía Deus”. Unamuno afirmava
que em uns, lhe doía a mão, um pé, o coração ou a cabeça, para Spinoza doía-lhe
Deus. Toda a filosofia de Spinoza não teria sido mais que uma consolação que
forjou para essa sua falta de fé e consequentemente, diz Gutiérrez, “sua falta de esperança”. Esse judeu que
foi amaldiçoado pelos membros de sua sinagoga, falava que o homem “tem medo que
males lhe aconteçam e que bens não lhe aconteçam, assim como tem esperança de
que bens lhe aconteçam e de que males não lhe aconteçam”. Como neste mundo só
existe a ordem causal das coisas, só poderíamos mesmo esperar que tal
causalidade nos fosse favorável.
Para um outro
desterrado, Dante Alighieri, “viver sem
esperança era viver no próprio inferno”.
Em sua grande obra A Divina Comédia, na porta do inferno estava escrito:
“deixai toda esperança, ó vós que entrais” (Inferno III,7). No começo da Idade
Média, um outro filósofo , Severino Boécio, escreveu no último parágrafo de sua
obra, A consolação da filosofia, o seguinte texto sobre a localização de sua
esperança:
“Não é em vão que colocamos em Deus nossas esperanças e preces, as
quais, sendo justas, não podem permanecer sem algum efeito. Afastai-vos
portanto do mal, cultivai o bem, elevai vossas almas às alturas de vossas
justas esperanças e fazei chegar aos céus vossas humildes preces”.
Boécio tinha sido condenado injustamente à morte.
Não é certo que desesperança e esperança estão sempre diante
dos nossos olhos? Não parece mesmo que são os dois polos entre os quais se
passa nossa vida? Uma questão então se impõe: por que uma pessoa tem esperança
ou desesperança? Gutiérrez responde assim essa questão:
“Nossa filosofia de vida, nossa esperança ou desesperança, nosso modo
de compreender ou de não compreender o mundo e a vida brota de nosso sentimento
com respeito à própria vida. E esta, como tudo o que é efetivo, tem raízes
subconscientes, inconscientes talvez. Assim, continuando com a filosofia de
Unamundo, não são nossas ideias que costumam nos tornar otimistas ou
pessimistas, mas sim é nosso otimismo ou nosso pessimismo – de origem
fisiológica ou talvez patológica, ou ambas – que fazem nossas ideias. Em época
de abundância de esperança, ninguém precisa dizer que há esperança. Em época de
poucas esperanças, porém, é necessário reafirmar a esperança. Ou seja, é necessário
dizer claramente que há esperança e mostrar onde está essa esperança.”
Voltando à esperança no Coélet, é preciso definir onde
estavam suas esperanças e onde estava seu desespero, pois ambos sentimentos se
misturam no livro. Podemos situar a desesperança na situação política da
Palestina e nas suas reflexões sobre a vida e a morte, especialmente sobre o
destino final dos seres humanos. A época do livro é por volta do ano 250 aC,
perído de transição entre o domínio dos ptolomeus para o dos selêucidas. Alexandre
Magno tinha conquistado a Palestina entre 333 e 330 aC e após sua morte, seu
império foi dividido entre seus generais. Tanto os ptolomeus quanto os
selêucidas eram de cultura grega e com eles veio também a filosofia, a
ginástica, a lógica, e novas ideias teológicas, cosmológicas e principalmente
uma nova dominação política. Veio um novo modo de produção, o escravismo, com
sua fundamentação filosófica e racista. Sistema que privilegiava os homens,
proprietários e “gregos”. Quem não era grego era considerado bárbaro, e como
tal era excluído do sistema.
O coélet deve ter visto de perto essas transformações. Ele
faz várias alusões a situações de injustiça, opressão e sofrimento em seu livro. E nisso estava o seu desespero: os
invasores eram fortes e seu reinado parecia eterno. Sua frase irônica “mais
vale cachorro vivo que leão morto” parece ser um alerta contra o martírio
inútil e sem sentido:
Enquanto alguém está entre os vivos tem esperança, porque “é melhor um
cachorro vivo que um leão morto” (Ecl 9,4)
Para o Coélet, a vida tinha que ser preservada. Um cachorro
vivo pode mais contra os invasores que um leão morto. A vida era sinônimo de
esperança. O sacrifício sem esperança tornava-se inútil e absurdo. Diante do
poder do invasor, Coélet coloca suas esperanças em manter a vida: mesmo sem
esperanças políticas, havia que viver! Ele coloca as esperanças que se sucedem
no passar das horas: o pão, o vinho, a mulher amada (Ecl 9,9). Não existem
grandes projetos nem grandes doutrinas em seu livro (tão diferente dos grandes
profetas). Seu universo está reduzido a “o único bem do homem é comer e beber e
desfrutar do produto do seu trabalho” (Ecl 2,24; 3,12-12.22; 5,17; 8,15; 9,7-9;
11,9-12). Mas Coélet não perdeu a vontade de viver. Seu Deus ficou distante:
“Deus está no céu e tu na terra” (Ecl 5,1); seu medo aumentou: “tu, porém, teme
a Deus” (Ecl 3,14; 5,6; 8,12; 12,5).
Como já dito antes, o outro motivo de desesperança vem das
reflexões sobre a vida e a morte, especialmente no que se refere ao destino
final dos seres humanos. No capítulo 2, afirma que, ao examinar todas as obras
de suas mãos e a fadiga que custou realiza-las, viu que tudo era vaidade, era
nada, era vazio, vento. Era um habel
(Abel). Tudo era habel: o gozo e os prazeres, a fadiga, a sabedoria, tudo o que
se faz debaixo do sol, a herança, a retribuição de Deus, o destino final dos
homens que é igual a dos animais, a política, a agitação dos desejos, a risada
do néscio, amar o dinheiro, a vida, tudo o que vem, a juventude...tudo é hebel,
vazio, névoa, vento, nada.
A desesperança também está além desta vida. Após ter
afirmado em 9,4 que “mais vale cachorro vivo que leão morto”, em 9.5 – no verso
seguinte – ele explica o porquê:
Os vivos ao menos sabem que vão morrer, enquanto que os mortos não
sabem de nada, nem recebem salário, pois sua lembrança cai no esquecimento.
Acabaram-se seus amores, ódios, paixões, e jamais tomarão parte no que se faz
debaixo do sol
Mas logo após tal constatação, Coélet reafirma sua
esperança. Ela se encontra no cotidiano. Na vida. Ele põe desesperança e
esperança lado a lado. Essa esperança está bem perto de nós, na própria casa,
no lar, nas pessoas em volta: “vai come teu pão...bebe teu vinho...goza a
vida com a mulher amada...” É
uma esperança simples, diferente dos sistemas messiânicos; não tem a ver com o
futuro, tem a ver com o presente, com o dia-a-dia, pois era nesse dia-a-dia que
a esperança devia estar presente, para manter a própria vida. Se havia vida,
podia-se esperar outras coisas, outras esperanças, talvez até grandes utopias.
Para o escritor do Eclesiastes, não há messias, um líder,
nem redentores, só há a vida e a vida só pode ser redimida na própria vida. Ele
não pensava que a ordem das coisas poderia ser mudada por meio de um messias
que instauraria uma nova ordem de justiça e felicidade. Ele não projeta sua
esperança no futuro distante e remoto ou no fim dos tempos, como tinham feito
alguns profetas (cf. Jr 33; Is 9 e 11; Mq 5,2; Zc 9-12), para ele, a esperança
estava no presente.
Qual é essa esperança na qual esperas? As respostas a esta
pergunta podem ser tantas quantos os seres humanos. A esperança é múltipla e
pode ter várias faces.
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Este texto é baseado num artigo de Jorge Luis Rodriguez
Gutiérrez, publicado na Revista de
Interpretação bíblica Latino-Americana, número 39, ed Vozes
Bem amigos,
ResponderExcluircomo o texto do Rodrigo descambou em seu final para a discussão da homossexualidade, eu ainda deveria dizer algumas coisas, mas não vou fazê-lo agora, vou deixar para o fim dos comentários sobre o texto hora postado. ANJA, na ocasião, eu lhe passo alguns links sobre o assunto da pedofilia, ok?
Por hora, Vamos discutir a vida!!! e a esperança na vida!!!!
Okay Edu, estou em stand by rsrs
ExcluirEdu, parabéns pela escolha do tema.
ResponderExcluirÉ sempre bom falar sobre esperança, talvez mais do que falar, de manter sempre viva a esperança.
Mas o fato é que de uma forma ou de outra a desgraça sempre acha um jeito de bater em nossa porta. E quando ela chega , não se limita a trazer sofrimento, mas aproveita a viagem para jogar em nossa cara o desaforo: “isso é para você saber que não vale a pena viver, que o mundo não faz sentido, tudo não passa de um absurdo”.
É justamente aí que entra a esperança. Ela é um princípio vital, expresso na sábia e verdadeira constatação de que “enquanto há vida há esperança”. E como nos mostra o texto, era o lema simples do Eclesiastes. A paráfrase dessa máxima, é que mesmo em face às mais aparentemente intransponíveis circunstâncias , procuramos ou inventamos alternativas que de um modo ou de outro alimentarão nossos sonhos .
Escrevi a algum tempo em meu blog, que o educador Paulo Freire dizia que não se pode confundir esperança do verbo esperançar com a esperança do verbo esperar. E com outras palavras eu disse que, uma das coisas mais perniciosas que temos nesse momento é o apodrecimento da esperança; em várias situações as pessoas acham que não tem mais alternativas que a vida é assim mesmo...Violência? o que posso fazer? Espero que termine... Desemprego? O que posso fazer? Espero que resolvam... Fome? O que posso fazer? Espero que impeçam... corrupção? O que posso fazer? Espero que aniquilem... Isso não é esperança, é espera. Esperançar é se levantar, esperançar é ir atrás, esperançar é não desistir! Esperançar é levar adiante, esperançar é juntar-se com outros para fazer de algum modo.
Podemos argumentar que temos esperança de que um dia estas coisas mudarão...
O problema é que estamos nos acostumando com rapidez e sem resistência ativa, com desvios que parecem fatais e inexoravelmente presentes, como se fizessem parte da vida e não há nada que se possa fazer para ser solucionado. É a prostração como hábito. É a fatídica e equivocada sensação de impotência individual que no fundo é a mais exata expressão de egoísmo e indiferença, mesmo sabendo que somos diretamente afetados como cidadãos. É aquela zona de conforto que estacionamos a nossa carruagem da vida, e caímos naquele conceito despolitizado de que o mundo é assim, que a vida é assim, e que nada posso fazer para mudá-la?
Mas quando reagimos, a esperança age como produtora de futuro e aniquiladora da dureza do existir. Talvez a situação atual beira o desespero, mas quem sabe amanhã você tenha aquele insight libertador que porá em ordem sua vida.
Texto excelente e profundo, Edu, você acabou de postar.
ResponderExcluirÀ título de por mais lenha na fogueira (é mês de junho - rsrs), vou recorrer a um livro de Miguel de Unamuno — “Do Sentimento Trágico da Vida”, que estive lendo o ano passado, em que ele cita o judeu desesperado de Armsterdã — Espinosa —, que certa vez disse em sua ÉTICA, que para o vulgo religioso, tudo gira em torno da vida eterna.
Assim se expressou Baruch Espinosa: “Parecem acreditar na piedade e na religião, e tudo que se refere à fortaleza do espírito são cargas que se deve depor depois da morte, e esperam receber o preço da servidão, não o da piedade e da religião. Não apenas por essa esperança, mas também, e principalmente, pelo medo de serem castigados com terríveis suplícios depois da morte, põem-se a viver conforme a prescrição da lei divina enquanto são levados por sua fraqueza e seu espírito impotente. Se não fossem essa esperança e esse medo, se acreditassem, ao contrário, que as almas morrem com os corpos, e não lhes restasse viver mais tempo senão como miseráveis sob o peso da piedade, voltariam à sua índole, preferindo ajeitar tudo a seu gosto e se entregariam mais à sorte do que a si mesmos.
Mago Levi, vou postar um trecho de um texto que é atribuido aSpinoza, mas que de fato não é, mas não sei quem é o autor rsrs:
Excluir“Pára de ficar rezando e batendo o peito”!
O que eu quero que faças é que saias pelo mundo e desfrutes de tua vida. Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que Eu fiz para ti. Pára de ir a esses templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste e que acreditas ser a minha casa. Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nos lagos, nas praias. Aí é onde Eu vivo e aí expresso meu amor por ti.
Pára de me culpar da tua vida miserável: Eu nunca te disse que há algo mau em ti ou que eras um pecador, ou que tua sexualidade fosse algo mau. O sexo é um presente que Eu te dei e com o qual podes expressar teu amor, teu êxtase, tua alegria. Assim, não me culpes por tudo o que te fizeram crer.
Pára de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo. Se não podes me ler num amanhecer, numa paisagem, no olhar de teus amigos, nos olhos de teu filhinho... Não me encontrarás em nenhum livro![...]
o texto completo no link: http://omundodaanja.blogspot.com.br/2011/12/deus-segundo-spinoza.html
Edu, mandei uma msg pra vc no facebook viu? volto depois pra comentar o seu texto, deixa eu acordar direito e reler com a reverencia merecida, parabéns pelo tema!
ResponderExcluir[...] Esperança é irmã mais frágil da fé. Sua fragilidade vem da insustentabilidade. Esperança não nasce de certezas. O chão da Esperança, inseguro como areia movediça, será sempre improvável. Nas Escrituras, lê-se que “a Esperança que se vê não é esperança. Quem espera por aquilo que está vendo?”[...] (Romanos 8.24). (Gondim)
ResponderExcluirse é pra por lenha na fogueira rsrs http://omundodaanja.blogspot.com.br/2012/02/da-esperanca.html
Edu meu blog tem em média 600 visualizações por dia, ontem teve 666 será que é alguma sinal? hahahahaha
ExcluirClaro, é sinal que aquilo lá é da Besta...heeeee
ExcluirDoni, seu comentário deveria ser parte do meu texto...rsssss No caso do autor do Eclesiastes, não parece que diante de uma situação aflitiva - a dominação estrangeira muito superior militarmente e até culturalmente e a constatação de que do mesmo modo que morre um homem morre um animal, o Qoélt que é muito realista, não propõe nenhuma ofensiva contra o inimigo. Seria perda de tempo e perda de vidas. Ele esboça isso cruamente na frase “é melhor um cachorro vivo que um leão morto” (Ecl 9,4). E também diante da constatação que depois da morte não há mais esperança, ele realisticamente, propõe a busca da felicidade nas pequenas coisas que a situação ainda não lhe roubou: o amor da mulher amada, o festejar, o vinho, enfim, "o único bem do homem é comer e beber e desfrutar do produto do seu trabalho”.
ResponderExcluirPode até parecer pessimista, e no fundo eu creio mesmo que existe esse pessimismo, pois até mesmo as coisas que podemos desfrutar para viver com esperança, no final das contas, também é "vaidade", ou seja, passageiro, logo acaba; é um "habel"(Abel no hebraico) que significa entre outras coisas, "vento breve", "brisa passageira".
Mas ainda assim, apesar de tudo isso, o Qoélet não desiste da vida, nem de viver. Aí está a força desse livro que poderia ter saído de qualquer filósofo moderno existencialista.
O Qoélet teve até dificuldades para entrar no cânone hebraico devido a esse aparente pessimismo e da não ser um texto onde Javé desempenha papel principal. Javé está lá, no "outro mundo" e temos que viver aqui e agora, "neste mundo".
Mas depois de ter sido aceito no cânom, o livro passou a ser interpretado de uma forma diferente do seu texto literal, assim como o livro de Cantares, onde os rabinos ortodoxos veem na figura de Salomão, Deus e da Sunamita, o povo eleito.
Edu meu caro
ResponderExcluirMais um tema muito legal!
Olha neste primeiro momento quero reproduzir aqui um texto da encíclica do Papa Bento XVI
"Spe Salvi" Depois tentarei participar com meus comentários pois este final de semana estou livre de minhas missões e quero muito curtir minha família.
30. Façamos um resumo daquilo que emergiu no desenrolar das nossas reflexões. O homem, na sucessão dos dias, tem muitas esperanças – menores ou maiores – distintas nos diversos períodos da sua vida. Às vezes pode parecer que uma destas esperanças o satisfaça totalmente, sem ter necessidade de outras. Na juventude, pode ser a esperança do grande e fagueiro amor; a esperança de uma certa posição na profissão, deste ou daquele sucesso determinante para o resto da vida. Mas quando estas esperanças se realizam, resulta com clareza que na realidade, isso não era a totalidade. Torna-se evidente que o homem necessita de uma esperança que vá mais além.
31. Mais ainda: precisamos das esperanças – menores ou maiores – que, dia após dia, nos mantêm a caminho. Mas, sem a grande esperança que deve superar tudo o resto, aquelas não bastam. Esta grande esperança só pode ser Deus, que abraça o universo e nos pode propor e dar aquilo que, sozinhos, não podemos conseguir. Precisamente o ser gratificado com um dom faz parte da esperança. Deus é o fundamento da esperança – não um deus qualquer, mas aquele Deus que possui um rosto humano e que nos amou até ao fim: cada indivíduo e a humanidade no seu conjunto. O seu reino não é um além imaginário, colocado num futuro que nunca mais chega; o seu reino está presente onde Ele é amado e onde o seu amor nos alcança. Somente o seu amor nos dá a possibilidade de perseverar com toda a sobriedade dia após dia, sem perder o ardor da esperança, num mundo que, por sua natureza, é imperfeito. E, ao mesmo tempo, o seu amor é para nós a garantia de que existe aquilo que intuímos só vagamente e, contudo, no íntimo esperamos: a vida que é « verdadeiramente » vida.
http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/encyclicals/documents/hf_ben-xvi_enc_20071130_spe-salvi_po.html
Levi,
ResponderExcluiro grande problema que a religião javista cometeu no meu ponto de vista, foi evoluir de uma religião puramente imanente, onde o palco da sua liturgia era o viver diário, nos caminhos da vida(que até Nietzsche admirava), para ser uma esperança "depois da vida".
Ao fazer isso, tirou-se a esperança de se buscar viver aqui e agora, de tentar mudar uma situação opressora na história para se esperar uma vida futura.
Mas essa mudança é até explicável na história dos judeus. Depois de ter uma autonomia com os reinos unificados de Israel e Judá por Davi, onde o javismo era essencialmente vivido "aqui e agora"(o livro de provérbios é desse tempo), as sucessivas dominação estrangeira por fim vieram a fraquejar o ânimo dos judeus.
Os grandes profetas do javismo tiveram que construir uma teologia que não deixasse o povo sem total esperança na vida, por isso, Javé tornou-se o "dono da história" - tudo o que aconteceu com o povo foi permissão dele - logo, em breve, depois dele ter purificado o povo dos seus pecados(se desviar da Lei) a esperança voltaria com o reino messiânico, que ainda nesse primeiro momento era puramente terreno e não celestial.
Como o reino messiânico na prática não veio, esse reino por fim é pensado para se realizar num futuro escatológico com o surgimento do movimento literário da apocalíptica, que basicamente via a solução dos problemas da injustiça e da opressão, numa meta-história.
O apocalipse de João, que faz parte dessa tradição judaica, também só vê a esperança apenas em um "novo céu e nova terra", ou seja, se desiste de uma vez por toda de se consertar esta terra.
O Reino de Deus (na história), tornou-se "Reino dos céus" (na meta-história).
O cristianismo dispensacionalista levou essa ideia às últimas consequências, quando também abdicou de "se retirar do mundo" esperando a volta de Jesus para levá-los para um novo mundo, o céu.
Seria interessante que o cristianismo voltasse a ser como os antigos hebreus, essencialmente, uma religião imanente para a vida - que se deixe a transcendência para as elucubrações teológicas quase sempre, estéreis.
(este meu comentário é passível de ser discordado pelos teólogos da casa de acordo com a visão teológica dos mesmos...rssss)
Gil,
ResponderExcluirbem interessante o texto dessa encíclica.
Vamos refletir sobre uma frase:
Esta grande esperança só pode ser Deus, que abraça o universo e nos pode propor e dar aquilo que, sozinhos, não podemos conseguir
Concordo que para quem crê, Deus é a esperança última, aquele cujas todas as esperanças temporais estão apontadas.
Mas e aquele que não crê em Deus e em nenhuma "Realidade Última" no universo, estes podem ainda ter esperança na vida?
Num universo sem sentido, poder-se-ia ainda dar sentido a alguma coisa?
Nessa perspectiva dessacralizada da vida e baseada no monismo materialista e numa evolução biológica praticamente acontecida sem nenhum propósito e direcionamento, sendo nossa espécie fruto de acidentes químicos, poder-se-ia ainda construir qualquer sentido objetivo e racional para nossa existência?
É claro que essas questões também estão direcionadas aos nossos confrades ateus(tanto aos ateus de "fato", Mirandinha e Edson Noreda, aos ateus "camuflados", Levi e Eduardo, e aos ateus que eu ainda não consegui nomear, Anja e Anderson) - caraca, esta confraria tá com muito ateu, preciso convocar uns cristãos fundamentalistas para equilibrar as coisas por aqui....kkkkkkkekekek
kkkkkkkkkkkkkkkkkk vamos lá então querido...
ExcluirVejo que nossa humanidade tem uma dificuldade medonha de buscar algo maior e ao mesmo tempo de uma facilidade de se apegar a algo maior para encontrar um conforto.
ResponderExcluirPorque por exemplo é mais fácil acreditar na tristeza do que na felicidade? Por que felicidade é uma utopia e tristeza ninguém diz que é?
Será que gostamos de ser galinha ao invés de ser águia? (alusão ao livro de leonardo boff)
No Antigo Testamento não havia um pensamento de vida futura, com excessão do livro de macabeus e sabedoria (se não me engano) que cita a possibilidade de uma vida após a morte como esperança para o povo.
O próprio livro do apocalipse em seu contexto relata muito mais uma momento presente e só no final a ideia de vida eterna.
No tempo de Jesus só os fariseus acreditavam na vida eterna. Enquanto por exemplo o grupo mais rico os saduceus viam a recompensa de Deus em vida. Era confortável para os saduceus pensarem assim! Era confortável para os fariseus pensarem assim também.
Não acho sinceramente que viver uma ideia de uma vida não futura mudaria algo, pois o egoismo do homem jamais o faria preocupado em cuidar mais desta vida do que almejar por outra eterna.
Para aquele que não crê em uma vida após a morte (edu na verdade penso que todos nós encaixamos aqui também, pois se realmente acreditamos acho que investiríamos muito mais no tempo eterno duradouro e menos no temporal) Pergunto que cristão realmente vive como cidadão do céu?
O que eu quero afirmar é que apesar de acreditar (os crentes) em algo pós a vida na prática nossos atos e preocupações giram em torno do momento temporal o que na prática não vejo diferenciar muita coisa daqueles que não crê em Deus e em nenhuma "Realidade Última" no universo.
Eu particularmente acredito a esperança a gente vai construindo dentro de um universo bem limitado quase que ao nosso redor com exceção de alguns que expandem esta esperança
na vida e na história através da solidadriedade a quem precisa.
A vida e uma esperança de mudança radical onde não haja mais injustiça, onde pode haver igualdade, respeito não se adquirirá e nem atrapalhará acreditando ou não na vida eterna ou em Deus.
Sou mais o eclesiastes quando diz: "Vaidade das vaidades, tudo é vaidade" (Eclesiastes 1, 2
Enfim em relação aos que creem em Deus e em uma vida eterna e os que não creêm nisso sobra apenas uma contatação ao meu ver:
Quem crer e se existir vai desfrutar desta promessa como uma esperança e resposta a tudo que desejou e quis encontrar em vida que definimos como realização ou felicidade.
Quem se diz ateu e afirma que só crê no que é evidente viverá sua esperança no que pode constatar e que lhe cabe na razão.
Logo eu sendo um cristão que crê na vida eterna ( e depressivo no sentido de achar que esta vida por si só uma grande vaidade) concluo que se um ateu chegar após a vida encontrar uma outra vida, logo mais do que eu, acreditará e receberá a recompensa por acreditar no que vê.
Jesus disse que o religioso corria o risco de não enxergar o reino de Deus:
Qual dos dois fez a vontade do pai? O primeiro, responderam-lhe. E Jesus disse-lhes: Em verdade vos digo: os publicanos e as meretrizes vos precedem no Reino de Deus!
(32) João veio a vós no caminho da justiça e não crestes nele. Os publicanos, porém, e as prostitutas creram nele. E vós, vendo isto, nem fostes tocados de arrependimento para crerdes nele.
Enfim ter ou não ter uma vida após a morte está longe de ser uma alternativa de querer ou não querer que exista.
A minha esperança está em mudar o meu convívio e onde posso chegar. Não creio que existirá na terra um reino ideal. Na política muito menos! Eu já tive por lá e vi que o sistema é corrupto como um todo.
Edu não sei se respondi?
edu engoli um parte da frase de continuação ao meu pensamento referente ao parágrafo 8 que começa assim
ResponderExcluirpara aquele que não crê na vida após a morte e Deus não estará também ileso desta angústia de procurar sempre algo que o preencha o tempo todo como diz a encíclica:
O homem, na sucessão dos dias, tem muitas esperanças – menores ou maiores – distintas nos diversos períodos da sua vida. Às vezes pode parecer que uma destas esperanças o satisfaça totalmente, sem ter necessidade de outras. Na juventude, pode ser a esperança do grande e fagueiro amor; a esperança de uma certa posição na profissão, deste ou daquele sucesso determinante para o resto da vida. Mas quando estas esperanças se realizam, resulta com clareza que na realidade, isso não era a totalidade. Torna-se evidente que o homem necessita de uma esperança que vá mais além.
Confrades às vezes tenho um pensamento meio louco mas o que acham desta definição
ResponderExcluirA vida após a morte pode ser uma realidade do que meu desejo projetou.
Levi acho que este assunto está mais pra você! Pode nossa mente projetar algo aponto de pós morte vivermos este projeção?
rsrsrs
Se for uma besteira deixa quieto! Viajei, bebi muito vinho rsrsrsrs
Edu e Giba,
ResponderExcluirLuís Filipe Pondé, num comentário, justamente sobre o Eclesiastes, quando abordou a questão de eternidade disse o seguinte: “filosoficamente, somos incapazes de estabelecer a verdade cognitiva e epistêmica última acerca de nosso destino, a verdade visivelmente empírica encontra-se resumida no Eclesiastes. Por isso, posso assumir que sua filosofia é pura empiria, pura experiência prática humana.”
Ou seja, a questão principal do livro é essencialmente encontrar empiricamente o sentido da vida. Por isso o Eclesiastes empreendeu esta árdua tarefa de, sob a ótica humana, definir qual é a vida que vale a pena de ser vivida. O texto áureo do livro é “Eu queria saber o que valesse a pena, debaixo do céu, nos poucos dias da vida humana.” (Eclesiastes 2:3).
O Eclesiastes não se preocupa com questões metafísicas, praticamente não se encontra vestígios de preocupação com o invisível.
O Kivitz escreveu que “ele se concentra nos fatos, na vida nua e crua. Faz uma leitura nelsonrodriguiana da existência. Fala apenas do que é possível ser visto e que acontece debaixo do sol, iluminado pelo meio dia visível e aparente. Aquilo que está na cara de todo mundo.”
Ou seja meus caros, o Eclesiastes não era muito dado a reflexões abstratas a respeito do pós morte. Ele enxergava a vida do nascimento ao túmulo. Do aqui se faz aqui se paga. O Kivitz disse que se o Eclesiastes terminasse seu livro apelando para o juízo final, o final ficaria um tanto deslocado.
Devemos então considerar que o pessimismo, o niilismo, e o desespero existencial do Eclesiastes, acontece exatamente em função de sua perspectiva materialista da vida. (Quem lê entenda! Rsrs) Este pensamento está em total consonância com o que diz Paulo: “Se esperamos em Cristo somente nesta vida, somos os mais miseráveis dos homens”
Por isso Edu, quando fiz meu primeiro comentário, coloquei a questão da esperança apenas sob a ótica existencial, e não na ótica da bem aventurada esperança do crente, que é a vida por vir. rsrs
Platão em sua obra Fédon, narra o diálogo entre Sócrates e seus discípulos na véspera da sua execução, pois esses haviam conseguido subornar o carcereiro que abriu a porta da prisão para até uma possível fuga do grande filósofo.
ResponderExcluirCríton, o mais ardente dos discípulos de Sócrates, entrou na cadeia e disse ao mestre:
- Foge depressa, Sócrates!
- Fugir, por que? - perguntou o preso.
- Ora, não sabes que amanhã te vão matar?
- Matar-me? A mim? Ninguém me pode matar!
- Sim, amanhã terás de beber a taça de cicuta mortal - insistiu Críton.
- Vamos, mestre, foge depressa para escapares à morte!
- Meu caro amigo Críton - respondeu o condenado - que mau filósofo és tu! Pensar que um pouco de veneno possa dar cabo de mim ...
Depois puxando com os dedos a pele da mão, Sócrates perguntou:
- Críton, achas que isto aqui é Sócrates?
E, batendo com o punho no osso do crânio, acrescentou:
- Achas que isto aqui é Sócrates? ... Pois é isto que eles vão matar, este invólucro material; mas não a mim. EU SOU A MINHA ALMA. Ninguém pode matar Sócrates! ...
Gil e Doni:
ResponderExcluirGil, quero destacar do teu comentário essa frase
Logo eu sendo um cristão que crê na vida eterna ( e depressivo no sentido de achar que esta vida por si só uma grande vaidade) concluo que se um ateu chegar após a vida encontrar uma outra vida, logo mais do que eu, acreditará e receberá a recompensa por acreditar no que vê.
O que você propõe aqui é uma mudança radical na escatologia cristã, já que o passaporte para esta vida depois da morte, é exatamente acreditar em Deus e no sacrifício vicário de Jesus.
Temos que propor uma absoluta meia-volta na soteriologia do Novo Testamento para que essa ideia prevaleça.
E então, você como um bom filho de Maria está preparado para refutar o apóstolo Paulo? rsss
DONI, essa sua frase
Devemos então considerar que o pessimismo, o niilismo, e o desespero existencial do Eclesiastes, acontece exatamente em função de sua perspectiva materialista da vida. (Quem lê entenda! Rsrs)
É o discurso da ortodoxia. Lembro bem do primeiro seminário que frequentei há muiiiiiito tempo, eu bem jovem ainda, um professor me deixou escandalizado ao dizer que o Eclesiastes era um livro de um incrédulo!!
Sinceramente, eu não vejo essa perspectiva no Qoélet; não o vejo querendo demonstrar que a vida só é assim, tão "vaidosa" por que o homem não se volta para o além; ao contrário, o que ele tenta dizer é que exatamente por a vida ser passageira e cheia de riscos, é que devemos nos apegar a ela com afinco e vivê-la da melhor forma possível com o que temos ao nosso redor: família, amigos, as festas, etc.
Mas mesmo assim, o autor do Qoélet não é um ateu, ou um que está em "demanda contra Deus" como esteve Jó. Ele apenas crê que Deus está lá e nós estamos aqui e não nenhuma interferência vindo de "lá"...
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirDoni, eu também acho que ninguém pôde matar Socrátes, nem Platão, nem Spinoza, nem Nietzsche, nem Jesus, nem Maomé, nem Buda, nem Elvis...(quem lê, entenda...rs)
ResponderExcluirMas a verdade é que lá no meu mais íntimo, lá na minha alma, eu acho que de alguma forma nossas consciências sobrevive após a morte do corpo material. Para se ter certeza disso, basta alguém provar que a consciência não é apensa um subproduto do cérebro, mas que apesar de existir em dependência dele, é capaz de transcendê-lo.
E tem gente boa, PHD em física quântica, construindo teorias para provar a tese. Tenho lido sobre isso nos últimos tempos. Logo que eu entender mais de 50% do que tenho lido, começo a escrever uns textos para meu blog e para esta confraria...rssssss
Edu,
ResponderExcluirTambém sou a favor do "viva a vida com toda intensidade", desde que não seja norteada por filosofias hedonistas.
O que eu quis dizer, não somente eu, mas o próprio Eclesiastes também disse com todas as letras, que a vida, com todas as suas ofertas e conquistas, continua sem sentido, e ainda no superlativo! (vaidade de vaidade)
Imagine um homem que já viveu tudo intensamente, conquistou tudo que poderia alcançar, e dizer que tudo não passava de vaidades, bolhas de sabão, nada de nada...
Temos que solucionar este paradoxo, ou são conciliáveis?
Então Edu
ResponderExcluirComo disse em alguns textos atrás a respeito da salvação:
Não creio que seremos salvos nem pela fé e nem pelas obras e sim por pura gratuidade e amor de Deus que ao criar a humanidade não a fez para mandá-la para o inferno. Na minha pobre mente é impossível conceber uma idéia de um Pai enviando seus filhos para o inferno! Eu sinceramente me decepcionaria profundamente.
Como Jesus mesmo disse: Com a medida que medirdes sereis medidos!
A minha medida é a salvação para todos. ( nesta estou sendo esperto)
Até posso conceber a idéia de que o livre arbítrio pode nos mandar para o inferno, mas quem vai querer ir ao inferno após encontrar-se com a razão e experimentar o céu:
Como é bom estarmos aqui fazemos tendas e ficamos por aqui mesmo ( mais ou menos assim a frase de pedro) rsrsrsrs
Como filho de Maria não tão bom assim obedeço o que ela disse:
Faça tudo que ele lhe disser! rsrsrsr
Na cruz no derradeiro momento ele pediu a Deus o perdão a todos que o massacraram.
Por que ressuscitado mudaria de opinião?
Estas ideias malucas eu tenho porque procurei não me influenciar por ideias prontas. O único perigo é que às vezes estas minhas ideias beiram a ingenuidade. kkkk
ExcluirEdu
ResponderExcluirvocê disse:
Mas a verdade é que lá no meu mais íntimo, lá na minha alma, eu acho que de alguma forma nossas consciências sobrevive após a morte do corpo material. Para se ter certeza disso, basta alguém provar que a consciência não é apensa um subproduto do cérebro, mas que apesar de existir em dependência dele, é capaz de transcendê-lo.
teria sentido então dizer
Pode nossa mente projetar algo aponto de pós morte vivermos este projeção?
Por ai concluiremos que então a condenação ou salvação pode estar mais do que imaginamos na vida terrena daquilo que nossa consciência ou como chamei desejo projeta?
Pois então teria sentido dizer que quem não crê não será salvo?
Doni
ResponderExcluirApenas reforçando a sua opinião:
Também sou a favor do "viva a vida com toda intensidade", desde que não seja norteada por filosofias hedonistas
Mesmo que alguém viva com intensidade penso que sempre haverá um vazio um algo ainda a preencher.
você concorda?
Plenamente Giba!
ResponderExcluirEu disse ai Edu, que devemos considerar que o pessimismo, o niilismo, e o desespero existencial do Eclesiastes, acontece exatamente em função de sua perspectiva materialista da vida. E o Edu discordou dessa concepção ortodoxa com um argumento próprio, mas não menos válido! Por isso fiz alusão de um possível paradoxo.
A propósito, é bom lembrar que alguns estudiosos advogam a ideia de que o Eclesiastes tenha bebido das fontes do epicurismo, que concebiam a vida como algo a ser desfrutada somente aqui e agora, e que rejeitavam qualquer tipo de vida após a morte... Bom este é um assunto para outra hora...
Boa noite a todos!
Doni,
ResponderExcluira vida mesmo vivida intensamente e com felicidade é de fato, vaidade de vaidade, mas por um motivo óbvio para o Qoélet: ela por fim acaba.
Gil, meu chapa, você é um grande pensador teológico. Não teme desconstruir e construir outra vez o que já foi dito, mesmo por que, quem mandou que se fechasse os cânones e decretassem que o que estava escrito valeira para todos os séculos?
Deus é que não foi...
Sobre teu questionamento:
teria sentido então dizer. Pode nossa mente projetar algo aponto de pós morte vivermos este projeção? Por ai concluiremos que então a condenação ou salvação pode estar mais do que imaginamos na vida terrena daquilo que nossa consciência ou como chamei desejo projeta? Pois então teria sentido dizer que quem não crê não será salvo?
Olha, essa ideia é muito interessante. Se nós aceitarmos que é a consciência que cria a realidade material e não o contrário, com certeza seria possível.
E como eu disse, tem alguns malucos PHD pensando isso. rssssss
Doni,
eu concordo que o hedonismo não satisfaz, pois o desejo jamais pode ser satisfeito porque quando ele é satisfeito, vem o tédio, a melancolia, e então o ser busca mais do mesmo ou busca novos desejos para serem saciados e então voltar ao círculo infinito do tédio.
Lembrei-me agora de duas músicas antigas, uma evangélica, outra secular. A secular, se não me engano, era dos Biquini Cavadão, "Tédio", que dizia
Eu já tentei de tudo
mas não tenho remédio
pra livrar-me desse tédio...
a evangélica era dos Vencedores por Cristo e dizia assim:
Toda novidade que vem no vento
ao peso da força da rotina cai
na monotonia do pensamento
que em busca de outra novidade sai...
(...)
Mas que novidade que vem no vento
que a cada momento ensinamento traz
Cristo é tudo para todo tempo
quem nele se encontra não procura mais...
E então, de fato em Cristo finda-se o tédio da procura de se dar sentido à vida breve? Ou poderíamos colocar no lugar de "Cristo" alguma outra coisa "totalizante"?
Caro Edu,
ResponderExcluirBem amplo seu texto e desperta o debate por temas bem quentes na Teologia. A começar pela autoria de Eclesiastes que muitos ainda acreditam ter sido Salomão...
Você falou que, na visão do autor, não é messias e isto eu concordo contigo. O messianismo tal como os cristãos desenvolveram só foi surgindo mesmo no primeiro século antes da era comum. E mesmo assim, nos dias de Jesus, arece ter havido uma pluralidade de concepções teológicas. Já para Eclesiastes, com ou sem o messianismo, o homem precisa se resolver em relação à vida, caso queira uma exist~encia de melhor qualidade (ainda assim todos terão o mesmo fim).
Realmente não dá para ler este livro atípico da Bíblia com os olhos do cristianismo, nem da reencarnação espírita ou do judaísmo ainda que o modo como o autor encara a vida possa ter alguma conexão com a ideia de consciência messiânica dos cabalistas ou com os ensinos sapiençais dos rabinos.
Outra coisa interessante, Edu, é que Eclesiastes não está se importando tanto com a visão deuteronomista da Torá. O autor é bastante realista e não fica reproduzindo Moisés como fizeram os profetas, muitos salmos e diversos livros das Escrituras hebraicas.
Enfim, como disse, é um livro atípico e que, por pouco, não foi excluído do cânon judaico assim como o Cântico dos Cânticos. Porém, sem Eclesiastes, entendo que a Bíblia ficaria empobrecida. E pra mim, quanto mais pluralista as Escrituras, mais atrativas elas se tornam porque ajudam seus leitores a refletir melhor.
Grande abraço e tenha uma excelente semana!
Paz!
Doni, me passa o link do texto em que vc fala no seu 1° comentário. please.
ResponderExcluirDoni vc diz: Também sou a favor do "viva a vida com toda intensidade", desde que não seja norteada por filosofias hedonistas.
ResponderExcluirPorque não deveria ser? Te pergunto embora talvez já saiba sua resposta rsrs
Com prazer Anja!
ResponderExcluirhttp://assembereano.blogspot.com.br/2011/10/esperar-ou-esperancar.html
Giba (gostei deste nick rsrs) vc diz: Não creio que seremos salvos nem pela fé e nem pelas obras e sim por pura gratuidade e amor de Deus que ao criar a humanidade não a fez para mandá-la para o inferno. eu tre pergunto o que é e onde é este tal inferno? E ainda prossigo tentando encontrar a resposta: ser salva de que?
ResponderExcluirAinda vc diz: Mesmo que alguém viva com intensidade penso que sempre haverá um vazio um algo ainda a preencher.
É como eu digo Giba, nossa alma tem sede de viver! Se soubermos viver, penso que seremos completos. (penso)rsrs Hoje eu posso atribuir meu estilo de vida (sem deus?) como completa, muito embora eu ainda viva momentos conturbados, o que em nada tira minha alegria de viver.
Este vazio só será preenchido quando encontrarmos deus, ou quem sabe, (como no meu caso) perde-lo!
Edu, parabéns pelo tema proposto. Muito rico, muito mermo!
ResponderExcluirVou fazer uma pergunta tola, mas alguém aqui me vê como uma hedonista? rsrs
ResponderExcluirDoni, perfeito seu texto e já estou postando em meu blog...
ResponderExcluirBjux......
Anjinha rrsrsrs
ResponderExcluirEstava sentindo falta de você aqui participando e botando fogo neste espaço... rsrsrsr
Só não aprovo os termos "xulos" que utiliza as vezes para se referir as coisas que para alguns aqui é sacro. rsrsrs Mas gosto e muito de você.
Quando me referi ao inferno fiz uso de uma termologia corrente entre os religiosos para poder expressar a ideia que defendi a respeito da salvação.
Inferno como já havia lhe dito é na minha concepção a ausência de Deus, sendo esta presença tudo que me torna verdadeiramente feliz.
Portanto não se sentir bem ou feliz é na verdade um inferno.
E quando falei sobre ser salvo me referia a ideia de vida após a morte como uma felicidade plena a qual por mais intenso que seja a sua vida ela penso deixará sempre lacunas e desejo de uma felicidade na totalidade.
Eu penso que esta vida não responde ainda aos anseios mais profundos de felicidade plena. Será que ela existe? Eu creio que aqui na vida que levamos é impossível encontrar. O ser humano por si só contribui infelizmente para que uma vida ideal sem diferenças sociais sem menosprezo pelo outro sem enfermidades que pode a qualquer hora nos atingir as inseguranças, enfim estas diversas condições que nos levam a não encontrar uma resposta definitiva de libertação.
Portanto ser salvo disso.
Deixa eu lhe fazer um questionamento simples:
Sua alma (vida) não deseja uma vida plena de felicidade e bem estar? Você não sente esta angústia de algo a mais?
Heeeeee Giba! Boa pergunta a sua!!! (rssr) quanto aos termos "xulos", Gil, faço apenas para contrastar com os termos "sacrossantos" que alguns usam para referir-se a algo que nem todos creem, e querer exigir que todos tenham a mesma reverencia por algo que nem todos consideram sacrossanto é sintoma de intolerância (o que não é seu caso). Faço exatamente pra conseguir o resultado que tenho conseguido, principalmente na postagem anterior. rsrsrs
ResponderExcluirAntes de responder sua pergunta, deixa eu fazer-lhe algumas observando seu comentário: vc diz:"Inferno como já havia lhe dito é na minha concepção a ausência de Deus, sendo esta presença tudo que me torna verdadeiramente feliz."
Eu pergunto: vc não considera os momentos infelizes, amargos e turbulentos como um aprendizado? Deus estaria sendo "ausente" nestes momentos difíceis? O And por exemplo, está passadno um momentos muito difícil, pois sua avó está hospitalizada e o quadro é grave, onde está deus neste momento? Seria isto o inferno? Creio eu que não, mas gostaria de lhe ouvir.
Quando vc fala de vida após a morte, como uma felicidade plena, tenho muita dificuldade em aceitar tal concepção hoje, pois, como vc bem sabe, não creio em vida após a morte. O que vier depois da morte pra mim é lucro mas, não espero nada! rsrsrs, portanto, se for pra ser salva de algo depois da morte, felicidade plena ou ausência completa de deus (inferno), sendo universalistas (vc e o Edu) não deveriam se preocupar com inferno, perdição e ausência de deus, não é? rsrs Só tenho dificuldades em entender isto: se todos serão salvos, pra que então um inferno? ser salvo de que se n~]ao há do que ser salvo? Entende?
Quanto a sua pergunta... rsrsrs claro que sim né Gil. E é esta busca pela felicidade plena que nos impele a continuar. Mas hoje vejo que esta felicidade plena é feita de vários pequenos momentos felizes e até mesmo tristes!
Bjux
Edu se me permite como de costume dentro do tema colocar uma poesia minha:
ResponderExcluirA Felicidade realmente existe?
A Tristeza existe?
Por que é mais fácil acreditar
Na existência da tristeza?
Será a tristeza a ausência
Da felicidade?
Ou será o inverso?
É mais fácil ser triste do que feliz?
Se felicidade é utopia,
Porque tristeza não?
Deve ser porque a tristeza tem fim
E a felicidade não!
E nossa natureza humana
Insiste em investir
Naquilo que acaba.
Então que minha felicidade
Perdure para sempre
Mesmo quando estou triste...
Que eu possa guardar a felicidade
No meu estojo de prazer.
Sempre com muita maturidade.
Pois como poderia valorizar
A alegria se eu não conhecesse
A tristeza?
E como poderia ser feliz
Se vivesse apenas de prazer?
A tristeza mais triste é não acreditar
Na possibilidade de ser feliz!
Anja
ResponderExcluira sua resposta:
Quanto a sua pergunta... rsrsrs claro que sim né Gil. E é esta busca pela felicidade plena que nos impele a continuar. Mas hoje vejo que esta felicidade plena é feita de vários pequenos momentos felizes e até mesmo tristes!
Me fez acreditar que você não é uma anja e sim uma terráquea rsrsrs
quanto a frase sua:
sendo universalistas (vc e o Edu) não deveriam se preocupar com inferno, perdição e ausência de deus, não é? rsrs Só tenho dificuldades em entender isto: se todos serão salvos, pra que então um inferno? ser salvo de que se n~]ao há do que ser salvo? Entende?
Tanto eu como o edu e a maioria dos confrades aqui não vejo esta preocupação com o inferno.
É que neste contexto exposto pelo Edi sobre esperança em particular na vida após a morte fica difícil na trablhar com ambas as ideias até para poder enfrentar na minha opinião a falsa ideia da condenação.
Quando por exemplo eu digo que todos serão salvos não estou dando ênfase ao inferno.
Quanto a ideia da salvação eu entendo que para você que possui não crê na vida após a morte faz sentido em viver esta totalidade na vida como você disse: felicidade plena é feita de vários pequenos momentos felizes e até mesmo tristes!
Eu como sou mais pretensioso não me contento que a felicidade plena pode existir nos vários pequenos momentos felizes e até mesmo tristes.
Na minha concepção ( ou fuga ou encontro) a felicidade na sua totalidade não pode ser pequena e nem triste. Esta angústia interior de querer ver o mundo onde não exista sofrimento diferenças vázios me cabe apenas acreditar em uma vida atemporal ou intemporal.
Quanto aos momentos tristes acho que minha poesia respondeu: O que seria da luz se não houvesse as trevas? rsrsrsrs
Será que lhe respondi todas as indagações?
Yes! Mas....
ResponderExcluirobserve que eu disse VÁRIOS! rsrs vários que totalizam uma plenitude. É bem como eu descrevi num comentário, acho que na sua 1° postagem (salvo engano), que vc até disse que eu estava iluminada, lembra?
São estes pequenos momentos que nos completam Gil. Não posso procurar a felicidade plena em momentos megaultragigas rsrs, mas eu a encontro em todos meus pequenos momentos. Sendo assim, a busca pela felicidade plena é uma constante. E porque não nominar esta busca de esperança?
Tento mudar o mundo em minha volta fazendo-o meu mundo um lugar melhor para mim e minha familia e os que me rodeiam. É a esperança de viver cada pequeno momento com a intensidade que lhe é devida e emprestando significado a estes momentos que encontro a felicidade plena, eterna e com deus.
Vivo um dia de cada vez...
é verdade omite o vários e isso faz diferença...
Excluirmas.....
o vários ainda não me fará feliz por completo rsrsrs
A sua maneira de viver e pensar "vivo um dia de cada vez" é sem dúvida alguma bem cristã "O pão nossa de cada dia nos dai hoje..."
Mas ainda fica a dúvida anja como já conversamos antes e quem viveu muito mais momentos tristes que felizes? Como fica? Não vai me mandar matar de novo kkkkkkkk
Gil, já respondi no comentário acima isto e vou faze-lo de novo: É UMA BUSCA CONSTANTE! A VIDA É FEITAS DE MOMENTOS. Dizer que uma pessoa só tem alegrias ou tristezas é insensatez, concorda? A busca pela felicidade plena é uma constante. E porque não nominar esta busca de esperança?
ExcluirQuem viveu muitos mais momentos tristes que felizes, mas soube dar a estes momentos (tristes e felizes) a intensidade que lhe era devida, ele terá vivido plenamente!
Agora não é porque uma amigo meu passa por moimentos turbulentos que irei mentir pra ele dizendo que será feliz depois que morrer, eu detesto mentiras! rsrsrs
Edu,
ResponderExcluirO remédio para o tédio não precisa ser Jesus especificamente!
Tédio é característico de pessoas que já experimentou de tudo na vida, e acha que não há mais nada de novo para experimentar. que fica apenas observando o ciclo natural da existência. É o sentimento típico do "deixa a vida me levar vida leva eu" é a conclusão de que tudo que vai acontecer hoje é o mesmo que aconteceu ontem, e o amanhã não terá nenhuma novidade em relação a hoje.
Quando a pessoa encara o novo dia, sem a consciência de que ele deve ser a atualização do ontem com alguns aditivos, acaba entrando num marasmo que mina o seu dinamismo e vigor, sendo assim, invariavelmente acometido pelo tédio.
Ao invés de olhar os ciclos como sendo meramente processos sempre e continuamente repetitivos, por que não se apegar à filosofia de que não se entra no mesmo rio mais de uma vez. (Heráclito) Ou seja, tudo é dinâmico, tudo Flui. Aí meu amigo, adeus tédio! rs
Como disse O Kivitz,
"Gosto das palavras do Lulu Santos, um Eclesiastes moderno: 'Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia; tudo passa , tudo sempre passará. A vida vem em ondas como o mar, num indo e vindo infinito'. O que foi não voltará a ser, embora a vida tenha suas idas e vindas. Assim, sábio não é aquele que busca a novidade para se saciar: sábio é aquele que consegue entrar na rotina da vida e fazer as coisas repetidas como se fizessem pela primeira vez"
Doni, é eu que cito muito o Gondim e voce o Kivitz, dois grandes pensadores de nosso tempo! Falta aqui citar Paulo Brabo, outro grande pensador!
ExcluirAnja, sobre sua linda frase:
ResponderExcluir“Tento mudar o mundo em minha volta fazendo-o meu mundo um lugar melhor para mim e minha família e os que me rodeiam.”
Sem dúvida, sozinhos Jamais conseguiremos mudar o mundo, mas mesmo sozinhos conseguiremos mudar pelo menos o nosso pequeno mundo. Esse no qual, estamos inseridos e atuantes efetivamente.
O Pr Ricardo Agrestes, (considerado um dos maiores pensadores evangélicos do Brasil na atualidade) da comunidade presbiteriana que freqüento, disse ontem, que sua principal missão não é o cuidado da comunidade como um todo, e sim do grupo pequeno que ele lidera. A princípio todos pensaram se tratar dos pequenos grupos que se reúnem nos lares semanalmente para estudar a palavra juntamente com o seu respectivo líder.
Mas num clique em seu notebook, projetou na tela uma foto dele com sua esposa, seus três filhos e o genro. Então ele disse: “Este é meu grupo pequeno”... A maior responsabilidade do meu pastoreio... Posso ganhar o mundo inteiro, mas nada, absolutamente nada, me fará se sentir realizado se perder qualquer um desses...
Estou com ele!!!
Doni, de fato eu tb estou com ele e até irei transcrever aqui o 1/ comentário que fiz ao texto anterior onde fiz esta pergunta ao Rodrigo:
ExcluirSe eu parto do princípio que eu sou a igreja, minha família é minha igreja, esta igreja ira externar para o mundo (meu entorno). Voce não pensa assim? Ora, se vivo isto em meu lar, com certeza irá exteriorizar para meu entorno. Ao passo que se eu desprezar (seja lá o que vc julga ser) os interesses “medíocres” da família, posso ter que (num futuro não tão distante) ir visitar meus filhos num presídio ou em um centro de recuperação.
DE QUE ADIANTA GANHAR O MUNDO INTEIRO E PERDER SUA ALMA (FAMILIA)?
O comentário fazia menção ao texto do Rodrigo e ele já até respondeu rsrs para que o comentário se enquadrasse perfeitamente aqui, deveria estar assim:
ExcluirSe eu parto do princípio que eu sou a igreja, minha família é minha igreja, esta igreja ira externar para o mundo (meu entorno). Voce não pensa assim? Ora, se vivo isto em meu lar, com certeza irá exteriorizar para meu entorno.
DE QUE ADIANTA GANHAR O MUNDO INTEIRO E PERDER SUA ALMA (FAMILIA)? (agora penso que ficou melhor rsrsrs)
Anja,
ResponderExcluirSim Anja, O Ricardo Agrestes tem um pensamento bem parecido com o do Kivitz. Tem vários livros publicados, muitas palestras no youtube sempre com abordagens de caráter existenciais. é dessa safra de novos pensadores que projetam uma comunidade cristã, livre das mesmices tão comum nas igrejas.
O endereço para você, se quiser é claro, assistir aos cultos on line:
http://www.chacaraprimavera.org.br/
claro que quero! Obrigada querido...
ExcluirGil te respondi mais em cima rsrs espero ter atentido a contento! rsrs mas se não, pode continuar espremendo que vou me soltando, desnudando... rsrsrs até... kkk
ResponderExcluirErrata: atendido rsrs
ExcluirEduardo, parabéns pelo excelente texto e também pelos comentários decorrentes (extensivo aos demais confrades), não estou podendo participar como gostaria, mas não poderia deixar de marcar presença. Estou com minha vó materna hospitalizada mas já apresentou uma significativa melhora hoje. Ainda no meio da tribulação perdi a carteira com o cartão do banco e 400 reais, o que no nosso caso Edu, que estamos sem aumento salarial desde 2008, representa um baque né verdade? Mas tudo vai se ajeitar!
ResponderExcluirGiba, vc não ta fácil não hein? rsrs Não se esqueça Giba que a vida é feita de vários pequenos momentos e que se voce não encontrar sentido nos pqnos momentos, terá vivido em vão!
Abraços a todos
Gil, vc diz: "o vários ainda não me fará feliz por completo" Então a pergunta que não quer calar é:
ResponderExcluirO QUE ENTÃO LHE FARÁ FELIZ POR COMPLETO GIL? hahaha como bem disse o And, a vida é feita de vários (váriossssssssssssssssss)pequenos momentos, se vc não encontra neles a felicidade, #Fudeu KKK terei que fazer como a esposa de Jó: amaldiçoa seu deus e morre! rsrsrsrsrsrsrs
Gil sua pergunta só vai fazer eu caminhar nesta direção. Pois a vida de fato é feita de momentos.
Edu, eu tenho muito medo de perder a fé e a esperança como já disse, Já experimentei uma fase em que por motivos de saúde emocional me vi sem fé e sem esperança e o que resta é um medo incontrolável. Porque de fato viver é estar sempre à beira de bons e maus acontecimentos, andar por exemplo no Rio de Janeiro é andar sobre bueiros que estouram lembra? rsrs... então se a pessoa não tiver equilíbrio, força, bom ânimo, não sai nem de casa! rsrs... mas brincadeiras á parte a confiança em Deus me dá esperança de passar pelos contratempos que certamente virão com coragem e bom ânimo.
ResponderExcluirNão digo que a minha fé é a única coisa capaz de trazer esperança, já tivemos relatos de colegas aqui da confraria que encontram esperanças em si mesmos, na vida, e seja lá no que for! O que vale mesmo é se manter equilibrado, progredindo por que nesse caso Deus ainda que implicitamente estará agindo, sem que seja nomeado, apenas por estarmos imersos nesse bem estar, nessa força que é pura luz, que nos contagia. Com nome ou sem nome, com reza ou sem reza, esse bem estar é divino!
Um abração e fica com Deus.
and e anja vcs não tão fácil não kkkkkkkkkk
ResponderExcluirand melhoras para sua vó....
Então o que eu quero reafirmar é que esta busca pela plenitude de felicidade nunca será totalmente preenchida ou experimentada enquanto nosso desejo humano a anseia constantemente.
Nesta visão de um dia alcançá-la na plenitude eu tenho tratado como salvação.
And eu tenho vivido a vida nos pequenos e grandes momentos sim e minha vida não está em vão. Nunca em toda minha vida estive tão realizado e tão encontrado como tenho estado. Tenho vivido o reino a partir de uma entrega a quem mais precisa (incluindo eu e minha casa) e tenho experimentado os milagres de Deus em minha vida e na vida destas pessoas.
Anja também não consolo os que sofrem com promessas de vida eterna ( olha que para mim é uma verdade) tenho feito minha parte de forma concreta o que não significa que todas as pessoas que se encontram em miséria podem ou tem condições de reações neste mundo, em muitos casos é inerente a própria vontade e capacidade da pessoa.
Mas concordo com você que não necessitam de consolo a vida eterna e sim uma libertação no aqui e agora. Como diz o Edu numa sociedade ideal seria possível todos terem condições de viverem vários momentos de felicidades... Não sei se me entende? E nestes casos o problema não é Deus! Você sabe disso.
Porém eu reafirmo que ainda assim existirá uma busca interior por esta felicidade em plenitude.
Perfeito Gil! Esta é a esperança...
Excluirvoce lembra o texto que o And apresentou falando sobre a sede de poder? Pois então! Cabe aqui também, mas não sede por poder, mas sede por viver! Na busca por felicidade, nunca estaremos plenos, porém cabe a nós saber viver plenamente cada momento. Até que venha outros momentos; bons ou ruins, mas momentos. E viver estes momentos é o que realmente importa. Esta nossa busca deve ser uma busca sadia, mas (redundantemente falando) não esquecendo de viver de forma singular nossos pequenos grandes momentos. E muita gente tem abdicado destes momentos em prol de uma vida no porvir que de certo (???), não virá.
Eu te entendo perfeitamente, e também sei que esta sociedade ideal é utópica, mas a mim, cabe fazer minha parte. Muitos não fazem mais, penso eu, exatamente por alimentar uma esperança no porvir! Arregacemos nossas mangas e façamos acontecer agora! O "Agora" é o nosso grande momento, não deixemos passar em brancas nuvens que não trarão nenhum messias entre elas.
Esta é a esperança a qual me agarro. Esta é minha salvação, este é meu Deus! O AGORA
Anja_Lilith
Como sabiamente disse o Andereson num de seus textos: [...]Em suma, compreendo em mim mesmo meu presente considerando o que passou e o que está por vir e como conseqüência, constato que tudo teve sua utilidade, tudo. Tinha que assim ser, pois senão, até quando?[...]
ResponderExcluirPra quem quiser ler o texto completo segue o link:
http://omundodaanja.blogspot.com.br/2011/07/introspeccao-by-anderson-souza.html
Edu, mandei uma msg no face pra vc ok?
ExcluirAnja,
ResponderExcluirquero discordar da sua frase:
apenas para contrastar com os termos "sacrossantos" que alguns usam para referir-se a algo que nem todos creem, e querer exigir que todos tenham a mesma reverencia por algo que nem todos consideram sacrossanto é sintoma de intolerância (o que não é seu caso).
mas por que quando você achou que alguém aqui te acha "devassa", "pecadora" você deu piti e não gostou?
Quem diz o que quer, pode ouvir o que não quer...
Talvez um dos grandes problemas da nossa pós-modernidade foi a perda do sagrado. Tornamos tudo profano, sem entender que o profano sem o sagrado, entra em desequilíbrio.
Não digo por mim, a mim não ofende, mas pode ofender a alguém por aqui ver coisas que lhe são caras, serem tratadas de forma inadequada.
Eu acho que você pensa que eu te julgo uma devassa ou depravada, mas longe de mim considerar alguém assim; Jesus nunca fez isso e eu sou tão devasso quanto qualquer humano pode ser.
Acho que você não gostou da minha conversa com o DONI sobre os super-heróis que as editoras dos EUA estão fazendo virar gay, mas ali não tinha nenhum deboche ao gay em si, mas sim um deboche a essa atitude boba das editoras de fazer gay heróis que nunca foram gays e estão aí a 70 anos, capite?
Por exemplo, numa linha alternativa da editora Marvel(ULtimate Marvel), o Colossus dos X-Men é gay; tudo bem, criaram o personagem assim nessa linha temporal alternativa. Mas fazer virar gay um personagem que sempre foi hétero é se curvar ao peso da ideologia imposta que anda por aí.
Capite? rssssss
Edu (seu osso duro de roer rsrsr) def ato a princípio, achei um tanto desconexa a postura sua e do Doni, mas depois eu percebi que em nada tinha a reclamar. Quem foi que pôs em sua cabeça que penso que voce me considera devassa, pecadora etc? rsrsrs MAS NÃO MESMO! Tenha certeza disto meu querido. Quando disse isto não me referi a voce, mas também não quero desenhar pra quem foi né? Será que preciso mesmo depois desta dica? rsrsrs
ExcluirAgora deixa eu discordar de voce: Em se tratando de ideologias e crenças, pode dizer o que quiser sobre as minhas que não ligo! Mas em se tratando de minha orientação sexual, relacionamento etc... aí é ruim de aceitar uma pessoa me julgar viu? Então? Percebeu a diferença? Crenças são crenças, pessoas são pessoas! Julgue meus deuses, minhas crenças, meus dogmas, mas não minha natureza. Pois não julgo a natureza de ninguém, ma sim a crença. Imagina se fosse o inverso? Num mundo de gays e bissexuais, héteros seriam tidos como anormais, aí a coisa seria diferente né? kkk
Então xerife? Esta é a diferença, eu zombo dos ideais e não da pessoa!
Deus se encontra no profano (texto do meu amigo pessoal e ex-professor, Pedro Rocha)
Excluirhttp://omundodaanja.blogspot.com.br/2011/10/deus-se-encontra-no-profano.html
este texto Edu e demais, compensa ler!
DONI, ANJA,GIL...
ResponderExcluirDONI,
gostei da sua coragem em dizer que a felicidade não se encontra só na "experiência de Jesus", eu concordo com isso, afinal de contas, encontramos pessoas felizes sendo budistas, hindus, ateus...
E é verdade o que você disse: rotina absoluta não existe, toda rotina é diferente a cada dia, pois a cada dia, mesmo você pensando que está fazendo tudo igual, na verdade, não está. Realmente, tudo flui.
E que negócio é esse de comunidade presbiteriana? Largou nossa amada igreja mãe, que nos criou, que nos deu o peito e seu leite nutritivo para nos alimentar??? rssss
Sinceramente, fiquei curioso de você nominar o pastor Ricardo Agrestes, como um dos grandes pensadores hoje do meio cristão, eu ainda não tive a oportunidade de conhecê-lo. O Kivitz já o conheço ha anos e já li alguns dos seus livros.
GIL,
és de fato, poeta!!! gostei muito e a sua poesia é verdadeira, ainda que a poesia não esteja necessariamente a serviço de uma verdade...rsss
ANJA,
você está certa, todos nós concordamos que a nossa família é o núcleo mais importante onde temos que atuar para que ele seja transformado a cada dia num lugar de paz e contentamento. Eu procuro fazer isso a cada dia.
Viu que eu te disse que eu ia escrever um texto baseado na Bíblia e você não ira refutar? rsssssssss
Assim é a Bíblia, esse livro fenomenal (tanto no sentido de extraordinário quanto no sentido de que está repleto da fenomenologia do humano e do divino )
ANJA E GIL...
ResponderExcluirfelicidade é uma coisa bem subjetiva. Anja, o que lhe faz feliz e o seu conceito de felicidade pode ser um e do GIL OUTRO e o meu, outro. Não dá para fazer uma receita de felicidade para todo mundo com os mesmos ingredientes. A esperança na vida eterna é para quem crê, e isso traz felicidade a quem crê pois tem a certeza de que a felicidade não "morrerá com a morte" mas se manifestará enfim, de maneira plena e totalizante(estou usando muito essa expressão..rss); para quem não crê, que aproveite bem a vida aqui, pois ela é breve, é como uma folha que o vento leva, já dizia "poeticamente o poeta" bíblico.
Ainda assim, eu ousaria dizer que alguns elementos todos citariam como sendo geradores de felicidade:
saúde;
dinheiro o bastante para se viver dignamente;
amor;(da família, dos amigos, da humanidade...)
paz;
espírito de luta para vencer o "dia mal".
(Nâo necessariamente nessa ordem)
Somos feitos de desejo...e enquanto houver o desejo, haverá a ansiedade em satisfazê-lo, o que gera um prazer momentâneo até a ânsia por um novo deseja aparecer ou o desejo que já foi satisfeito mas que outra vez, volta a tona.
ResponderExcluirPor isso para os budistas, a felicidade plena é o Nirvana, um estado elevado onde o desejo já não existe.
edu
ResponderExcluirgostei muito desta frase budista:
Por isso para os budistas, a felicidade plena é o Nirvana, um estado elevado onde o desejo já não existe
tenho tido um contato com budistas e tenho aprendido muito principalmente em viver o hoje, o agora. Como eles me dizem o presente não vivido vira passado!
Esta a anja deve ter aprovado 100% rsrsrsrs
ANJA,
ResponderExcluirsobre esta frase
Num mundo de gays e bissexuais, héteros seriam tidos como anormais, aí a coisa seria diferente né? kkk
um mundo de gays seria impossível, ao menos, é claro, que existissem gays "evoluídos" que tivessem úteros. Um mundo gay é biologicamente impossível...heeeee mas sei que você sabe disso e só falou em tese, né?
Olha, eu acho que temos também que respeitar as crenças, os dogmas das pessoas. Pra você é fácil falar, né, você não tem crença metafísica alguma...rsssss
Eu também discordo das crenças e dogmas, mas desrespeitá-las e debochar delas, eu sempre me policio para não fazer isso, mesmo que seja uma crença absurda, como dizer que não existe Deus...heeeee
Por isso vou discordar de que você tenha uma "natureza" bissexual. Veja que eu sempre digo isso a partir da natureza. A natureza não precisa de bissexuais, apenas de casais que possam reproduzir as espécies. A bissexualidade e a homo, são singularidades mas não são uma "natureza". Eu sei que é difícil ouvir isso, mas não brigue comigo, brigue com a natureza...
Claro que foi em tese né? (rsrs) mas veja que não é impossível! Poderíamos assumir o controle do mundo, aprisionar todos os héteros somente pra reprodução e criar um mundo sem diferentes! kkkkkkk
ExcluirMas não é isto que queremos, queremos é exatamente o contrário: que todos sejam aceitos como são!, mas sei que isto ainda está longeeeeeee e se depender de deus, aí é que complica mesmo! Porque como deus não tem voz ativa, ficamos na dependência de seus porta-vozes, aí já viu né? rsrsrsrsrsr Mas juntos chegaremos lá! Vem comigo?
Seria uma homomatrix?kkk
ExcluirYes Gil, aprovei 100% a frase, o texto do Edu e os comentários!
ResponderExcluirEdu vou brigar com vc não querido rsrs apenas cito um trecho de uma música que, claro, todos conhecem: Eu nasci assim, eu cresci assim, eu fui sempre assim...Anja Arcanja (opss) Gabriela rsrsrsrs
será que errei a letra?
Gil, esta tua frase vai ficar: tenho aprendido muito principalmente em viver o hoje, o agora. Como eles me dizem o presente não vivido vira passado!
ExcluirVivamos o hoje! (antigamente eu diria assim: vivamos o hoje como se Cristo voltasse amanhã, mas hoje, já não mais! rsrs)
anja você sabia que uma linha da teologia católica não sei se evangélica também diz que o tempo de Deus é o hoje, o presente?
ResponderExcluirDizem que para Deus tudo está acontecendo agora sempre agora.
Falam por exemplo que a respeito da ressurreição todos (abraão, moisés, eu, você os confrades aqui) estaremos ressuscitando ao mesmo tempo.
Loucura loucura
Eu trabalho com esta ideia no livro o jardineiro de madalena.
Pois é Gil! Tirando a parte da ressurreição, o resto eu concordo! rsrsrs
Excluir“E que negócio é esse de comunidade presbiteriana? Largou nossa amada igreja mãe, que nos criou, que nos deu o peito e seu leite nutritivo para nos alimentar??? Rssss”
ResponderExcluirPois é Edu, resolvi respirar novos ares! Rsrs
Mas ainda estou procurando meu lugar ao sol! Para tanto coloquei este anúncio nos veículos de comunicação:
PROCURA-SE:
Procura-se uma comunidade que não obstante, jamais se deixar influenciar pelo secularismo, atente com uma outra ótica para a geração pós-moderna, contextualizando-se.
Que conceba os problemas existenciais que emergem como resultado de nossa humanidade, e não como déficit de uma espiritualidade tradicional forjada em seu próprio arcabouço doutrinário.
Uma comunidade que tenha uma consistência teológica em sua cosmovisão, com capacidade de observar a cultura criticamente, identificando nela os pontos de contato com o evangelho e os pontos que funcionam como antídoto ao evangelho.
Uma comunidade que não sucumba ante a religiosidade, que ensine que a performance pessoal, a moralidade acima da média e o intenso ativismo, decisivamente não deve ser confundida com a legítima espiritualidade cristã.
Procura-se uma comunidade que tenha resistido ao mercado da fé, que não tenha transformado o evangelho em um “business” e seus pastores em executivos visionários, que fazem do púlpito um balcão de negócios.
Uma comunidade que esteja disposta a renunciar a rotulação de reformados, evangélicos, católicos, e outras terminologias, para se definir estritamente como discípulos de Cristo, tendo consciência da amplitude que tal definição acarreta.
Uma comunidade, que quando for atuar diretamente na esfera política-social, seja de fato um agente de transformação, e não um agente de manipulação das massas, para que seus líderes alcancem o poder com a mesma motivação corrupta daqueles que o detém na atualidade.
Uma comunidade cujos líderes, se abdiquem de um modelo de igreja cheia de eventos, encontros, congressos e atividades que servem apenas como meio de receita, para se abrir a uma predisposição de fazer menos com mais objetividade, e canalizar seus recursos na sua totalidade no bem estar do ser humano.
Mesmo não sendo muitas as exigências, confesso que não está fácil encontrar Edu! rsrsrs
Doni se você achar me mostre o caminho rsrsrsrsrsr
ExcluirEduardo, Doni, Gil, Levi e demais, este texto merece ser lido por todos!
ResponderExcluirhttp://omundodaanja.blogspot.com.br/2012/06/filosofia-suja-e-empoeirada-na.html
É por isso que o cristianismo hoje tem sido mais do que nunca contextualizado no “chão desta terra”, sendo muito mais existencial do que espiritual, e, isto para não perder a relevância.
ExcluirJá não faz mais sentido – e, muitos líderes religiosos tais como Ricardo Gondim, Caio Fabio, Ed. Rene Kivitz entre outros sabem disto – pregar mais sobre anjos, demônios, céu, inferno, apocalipse entre outras coisas que eram – e ainda são para algumas vertentes do cristianismo ortodoxo que ainda insiste em ficar paradas no tempo – tidas como mensagens principais no cultos.
Hoje, os pastores que procuram contextualizar os seus sermões, parecem mais psicólogos falando sobre relacionamentos.
É a nova roupagem da reformulação religiosa, que deixam de ser filosofia de gabinete para virarem literalmente filosofias de rua, pois é na e pela existência que é feito a vida.
Filosoficamente falando eu penso que este assunto tanto para teologia como para filosofia é um empobrecimento enorme no que tange uma caminhada espiritual.
Se eu chegar a isso prefiro ter acompanhamento psicológico rsrsrs
É só meu ponto de vista!
Alguns padres estão fazendo isso! A sensação que tenho é que trocaram a riqueza dos ensinamento espirituais pelos pensamentos de auto-ajuda.
Se eu fosse ateu apoiaria incondicionalmente esta ideia a não ser que fosse ateu intelectual rsrsrs
Empobrecimento? rsrsrs Mas não é do que falamos aqui? fazer acontecer o aqui e agora? Eu apenas diria "humanizando" ao invés de "naturalizando", no resto, o texto é perfeito! Menos seres divinos e mais seres humanos!
ExcluirEdu e Doni, estou tentando escrever exatamente sobre ESPERAR rsrs Edu você citou Doni, quando diz: "gostei da sua coragem em dizer que a felicidade não se encontra só na "experiência de Jesus", eu concordo com isso, afinal de contas, encontramos pessoas felizes sendo budistas, hindus, ateus..."
ResponderExcluirO que é a felicidade para você Edu e para você Doni? O que é a felicidade para mim? Ela é uma constante ou consequência?
Ouço pessoas dizerem: Estou tão feliz! Comprei uma casa, comprei o carro dos meus sonhos, consegui o emprego que eu queria. Estou tão feliz com o meu namoro. E por ai vai...
Talvez a maioria dos crentes não sejam felizes, nem mesmo tendo Jesus. Por que? O que é ser feliz?
Gui,
ResponderExcluireu comentei ai por cima que felicidade é um caminho de busca pessoal e subjetivo. ter uma casa própria pode gerar felicidade em quem a tem e isso não é nenhum problema. Eu por acaso, sou bem feliz por não precisar pagar aluguel!!!
Ou seja, é muito complicado alguém dizer "faça isso, siga isso, creia nisso e você será feliz".
Mas também entendo que a felicidade pode ser um estado de espírito diante da vida, independente se você passa por momentos alegres ou tristes. Precisamos sorrir e chorar para mantermos a saúde psíquica.
Doni,
ResponderExcluirnão me diga que essa comunidade é tudo isso aí que você descreveu!!!!!!! Eu duvido muito que seja, a não ser é claro, que ela seja dirigida por anjos...rsss
Mas se ela tiver apenas 50% das características que você cita, ela já será uma alternativa relevante para o cristianismo S/A que temos hoje.
Se for dirigida por anjas o trem pega! kkk né não Doni? rsrs
ExcluirNão Edu e Anja!
ResponderExcluirEsta comunidade é utópica. É igual a esposa (que estava no imaginário da mãe) do Rei Lemuel descrita em Provérbios 31: "Quem a achará?" rsrs
Eu entendo o que o GIL está dizendo.
ResponderExcluirTirar a dimensão da fé e da transcendência dessa "teologia-existencial-pé-no-chão" é deixar a espiritualidade manca.
Concordo que devemos viver e caminhar o chão da existência, mas não devemos esquecer de também olhar para as estrelas.
Doni,
ResponderExcluirainda que utopia, devemos persegui-la...rs
Meu ex-pupilo Marcinho pergunta no link que a ANJA indicou:
ResponderExcluircaro leitor, qual a pergunta mais importante para você: a) “Deus existe?” ou b) “Como tratar da doença do meu filho (por exemplo)?”.
De fato, as pessoas ditas "comuns" estão bem mais preocupadas com os problemas concretos do dia a dia, mas não por acharem que as grandes questões da existência que são abstratas sejam irrelevantes hoje, é por que elas nem sabem que tais questões existem ou que são importantes...
A educação hoje é voltada para o "Mercado" e não para a reflexão filosófica de problemas abstratos e "sem importância". Essa é a melhor maneira de se construir uma massa de autômatos que só estão preocupados em ser "consumidores" e "produtores" e que não sabem pensar.
É só perguntar para alguém se ela acredita que Deus existe; se ela dizer sim e se perguntar por que ela crê, é bem possível que ela não seja capaz de dizer; nisso não tem como negar que os ateus são mais preparados, pois já fizeram tal reflexão e optaram para a negação baseada em argumentos racionais.
Falta "razão" ao que crê.
O Marcinho diz também que
ExcluirHoje, os pastores que procuram contextualizar os seus sermões, parecem mais psicólogos falando sobre relacionamentos.
Aqui ele está puxando a sardinha para a própria brasa, já que logo, logo, ele se formará em psicologia; será que ele está pensando em seguir a carreira de pastor-psicólogo...rssss
Edu, cê não tem jeito! kkk
Excluiredu
Excluiragora tá explicado porque ele defende este tipo de sermões de auto ajuda rsrsrs
Anderson,
ResponderExcluirespero que tudo saia bem com sua avó, meu querido. Ainda mais perdendo 400 contos assim, de uma hora prá outra...realmente pesa!
Bem, foi muito proveitoso discutir essa dimensão concreta da vida do autor do Eclesiastes. Eu queria dar um exemplo de que a Bíblia não é um livro que anda com a "cabeça nas nuvens"; a fé javista e a cristã são antes de tudo, uma fé inserida na história e é na história que todos os dramas e atos acontecem; afinal de contas, Deus fez-se homem. Na história. Mesmo que não aceitemos isso como história de fato, mas como artigo de fé, a verdade é que essa fé só pode se manifestar e se realizar, na concretude do agora, do hoje, da vida.
ResponderExcluirabraços a todos e que venha o nosso mago psicanalísta!
Para os que enxergam longe, hoje acontece o trânsito de vênus.
ResponderExcluirPara os que tem visão parca, ladrão evangélico rouba 400,00, se arrepende, devolve 200,00 e paga 20,00 de dízimo. "Tá na Globo". Tudo hoje.
Edu, eu esperei que você comentasse com mais carinho a minha pergunta rsrs
ResponderExcluirQuando Paulo diz: "SE esperarmos só por esta vida somos os mais infelizes de todos os homens". Ele não estava ignorando que Jesus quando implantou o seu Reino aqui neste mundo, trouxe a proposta de felicidade, quando disse: "Tereis vida e vida em abundância."
Quando Ele disse a Tomé: "Bem aventurados são aqueles que não viram e creram." Acredito que Ele tinha em mente também que apesar do Reino de Deus está presente neste mundo na nossa vida, ele não se consuma aqui, tanto que Ele disse: O meu reino não é deste mundo. apontando para o transcendental.
Como diz o Ed René, "O reino de Deus, que será consumado no futuro escatológico, já está inaugurado na pessoas de Jesus Cristo."
Gosto quando ele diz que vivemos a tensão entre o "já" e o "ainda não". Já somos filhos de Deus, mas ainda não fomos plenamente transformados à imagem de Cristo. O diabo já está vencido, mas ainda não está impedido de atuar no mundo. Já recebemos a vida abundante que há em Jesus, mas ainda não fomos completamente redimidos das vulnerabilidades de nosso corpo mortal. Portanto, temos nossas aflições, mas podemos ser felizes. Segundo eu creio, a felicidade é um estado de espírito, independente das circunstâncias. Somos felizes aqui, com a certeza de que está felicidade se aperfeiçoará na eternidade. Portanto, A NOSSA ESPERANÇA, está além desta vida também.
Mas Gui, e se nada houver depois? rsrs quanto a pergunta que vc fez a Mirandinha, o inverso tb não seria o mesmo? Pode alguém afirmar haver vida após a morte?
ExcluirMirandinha, te faço uma pergunta: você acha inteligente uma pessoa que afirma que não existe vida após a morte, sem nunca ter morrido ou tivesse provas concretas disto?
ResponderExcluirApesar que não entendo como questão de inteligência, mas sim de sabedoria...
Guiomar Barba,
ResponderExcluirO espírita acredita na rencarnação. Reencarnação quer dizer trocar a indumentária. A carne apodrece com o tempo porque tudo que nasce, cresce e morre. Se você fala da vida como sendo a alma, eu acredito que ela não morre e em qualquer lugar que ela vá será sempre uma alma. Mas invente outro céu porque o céu cristão é uma lenda hebréia. A lenda dos nibelungos é mais crível. Pois é... A questão não é de inteligência, mas de sabedoria.
O problema é o cristão querer gozar da vida eterna, no paraíso prometido por Deus, indo para lá com o mesmo corpo de carne e ossos, já que trem medo de morrer. Guiomar, me responda uma curiosidade; porque o crente chora em velório dos "irmãos"?
Respondendo às duas.
ResponderExcluirDeve haver alguma outra coisa após a morte do corpo físico. Eu não vim aqui só para nascer,sbreviver, estudar, trabalhar, reproduzir, envelhecer e morrer. Deve haver um motivo mais nobre, nem que seja como fonte de energia para outra civilização extra terrestre, nem que seja...
kkk Mirandinha eu acredito em duas coisas (e estas não tem como refutar): vida e morte!
ExcluirO resto é mera especulação!
"Deve haver alguma outra coisa após a morte do corpo físico." (Miranda)
ExcluirVocê tem essa ESPERANÇA mesmo, Miranda? Ou tudo não passa de uma racionalização CONSOLADORA, que o crente atribui ao Espírito Santo?
Não Levi, o crente não atribui ao Espírito Santo, o crente acredita no que Jesus ensinou e é convencido por algo muito subjetivo.
ExcluirA quem você atribui a certeza de que não há este consolo? A uma racionalização sua? Ou atribui a conclusões de filósofos? rsrs
"Racionalização Consoladora" é = "Consolo Espiritual". Mudam-se os conceitos, mas a essência permanece a mesma. (rsrs)
ExcluirO Miranda não é tão diferente de nós, GUI. Eu quis ressaltar isso com o meu comentário. (kkkkkkkk)
Na verdade, Levi, ninguém sabe nada após a morte. A falácia do cristianismo, a falta de evidências no espiritismo. Sei que temos uma energia que chamamos de alma e pode ser imortal. Pode? Se a alma é imortal, existem diferenças na sua evolução espiritual como se fossem valores energéticos. Vou tentar explicar; o feijão tem x calorias, a capim tem y calorias, a carne tem k calorias, do xuxu ao filé há diversidade de valores assim como entre o pária e o presidente. A energia gerada por um inútil não é a mesma gerada por um cientista. Em algum lugar depois da morte do corpo físico, esta energia poderá ser aproveitada. Aproveitada? Nem que seja por ETs, mas alimento de vermes junto ao corpo, não.
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirGil e Edu, obrigado pela força! Edu, vc sabe me dizer algo sobre o aumento salarial dos militares? Já saiu? (rsrs) Logos & Mythos serviços de informação de caserna. rsrs
ResponderExcluirGil, Gui, Levi, Mirandinha e demais, um poema bem humano (embora possa ser interpretado de forma também divina, mas é puramente humano e muito enigmático)
Vida e morte… será?
A uma vida que não quero viver,
A uma morte que não quero morrer
A uma vida que nela só o cheiro da morte me alumia…
A uma vida que não quero morrer, nem na morte viver
A uma vida que só a morte é certa,
A uma vida incerta que de certa nada resta.
A uma sombra na luz, e esta que sombra me guia?
A uma vida nas sombras, morte e vida, que me espera?
A uma morte que não quero morrer,
A uma vida que não quero viver,
A uma vida que só a morte é certa…
Vidas que não quero viver, nem nesta vida morrer…
Nem nesta morte chegar,
Antes a Luz encontrar…
Luz que sei! Habita em mim.
Ou talvez não… será?…
Morte e vida… será? (outra face...)
A uma vida que sei que encontrei,
A uma morte que sei, não terei!
A uma morte que na vida não virá!… Será?
A uma vida que a morte não levará
A uma morte que se perde na vida,
A uma vida que a morte não encontra,
A uma morte que era certa, mas sempre incerta.
A uma vida que era incerta, mas se fez certa.
Aquela Luz brilhou no caminho,
A luz brilhou…
A vida veio em mim viver…
A morte não virá…
Anderson L. de Souza
É um duo de poemas, alguém arriscaria decifra-lo? rsrs
Abraços a todos
and longe de mim tentar decifrá-la, poesia a gente não decifra sente na alma...
ResponderExcluirmuito boa
uma poesia atual do poeta oswaldo begiato ( meu irmão) que vive uma dilema e conflito constante com Deus:
ResponderExcluirEU E DEUS
Oswaldo Antônio Begiato
Eu e Deus andamos nos estranhando.
De um lado,
Não consigo deixar de ser egoísta e vaidoso,
De só pensar nas minhas poucas e leves dores;
De outro,
Ele não consegue evitar que as crianças
Continuem morrendo de fome e de sarampo.
De um lado,
Eu não consigo deixar de ser cético e presunçoso,
De duvidar dos milagres de seus enviados;
De outro,
Ele não consegue parar as guerras imbecis
E permitir a tantos inocentes uma vida pacífica.
De um lado,
Eu não consigo deixar de ser rebelde e pecador,
De transgredir todos os mandamentos;
De outro,
Ele não consegue fazer os homens entenderem
Que a Natureza e a Vida precisam ser respeitadas.
De um lado,
É provável que o deus
No qual creio não exista;
De outro,
Que o Deus que existe
Não creia em mim.
Eu ando não O escutando. Nem Ele a mim.
Daí nossa estranheza.
ele é o autor da poesia oração a mim mesmo lida pela insistência do público duas vezes no programa da ana maria braga.
Gil, quero muito conhecer esta poesia "oração a mim mesmo" por favor, nos mostre!
ExcluirMuitooo boa a poesia de seu irmão! família de poetas! hehehe
and
ResponderExcluirde uma olhada você vai gostar:
http://www.youtube.com/watch?v=P68-0xjvAz4
VLW!!!
Excluirse você não quer ver o video
ResponderExcluirORAÇÃO A MIM MESMO
Oswaldo Antônio Begiato
Que eu me permita olhar
e escutar e sonhar mais.
Falar menos. Chorar menos.
Ver nos olhos de quem me vê
a admiração que eles me têm
e não a inveja que
prepotentemente penso que seja.
Escutar com meus ouvidos atentos
e minha boca estática,
as palavras que se fazem gestos
e os gestos que se fazem palavras
Permitir sempre
escutar aquilo que eu não tenho
me permitido escutar.
Saber realizar
os sonhos que nascem em mim
e por mim
e comigo morrem
por eu não os saber sonhos.
Então, que eu possa viver
os sonhos possíveis
e os impossíveis;
aqueles que morrem
e ressuscitam
a cada novo fruto,
a cada nova flor,
a cada novo calor,
a cada nova geada,
a cada novo dia.
Que eu possa sonhar o ar,
sonhar o mar,
sonhar o amar,
sonhar o amalgamar.
Que eu me permita
o silêncio das formas,
dos movimentos,
do impossível,
da imensidão de toda profundeza.
Que eu possa substituir
minhas palavras
pelo toque,
pelo sentir,
pelo compreender,
pelo segredo das coisas mais raras,
pela oração mental
(aquela que a alma cria e
que só ela, alma, ouve
e só ela, alma, responde).
Que eu saiba dimensionar o calor,
experimentar a forma,
vislumbrar as curvas,
desenhar as retas,
e aprender o sabor da exuberância
que se mostra
nas pequenas manifestações
da vida.
Que eu saiba reproduzir
na alma a imagem
que entra pelos meus olhos
fazendo-me parte suprema da natureza,
criando-me
e recriando-me a cada instante.
Que eu possa chorar menos de tristeza
e mais de contentamentos.
Que meu choro não seja em vão,
que em vão não sejam
minhas dúvidas.
Que eu saiba perder meus caminhos,
mas saiba recuperar meus destinos
com dignidade.
Que eu não tenha medo de nada,
principalmente de mim mesmo:
- Que eu não tenha medo de meus medos!
Que eu adormeça
toda vez que for derramar lágrimas inúteis,
e desperte com o coração cheio de esperanças.
Que eu faça de mim um homem sereno
dentro de minha própria turbulência,
sábio dentro de meus limites
pequenos e inexatos,
humilde diante de minhas grandezas
tolas e ingênuas
(que eu me mostre o quanto são pequenas
minhas grandezas
e o quanto é valiosa a minha pequenez).
Que eu me permita ser mãe,
ser pai,
e, se for preciso,
ser órfão.
Permita-me eu ensinar o pouco que sei
e aprender o muito que não sei,
traduzir o que os mestres ensinaram
e compreender a alegria
com que os simples traduzem suas experiências;
respeitar incondicionalmente
o ser;
o ser por si só,
por mais nada que possa ter além de sua essência,
auxiliar a solidão de quem chegou,
render-me ao motivo de quem partiu
e aceitar a saudade de quem ficou.
Que eu possa amar
e ser amado.
Que eu possa amar mesmo sem ser amado,
fazer gentilezas quando recebo carinhos;
fazer carinhos mesmo quando não recebo
gentilezas.
Que
eu jamais fique só,
mesmo quando
eu me queira só.
Amém.
MORRER DE MIM
ResponderExcluirSe eu morresse, e não morresse de mim
Morreria do que eu não sou.
Posso eu, morrer só de mim?
Quando em mim morre o que não sou?
Como eu quero na verdade morrer,
Esta morte é mentira p’ra ti.
Pois não morro como queres ver,
A minha morte não podes sentir.
Se na vida eu representei,
Desta morte eu não posso calar.
Pois em mim morre tudo que sei,
Já não posso representar.
Morto. Fica o que pensam de mim.
Minha essência tornou-se finita.
Exauriu-se chegando ao fim,
Só deixando aqui esta escrita
Na verdade aqui tem dois mortos:
Um que fica e outro que vai.
É um falso ficando para os outros
E um real, que comigo se esvai.
.............................. (Por Levi B. Santos)
BRAVO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
ExcluirO "LOGOS e MITHOS" virou recanto poético (kkkkkkkk)
ResponderExcluirBem, a veia poética pode se estender até à noite, quando (re)publicarei um "ensaio-provocação" (no bom sentido -rsrs)
Linda!
ResponderExcluirPorr@! Lindas todas as poesias!
ResponderExcluirMirandinha, nenhum crente pensa que vai de carne e osso para algum lugar. Cremos na ressurreição com a transformação do corpo mortal para o imortal.
ResponderExcluirChoramos no velório, porque sentiremos a separação, até que um dia nos encontremos de novo em um lugar que chamamos céu, mas como diz o próprio João, paradoxalmente, após descrevê-lo: "Olhos não viram, mãos não apalparam e ouvidos não ouviram o que Deus tem preparado para nós. Então não adianta especularmos o que é céu e o que é inferno.
Não acredito amigo, em alma vagando.
Guiomar,
ExcluirO corpo morto se transforma em alimento de vermes e em húmus. Eu disse que o crente quer ir para o céu com o corpo físico porque ele tem medo de morrer. Mesmo seu Deus lhes oferecendo o paraíso e a vida eterna, eles continuam temerosos em tomar posse do local. Será por medo de repetir a promessa feita a Moisés que até hoje não receberam a reintegração de posse? A lenda diz que Jesus ressussitou, mas ocupou seu velho corpo. Ele subiu levando seu próprio corpo. Quero ver sua vó ou a minha fazer isto. Quero ver os soldados cristãos que morreram nas cruzadas, nas duas grandes guerras, encontrarem seus corpos para subirem juntos. É muita carne para lucifer fazer churrasco.
Ressuscitou...ressuscitou...
ExcluirMirandinha, se algum crente tem medo de morrer, é mais que natural. Apesar da confiança em Deus e nas suas promessas, somos carne e não deixa de ser um salto no invisível e desconhecido. Mas todo crente sabe que voltamos para o pó do qual fomos feitos. Como prova temos a mesma composição da terra, os mesmos elementos.
ExcluirNão precisamos de encontrar o corpo de Moisés, no monte da transfiguração ele e Elias estavam lá vivos conversando com Jesus. Deus é Deus de vivos e não de mortos.
Não temos nenhuma prova que Jesus voltou no mesmo corpo. Na grande pesca os discípulos não o reconheceram, isto quer dizer algo?
Pois Anjinha, até o Mirandinha crer que temos uma alma e que ela vai para algum lugar.
ResponderExcluirA questão de crer em uma vida após esta, é bem espiritual. Eu como milhares de pessoas, não tenho dúvidas... No entanto, eu preferiria esperar outra vida se não tivesse certeza. Por exemplo você cita Jesus, creio que você acredita que Ele existiu e foi um grande mestre. Ele fala sobre uma vida além desta...
Gui, acho que vc não leu um comentário que fiz numa postagem anterior, mas que não me lembro qual, vou procurar e poostar aqui de novo junto com o link do meu texto ok? minutinho
ExcluirEste é o álibi para quem fracassou nesta e não quer adimitir. Errou perante a sociedade, foi nocivo a ela. Pediu perdão ao seu Deus e se acha dono de uma vida melhor no outro mundo.
ExcluirAcreditar que temos uma alma e somos diferentes do macaco é uma coisa, acreditar no improvável é outra. Nossa diferença Guiomar, é que eu acredito num Deus a menos que você.
Se não for amor? só o verdadeiro amor não congela as pessoas nos seus erros, mas é capaz de perdoar ao verdadeiramente arrependido.
ExcluirAliás Gui, leia este meu texto por favor querida? Mas claro que se eu fosse escreve-lo hoje, faria diferente, mas como tudo é um aprendizado, não irei muda-lo! rsrs
ResponderExcluirhttp://omundodaanja.blogspot.com.br/2012/01/entre-adao-simios-e-murideos-de-onde.html
Gente, eu pensei que você não tinham mais nada a dizer...LEVI, segura aí só um pouquinho....
ResponderExcluirGUI,
sobre a questão que você coloca, você não vai gostar da minha resposta, mas aí vai:
Em nenhum momento no AT, a esperança messiânica do Reino de Deus se referia a um lugar no "céu" ou no além. O Reino de Deus seria estabelecido na terra. O resultado do "eschaton" era o Reino de Deus na terra.
A frase de Jesus "meu reino não é deste mundo" pode ser interpretado de duas maneiras. A forma mais popular é que ele estaria dizendo que o reino dele seria estabelecido no céu e não na terra, neste mundo.
Mas uma outra interpretação, mais adequada a essa tradição do AT, é que ele estaria dizendo que o reino dele não seria igual aos reinos deste mundo, seria algo novo, diferente, onde de fato, reinasse paz e justiça.
Acontece que historicamente, é provável que a missão de Jesus fracassou. Ele queria forçar a vinda do reino dando sua vida na cruz, mas Deus silenciou-se. O brado de Jesus na cruz "Deus meu por que me desamparaste" só faz sentido nesse cenário. Do fracasso da utopia.
Com sua morte e "ressurreição" (não vou entrar aqui se a ressurreição foi um fato histórico ou um fato teológico), todo o projeto do Reino foi colocado para um tempo no futuro, um tempo meio vago e indefinido.
Jesus nunca disse que iria "inaugurar" o reino e que depois de milênios o reino seria estabelecido de fato, no céu, isso é construção da teologia cristã.
De fato, Jesus inaugurou o reino, mas ele não veio plenamente. Não e a toa que a maioria dos judeus não o aceitaram como messias, pois como messias, Jesus fracassou.
Muitos bons teólogos pensaram assim, inclusive o famoso Albert Schweitzer, piedoso médico e teólogo cristão que deu boa parte da sua vida para implantar o reino utópico de Jesus, pois sendo médico, salvou muitas vidas no continente africano.
Apesar disso, não rejeito por completo a teologia cristã do reino que já "inaugurou" mas que ainda "não é"; a esperança(olha ela aqui outra vez) cristã de um futuro reino divino, deve alimentar a todos os cristãos para que ajudem a apressar este reino, praticando as duas bases pelas quais ele será(seria) estabelecido, conforme, Jesus: paz e justiça.
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