Deus e a homossexualidade (by Anja Arcanja)


Tema que tem sido muito debatido nos dias atuais, tendo como força motriz, a luta dos homossexuais em terem seus direitos civis reconhecidos, o que despertou a ira dos evangélicos de modo geral, ainda mais com o surgimento de igrejas inclusivas, o que para os mais conservadores, não é apenas heresia baseada na eisegese feita pelos teólogos e líderes das igrejas inclusivas, mas uma ofensa não somente a igreja, mas ao próprio Deus.

Mas será mesmo que Deus condena a homossexualidade? Se a resposta for sim, com base em que pode-se afirmar que deus condena a homossexualidade? Será mesmo que textos como o de Levítico 18:22 e Levítico 20:13, Romanos 1: 26-27, 1 Coríntios 6: 9-11, 1 Timóteo 1: 9-11 falam especificamente de homossexualidade? Por ser homossexual, a pessoa então não tem direito a espiritualidade? E ter uma comunhão íntima com deus?

Mesmo se fosse antinatural e uma doença (o que não é) o homossexual deve ser proibido de frequentar uma congregação para alimentar seu espírito e comungar da fé cristã com os seus irmãos de fé? Como poderei eu excluir do seio da igreja, meu semelhante baseado num livro escrito e por muitos manipulado, antes de chegar as nossas mãos como o conhecemos hoje? Não teria ocorrido graves erros de interpretação e consequentemente, de tradução nos textos em que hoje, os adeptos da teologia conservadora usam para condenar seu semelhante, tolhendo-lhes o direito a uma comunhão e espiritualidade?

Quero mostrar com este ensaio (uma edição de um debate que tive com o confrade João Cirilo e seria bom tê-lo por aqui) que sim, existem graves erros de interpretação e tradução e que por puro preconceito, permanecem ainda de pé e penso eu que, apesar das conquistas já alcançadas pela comunidade homossexual, tais conceitos errôneos inseridos na bíblia, permanecerão firmes por longos anos, o que é lamentável.

Quero deixar claro que, eu não adoto a teologia ortodoxa e muito menos inclusiva (não que a inclusiva seja mentirosa ou equivocada, pois se formos falar de equívoco, mais equivocados e mentirosos são os cristãos conservadores que, sob o manto do amor travestido que “ama o pecador, mas odeia o pecado”, defendem as piores barbaridades, insurgem-se contra outros humanos, seus semelhantes e contra seus direitos e alimentam o preconceito e a discriminação), pois o cristianismo tem no seu DNA uma questão de escolha e divisão entre bem e mal, ímpio e justo, salvo e não salvo, abençoado e amaldiçoado – e sempre se escolhe alguém para estar no segundo grupo, “do outro lado”, em cima dos mais variados pretextos generalizantes e injustos; um deus assim, pra mim não serve, pois não desejo comungar com um deus que conspire contra a liberdade do ser humano. Este é meu pensar e agir, mas de forma alguma posso querer enfiar goela abaixo dos que creem em Deus com singeleza de coração, minha descrença. Antes, escrevo para os que querem comungar com este deus, seja homossexual, seja hétero e, que tem em seu íntimo, o desejo de entender melhor o que está escrito e, como visto na parábola do bom samaritano, identificar de fato, quem é nosso próximo real.

As palavras em hebraico que frequentemente são traduzidos por homem e sodomita é qadesh e  abominação (que subtende-se como sendo algo intrinsecamente mal) em Levítico 18:22 e Levítico 20:13 é toevah. Vamos ver os significados destas palavras:

Qadesh = separado (uma taça, um vestido, o sacerdote) e também PROSTITUTO MASCULINO DE TEMPLO ou TEMPLO DE PROSTITUIÇÃO MASCULINA, dependendo do contexto em que era usada.

Toevah = ritual não limpo

Mas então qual a palavra hebraica que no sentido literal significa homem? (rsrs) é iysh e nada tem haver com o original escrito em hebraico! Se o autor (ou melhor, o escritor, entendam como quiserem) quisesse fazer referencia a simplesmente HOMOSSEXUALIDADE não usaria a palavra iysh, que tão somente significa homem, ou macho?

Ressalto ainda que a palavra qadeshaw, que é traduzida por meretriz, ou prostituta, na verdade significa: templo de prostituição feminina, ou prostituta feminina de templo, ou seja, ambos eram TOEVAH (ritual impuro, ou não limpo).

Para exemplificar, usarei o verso 17 do cap 23 do livro de Deuteronômio:

"Não haverá prostituta dentre as filhas de Israel; nem haverá sodomita dentre os filhos de Israel." que ficaria assim "Não haverá qadeshaw dentre as filhas de Israel; nem haverá qadesh dentre os filhos de Israel." (citei este, mas ressalto que em todas as passagens é usado os termos em hebraico que citei, e em nenhuma delas usa-se a palavra iysh, que literalmente significa homem ou macho)

Como então poderemos ainda dizer que tratasse de homossexualidade no sentido geral que frequentemente é usado?

E quanto a palavra Toevah que é traduzida por abominação? E vemos que se trata de RITUAL NÃO LIMPO? Vejamos um exemplo para melhor entendermos:

Porco é toevah, a mulher no período menstrual é toevah. Ter uma ejaculação durante o sono é toevah. Participar da religião sexual pagã de Canaã era toevah. Estas proibições eram indicadas para fazer Israel destacar-se dos vizinhos cananeus. A única coisa que esses escritores sabiam a respeito da homossexualidade era que ela era usada em ritual pagão. Por isso indicado também como toevah. O texto não está falando de relacionamentos homoafetivos, mas de postura homossexual num ritual não aceito no meio judeu. Portanto, nós não podemos escolher e pegar uma toevah para associá-la ao pecado. Ou nós decidimos por todas toevahs ou por nenhuma!

Já no novo testamento escrito em grego (referindo-me as passagens que se encontram em Romanos 1: 26-27, 1° Coríntios 6: 9-11, 1° Timóteo 1: 9-11), encontramos as palavras malakoi que significa literalmente sem força moral, mole, macio, e arsenokoites ou arsenokoitai que somente aparece em escritos de Paulo e possivelmente ele a tenha criado e é uma palavra composta de arseno referindo a macho e koitai que era uma gíria para sexo, equivalente a uma das nossas palavras mais sujas e baixas. Alguns especularam que Paulo usa esse termo para referir-se aos clientes de prostitutos. Isso pode parecer estranho para nossa mente do século 21, mas devemos lembrar que no primeiro século, ambos, pagãos e judeus condenavam o prostituto, mas não condenava o cliente. (rsrs) Assim, ele pode ter sido expandido para a perspectiva moral dessa época. Outros especialistas, afirmam que o arsenokoitai refere-se o parceiro ativo, o homem mais velho, na relação da pederastia, e que malakoi o passivo, o garoto que se submetia ao papel feminino, desta forma os dois termos estariam relacionados, como também alguns defendem, se tratar apenas ao caso de prostituição cultual, mas, há um consenso que o termo seria melhor aplicado à LUXÚRIA, e isso atingiria bem o objetivo da carta de Paulo ao condenar o "viver à moda de Corinto".

E então? Deus condena a homossexualidade? Ou apenas considera como sendo toevah assim como tantas outras toevahs e porque ainda somente a homossexualidade é não somente considerada toevah (sem sequer saberem o significado literal de tal palavra), como é proibida no seio da igreja e as outras toevah’s não? Não se mostra aí um preconceito retrógrado e machista que afeta inclusive mulheres que, se mostram tendo aversão a homossexuais?

Porque tamanho equivoco na interpretação e tradução dos textos e vou além: deturpações e embustes tendenciosos, muitas a mando do sumo-pontífice!  

Não se pode negar que a teologia inclusiva foi um alento para pessoas que, queriam servir (ou seguir) a deus, mas, por serem homossexuais e não tendo como mudar sua orientação sexual, eram excluídas (ou excomungadas) do seio da igreja, afastadas do convívio com a família, com os irmãos na fé e até de deus (e porque não dizer que deus os desprezava sendo ele o grande e único culpado de suas condições como homossexuais?).

Mas será que a teologia inclusiva tapou e selou mesmo esta lacuna? A meu ver não, pois, ainda tendo a bíblia como “regra de conduta e base de fé”, estarei sendo separatista, pois, mesmo sabendo que deus vê como toevah (abominação) a prostituição cultual, e não a relação homoerótica (???) em si, ainda separa dois grupos distintos: OS SALVOS E OS NÃO-SALVOS, eleitos e preteridos. No fim, isso é dizer, como sempre disse o cristianismo mais ferrenho, que uns são melhores que os outros, mesmo entre homossexuais. É “melhor” ser gay casado e “sério” do que garoto de programa ou prostituta, independentemente de ser ele ou ela hétero ou gay, sagrado (a) ou não. Também é “melhor” ser adepto da hebefilia do que um sacerdote de outra religião.

Será esta a libertação que queremos (lgbttts)? A liberdade de escolher entre “salvos” e “não salvos”, entre “melhores” e “piores”, entre “abençoados” e “condenados”? Levar para o céu os gays e héteros casados e condenar ao inferno os (as) prostitutos (as), quer seja tão-somente por venderem o corpo, quer seja por servirem a outros credos?

Não! Para mim isto não é liberdade e por fazer estas reflexões é que hoje, estou afastada da igreja, seja ela adepta da TI, seja ela conservadora e não mais consigo crer em deus. Pois como bem pontuou-me meu amigo e articulista em meu blog, João Marinho, tomo emprestado as palavras dele e faço-as minhas: 

Eu não me contento com uma liberdade pela metade, com um respeito pela metade, com uma aceitação pela metade. Isso não confere com o que acredito ser o papel da divindade.

No entanto, me mantenho alegremente afastado dela, a Bíblia, porque não acho que é suficiente para minha felicidade uma coisa ou uma pessoa ser “mais ou menos homofóbica” e ser “mais ou menos homofílica”, aceitar “mais ou menos”, respeitar “mais ou menos”.

Não é, afinal, a própria Bíblia que diz, no Apocalipse, que, por ser morna, a Igreja de Laodiceia seria “vomitada” (“Oxalá fosses frio ou quente”)? No que tange à Bíblia, prefiro ser, então, um iceberg... 

Anja Arcanja

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Para os que quiserem ler o debate original, (sem edição e cortes rsrs) cm a participação do confrade João Cirilo defendendo a ortodoxia em meu blog, click: Deus e a homossexualidade - debate Anja Arcanja versus João Cirilo



Leitura Recomendada:

Christianity, Social Tolerance, and Homosexuality - de John Boswell
Good News for Modern Gays - do Rev. Sylvia Pennington
Sex Positive - de Larry J. Uhrig
Homosexuality and Religion - editado por Richard Hasbany PhD
Living in Sin? - do Bispo John Shelby Spong
What the Bible Really Says About Homosexuality - de Daniel Helminiak
Openly Gay Openly Christian - do Rev. Samuel Kader

Comentários

  1. Anja

    Eu li este seu artigo não sei aonde, e achei um dos melhores artigos seus escrito sobre a homossexualidade. Achei que você foi muito feliz na exposição dos termos utilizados. Eu não conheço bem este assunto, mas acredito na credibilidade da autora rsrsrsr

    o assunto da homossexualidade na boca de muitos religiosos me parece mais uma bandeira de marketing do tipo que agrega mais pessoas simpatizantes ao discurso proposto pelo sujeito em pauta. Como outros: aborto, racismo, defesa da vida, etc.

    Eu não levo a sério religiosos que insistem nestes temas, pois sei que visam apenas um segmento que lhes interessa e que lhe traz dinheiro e fama.

    Eu não sei dizer qual a quantidade de passagens bíblicas (mal traduzidas ou não?) que falam deste assunto. Não vejo nem na bíblia e nem no discurso de Jesus esta enfatização sobre o assunto.

    Sobre estar ou não na igreja também acho meio que subjetivo vai muito das pessoas. Tenho casos aqui que as pessoas se sentem e querem estar em comunidade.

    Mas concordo que não é fácil fazer parte de um segmento onde a exclusão é evidente.

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    2. Sim sim Gil, como disse, este texto é um edição de um deabate meu com o João Cirilo rsrs até editei e postei o link para quem quiser ver o debate na íntegra, podendo ver o que tem a dizer ambos os lados: eu defendendo a teologia inclusiva e o João, como sempre, defendendo o lado ortodoxo. rsrs http://omundodaanja.blogspot.com.br/2012/08/deus-e-homossexualidade.html

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  2. Uma história que achei muito interessante:

    Primeiro Rabino Ortodoxo do mundo a revelar a sua homossexualidade, em 1999, o norte americano Steve Greenberg lutou durante anos contra o conservadorismo exacerbado dos judeus ortodoxos, que são radicalmente contra a homossexualidade e repudiam a existência de rabinos gays. Após uma busca incessante por respostas na Tora – Bíblia dos judeus – ele decidiu assumir a sua homossexualidade e fez disso uma vocação. Hoje Greenberg vive em Nova Iorque com um companheiro, ortodoxo também, e é respeitado na sinagoga que freqüenta. Também leciona no Center for Learning and Leadership para judeus e é autor do livro Wrestling With God and Men (Lutando com Deus e Homens). O Rabino ganhou notoriedade mundial ao mostrar a sua história no documentário Trembling Before God (Tremendo Perante Deus/2002), que aborda a fé e a homossexualidade na vida de homens e mulheres.

    Em uma certa ocasião, quando estava em Israel, ele ficou tão desesperado por perceber que a sua atração por um certo colega estudante aumentava cada vez mais, que foi visitar um sábio, Rav Yosef Shalom Eliashuv, que vive em uma das mais isoladas comunidades ortodoxas de direita em Jerusalém.

    Eis o relato:

    "Falando em hebraico, eu disse a ele o que, na época, era a minha verdade: “mestre, eu sinto atração tanto por homens quanto por mulheres. O que devo fazer?”. Ele respondeu, “Meu caro, você tem duas vezes o poder do amor. Use-o com cuidado.” Eu fiquei perplexo, e como ele ficou em silêncio, perguntei: “E o que mais?”. Ele sorriu e respondeu: “Isso é tudo. Não há mais nada a dizer.”

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  3. Anja minha, como ninguém vc soube pontuar as questões e ainda ressaltar o principal:

    Em que difere a Teologia inclusiva a não ser pelo fato de querer incluir os LGBTTTS "eleitos" e continuar a excluir os "preteridos"???

    Deus não é pai nem mãe como gosta de dizer alguns que deus é pai e mãe. Deus não passa de um carrasco para com uns e um benevolente para com outros e neste caso, eu repudio este deus, assim como vc.

    Um deus que conspira contra a liberdade humana pode mesmo ser chamado de deus?

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  4. Nobre Amiga Anja,

    Ao meu ver a maior dificuldade hoje encontrada pelos "homossexuais" e a "homossexualidade" esta relacionada aos preconceitos. E é interessante perceber que a grande maioria destes atos preconceituosos fazem uso do termo "moral" para serem defendidos. Eu li um artigo que fala sobre "As Múltiplas Faces da Homossexualidade na Obra Freudiana" que considerei muito pertinente em relação ao cerne deste tema. E uma das coisas que me chamou a atenção, foi uma frase dita pelo médico húngaro Karl Maria Kertbeny, um dos primeiros defensores da ideia de que as leis anti-sodomitas fossem revogadas. Ele diz:

    "Os homens e mulheres heterossexuais praticam o coito dito natural [procriador], assim como, o coito contra natureza [não procriador]. Eles são igualmente capazes a entregar-se aos excessos com pessoas do mesmo sexo. Além disso, as pessoas que possuem uma sexualidade normal não são menos suscetíveis de se masturbarem, caso as ocasiões para satisfazer suas pulsões sexuais sejam muito raras. Elas, também, são predispostas ao incesto e a bestialidade (...); e até mesmo, a se renderem a atos depravados com cadáveres, caso seus princípios morais não se sobreponham aos seus desejos sexuais." (Kertbeny, K. M., apud Katz, 2001, p.57-58)

    Logo, toda ideia aparentemente respaldada por questões morais perde todo seu sentido, sendo que moralidade não é algo próprio e único ao ser humano heterossexual, podendo este muitas vezes ser mais imoral que o homossexual. Tentar defender uma exclusão com princípios religiosos é um crime não só contra o ser humano, mas também contra a divindade que por sua vez é a personificação de amor a humanidade em um sentido mais completo, sejam estes heteros ou homos. Sendo assim, percebemos que os heterossexuais e as pessoas supostamente sexualmente normais não são modelos de virtude, e muito menos parâmetro para que exista e seja defendida uma exclusão ou diferenciação por meios morais.

    Pessoalmente e particularmente, eu poderia citar motivos pelos quais não aprovo a prática homossexual, mas seriam motivos individuais, e que jamais me darão o direito de julga-los imorais, ou de exclui-los pelo que são ou escolheram (digo isso porque não creio na questão da homossexualidade adquirida somente no nascimento, tendo por base o conhecimento de casos e mais casos que levam a perceber as duas ideias plausíveis, a do nascimento e a da escolha).

    Eu geralmente fujo destas questões, e das discussões em torno da homossexualidade, exatamente pelo fato de perceber que a grande maioria não sabe lidar com seus preconceitos e pós-conceitos, e principalmente os cristãos tendem a fazer uso da bíblia para explicar o que de fato ela em momento algum explica. Falamos de um tema, que pouco a bíblia irá esclarecer, e ao meu ver, ela mais prejudica (não como bíblia, mas da forma que é utilizada) do que contribui na compreensão do assunto em xeque.

    Assim como o Gilberto, meu conhecimento é muito pequeno, mas de uma coisa eu tenho certeza, falar e discutir sobre homossexualidade partindo de premissas religiosas e morais é um atentado contra o ser humano, pois as caricaturas formadas são de fato muito preconceituosas, há uma necessidade de respaldar as ideias por meio da ciência, pois há neste caso um leque infindável de sintomas psicológicos que a religião não tem capacidade de revelar ou trazer ao conhecimento.



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    1. Matheus, gostei muito de seu comentário (mas sou suspeita para falar né? rsrs), mas, eu gostaria muito de fazer-lhe uma pergunta: como voce vê a teologia inclusiva? (vou abusar e fazer mais perguntas:

      Se não podemos usar a bíblia (que é regra de conduta e fé para o cristão)para dar ao homossexual o respaldo necessário para que o mesmo possa congregar, o que então vc poderia sugerir? Como fazer se a fé do "crente" está unicamente na bíblia e não no cristo que tanto se prega?

      Entende?

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  5. Anja, Arcanja, e demais atributos que lhe tornam suspeita rsrsrsrs

    Ao falar sobre a bíblia não ser base de respaldo na forma como é conduzida e usada em relação a homossexualidade não me refiro a questão de "congregar", e sim de trazer informações sobre "causa", "existência" e "razão", informações relacionadas ao fato homossexualidade em essência e como objeto de investigação, de forma alguma me refiro as suas consequências no meio inserido, seja social, politico ou religioso. Na questão de congregar, principalmente fazendo alusão a espiritualidade e religiosidade, talvez a bíblia seja a principal defesa, sendo Deus a personificação do "amor a humanidade sem acepção".

    A teologia inclusiva cai para mim na mesma situação que qualquer outra. Repleta de falhas e de conceitos ajeitados e conduzidos a afirmação do que ela propõe no adjetivo que a segue, "inclusão, incluir", "prosperidade, prosperar", e assim segue o baile, conforme o ritmo da dança sacerdotal, os seguidores vão dando seus passos, pouco importando se o bom agora é mal, ou se o mal agora é bom, em nada fazendo diferença se os doidos dualismos morais perderam seu sentido e se tornaram invertidos no curso teologico adotado.

    Como disse Nietzsche no Anticristo,

    "Onde quer que a influência dos teólogos seja sentida, há uma transmutação de valores, os conceitos de “verdadeiro” e “falso” são forçados a inverter suas posições: tudo que é mais prejudicial à vida é nomeado “verdadeiro”, tudo que a exalta, a intensifica, a afirma, a justifica e a torna triunfante é nomeado “falso”... Quando teólogos, através da “consciência” dos príncipes (ou dos povos ), estendem suas mãos ao poder, não há qualquer dúvida quanto a este aspecto fundamental: que o anseio pelo fim, a vontade niilista, aspira ao poder..."

    Agora, pedir para eu opinar sobre "teologia" em si, é uma completa sacanagem né Anja kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk


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    1. Matheus, irei guardar este teu comentário para responder só no fim dos debates........... bem no finzinho mesmo! rsrs

      Agora só não entendi sua afirmação sobre pedir pra que vc opine sobre teologia é sacanagem uai! rsrsrs

      Bjux Matheus!

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  7. Excelente texto Anja. Tive a mesma impressão do Giba, escreveu com maestria e expôs seus argumentos de maneira muito bem articulada.

    Mas cabe apenas uma pequena observação. Qualquer texto sobre a homossexualidade, seja pró ou contra, onde o escritor presume encontrar na Bíblia o respaldo para sua tese, não se dá através de uma exegese, mas sim de uma eisegese. Isso mais em função do tema não ser desenvolvido por nenhum escritor bíblico. Mas há apenas parcas citações da prática. Meu ponto de vista ta?

    Mas Anja,

    Esta morosidade da ciência em apresentar um estudo conclusivo em relação à homossexualidade, é que dá o direito aos críticos em condená-la a partir de pressupostos religiosos e morais vigentes em nossa cultura.

    Freud, quando postulou que o que somos e pensamos hoje, foi estabelecido nos nossos primeiros anos de vida, o que ele chamou de fases psicossexuais, e que o homossexualismo seria uma falha não resolvida do conflito edipiano, fornece material em abundância para os Malafaias tecerem seus argumentos azedos contra a homossexualidade. Primeiro porque, parte da culpa recai sobre o meio que o programou para ser o que é. Segundo por que a pessoa que opta por este estilo de vida é uma simples vítima dos resultados das suas fases psicossexuais. Ou seja, a homossexualidade é algo que foi programada no inconsciente da pessoa nos seus anos iniciais. Logo, deve haver algum processo para deletá-la. Sei lá. Posso estar viajando na maionese da teoria freudiana. Mas que muitos a usam como recurso não tenha dúvidas.

    Se partirmos para o lado do determinismo genético, ou seja, “algumas pessoas são assim porque nasceram assim”, a comunidade homossexual encontra pouquíssimos estudos científicos que possam corroborar com suas premissas. Segundo informações, (posso estar atrasado em relação a elas) a teoria mais contundente á do ativista dos direitos dos gays e neurocientista Simon LeVay, que detectou uma ligação íntima entre o tamanho de uma determinada área do cérebro e a orientação sexual.

    Contudo esta pesquisa sobre o cérebro tem sido questionada pela comunidade científica. Inclusive um relatório recente no boletim da Escola de Medicina de Harvard afirma o seguinte: “Se bem que a teoria de que a orientação sexual é inata tenha se tornado crescentemente popular, estudos genéticos e hormonais e observações da estrutura cerebral indicam que as evidências que apóiam essa teoria são muito fracas. (...)

    Agora, se colocarmos a homossexualidade como sendo uma opção, em certo ponto de vista, tardia, e, tendo como referência nossa cultura que é bastante retrógrada e conservadora nesta área, o máximo que o movimento homossexual pode conquistar, é o respeito e a simpatia da sociedade. Mas dificilmente o apoio objetivo no sentido de “vestir a camisa” multicor que identifica o movimento.

    Muitos terão suas “goelas” violentadas. Aceitarão o convívio fraterno como manda a política da boa vizinhança. Mas dificilmente deixaram de ver uma certa disfunção na prática.


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    1. Mas Doni querido, foi exatamente o que eu disse no 1° parágrafo: [...] não é apenas heresia baseada na eisegese feita pelos teólogos e líderes das igrejas inclusivas [...]

      Eu concordo que possa existir outras "causas" que possam despertar e induzir a homossexualidade no indivíduo, mas, para a comunidade homo, estas pessoas não são gays e sim, tem algum distúrbio (ou sofreu) que possa ter desencadeado e culminado na homossexualidade.

      Hoje vemos crianças de 5 a 9 anos que tentam mutilar-se (decepar o pênis ou mutilar os seios qnd meninas adolescentes) por não conseguir aceita-se seu corpo como é, ou seja, tem a mente contrária a seu corpo. Estes são os transsexuais (transtorno de identidade de gênero).

      Agora pense comigo e responda a si mesmo: voce escolheria por livre vontade sofre preconceitos? Ser vítima de perseguição? Não ter onde trabalhar ou não ser aceito em empregos sem uma justa causa? Vindo de um "lar evangélico" e querendo fazer parte da comunidade da qual seus pais e avós e, por cota de sua orientação ser impedido?

      Quantos negros gostariam de ter nascidos brancos em tempos onde eram tidos como uma sub-raça?

      Não sei se já repliquei aqui em outra oportunidade, mas vale a pena replica-lo novamente um comentário de um amigo meu que recebi em meu blog:

      Querida Anja, Não sabe o quão aliviado estou lendo suas palavras. Por não ter certeza de minha sexualidade e sim, muitas dúvidas, me ajoelhei durante anos orando ao Senhor que me fizesse como eles (héteros), pois não queria arder no inferno por uma vontade que não posso controlar... Sou nascido e criado em berço evangélico e mesmo com o prazer de ler seu texto, sinto dizer que os "homens" ainda me assustam quando dizem o contrário. Sei que meus pais não aceitariam, por isso não assumi... tenho medo de ser tratado diferente por quem tanto amo. É uma vida triste, mas ainda posso sorrir quando leio textos como o seu.

      Muito obrigado.


      O que dizer disto? Quem escolheria ser tratado como diferente???

      Doni, homossexuais não querem violentar "goelas", mas apenas buscam serem respeitados. Não é preciso "aceitar", mas, ser respeitado é direito de todo ser humano e respeitar é o dever de todo ser humano.

      É claro que muitos gays exageram em suas manifestações, mostrando-se até de forma agressiva, mas, é bem como diz o ditado: toda ação produz uma reação (e em cadeia pq tais reações, servem de alimento aos preconceituosos).

      Bjux Doni.......

      Ainda devo voltar a falar deste seu comentário, mas agora vou preparar o rango da turma aqui viu? rsrsrsrs

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  8. Anja, gostei demais do seu texto. Muito bom de ler e bem claro pra os leigos rsrs... vou ler os comentários extensos de nossos amigos e depois volto.
    Beijão. Fica com Deus.

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  9. Quando você coloca o Deus bíblico frente à homossexualidade, Anja, indiretamente cria obstáculos para uma abordagem isenta sobre o tema.

    Primeira e grande dificuldade: é que a consciência de Deus é a consciência que o homem tem de si mesmo. Como o homem pensa, como ele intenciona assim é o seu Deus. Se o homem é preconceituoso, o seu Deus tem a mesma qualidade, ou os mesmos predicados. A religião projeta em Deus tanto os anseios sublimes como os malévolos do homem.

    Então, quando se fala em Deus no V.T. está a se falar da psique do povo judeu numa época em que os conceitos com relação ao sexo eram diferentes do que se pensa hoje.

    Quando você faz a pergunta levando em conta o que está escrito na Torá: Mas será mesmo que Deus condena a homossexualidade?, está, a bem da verdade, a questionar para si mesma: “Será que o hebreu em sua imaginação vê um Deus condenando a homossexualidade?”.

    Doni tocou no âmago da questão, na parte inicial do seu comentário: “Freud, quando postulou que o que somos e pensamos hoje, foi estabelecido nos nossos primeiros anos de vida...”

    Se você for olhar para o povo hebreu na época de Moisés, vai ver uma sociedade que designa um lugar específico e elevado para ela, isto é, o de um povo em busca de uma pureza e santidade imaginária, tendo para isso, que fazer a cisão entre o sagrado e o profano que existe dentro de si mesmo. Sendo que o profano, para ele é sempre o outro que age de forma diferente.

    Os pré-conceitos em relação ao sexo foram na psique do judeu primitivo transportadas para fora de si, e projetadas na figura de um Pai também preconceituoso – Javé.

    Traduzindo o que você diz: “um deus assim, pra mim não serve, pois não desejo comungar com um deus que conspire contra a liberdade do ser humano.” , em linguagem de hoje, que eu nem diria ser psicanalítica, ficaria mais ou menos assim:

    aceitar o que na psique do judeu é percebido como deus não serve para mim

    Já dizia Freud: “ser judeu não é seguir o desejo de uma entidade sobrenatural, é seguir um desejo primário do seu inconsciente” . A forma como se estruturou o complexo de Édipo no povo judeu é que vai determinar o relacionamento entre os filhos e seus pais. Quando ele diz que aceita os preceitos de Deus, está psicologicamente se identificando com os modelos de seus pais naturais. Aquilo que o pai recusa, na psique do filho é percebido como um pecado contra Javé (o Pai simbólico).

    Para mim, é um exercício por demais embaraçoso encontrar pontos em defesa da homossexualidade dentro de uma Torah rígida, erigida pelo homem hebreu do mesmo modo rígido em seus conceitos, que projetava tudo, exceto o que repudiava, na imagem de um Deus, fora de si. Como dizia Feuerbach: “O homem projeta espontaneamente através da imaginação a sua essência interior; ele a mostra fora de si, e dá o nome de Deus”

    Se o título de seu ensaio, por sinal, muito embasado, fosse “O Inconsciente Judaico e a Homossexualidade” ,a meu ver, daria pano para as mangas na exploração daquilo que na psique do seguidores de um Moisés Javeliano era percebido como uma transgressão. (rsrs)

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  10. Anja, vou começar pelo mais simples.

    Disse Paulo: "Pela Graça sois salvos, por meio da fé e isso não vem de vós, é dom(um presente) de Deus".

    O Deus de Jesus não é o Deus de Moisés. O comentário do Levi está perfeito.

    A Graça é um presente. É como se Deus dissesse "eu reconheço que vocês são imperfeitos, ambíguos, maus, propensos ao erro, mas que também são solidários, amorosos, potencialmente dispostos a estender a mão ao próximo."

    No AT Deus exigia um determinado comportamento moral do povo como se o povo fosse capaz de praticá-lo. O Deus do NT desiste de tal método e se abre à Graça e ao amor.

    A Graça nada exige a não ser um coração disposto a amar. Disse João que "Deus é amor e que não há nele treva alguma" - O Deus de Jesus é incapaz de odiar, já que sua essência é amor.

    A Graça chama todos ao banquete, principalmente os excluídos pelo moralismo da sociedade.

    Não há salvação fora da GRaça(falo como "teólogo"), logo, não há salvação no COMPORTAMENTO MORAL seja ele qual for. Quando alguém se abre ao amor que recebeu de Deus, automaticamente senta-se à mesa do Banquete.

    O único critério de julgamento para Jesus é se você amou ou não.

    Mas os cristãos ainda não entenderam isso.

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  11. Depois de ler o comentário do Levi, saciei minha sede de deus! (rsrs) Muito "bão dimais da conta meismo sô!"

    Edu, vc não pensa que esta fala do Levi deveria estar entre os comentários da hora?

    "A consciência de Deus é a consciência que o homem tem de si mesmo. Como o homem pensa, como ele intenciona assim é o seu Deus. Se o homem é preconceituoso, o seu Deus tem a mesma qualidade, ou os mesmos predicados. A religião projeta em Deus tanto os anseios sublimes como os malévolos do homem."
    (Levi Bronzeado)

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    1. Nobre amigo Anderson,

      Este comentário tem como base princípios freudianos... E esta mais direcionado a necessidade do homem de criar seres para identificar seu comportamento e justifica-los de alguma forma fugindo de suas responsabilidades por seus atos, do que com a existência de uma Força Motora Inicial como disse Aquino, ou ainda a Causa Inicial por meio da qual tudo foi criado e subsiste tanto no pensamento como na realidade como afirmou Spinoza. É um pensamento interessante e verdadeiro partindo de princípios religiosos e morais, mas esta ligado a psique e ao deus cultural projetado pela religião e pela mente sendo individual e multifacetado, nada tem haver com o Ser em Essência e que transcende a mente humana.

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    2. Uai nobre confrade Matheus, e quem foi que disse (ou que eu pensei) ser o contrário?

      "É a necessidade do homem de criar seres para identificar seu comportamento e justifica-los de alguma forma fugindo de suas responsabilidades por seus atos"

      Nada mais que isto! rsrs se alguém tirou algo que tenha a ver com o "ser em essência e que transcende a mente humana", como vc bem pontuou, este alguém não fui eu! rsrs

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  12. Nobre Amigo Anderson,

    A questão não é quem pontuou ou deixou de pontuar, como se tratasse de um simples duelo retórico onde alguém precisa sair vencedor.

    Quando leio ou escrevo algo onde defino características de deus independente de fontes ou respaldo, o texto sempre fará alusão a algo que representa uma divindade em boa parte do planeta, nas mais variadas religiões. O que faço então? Não busco refutar a ideia, mas sim perceber o que ela reproduz e pode reproduzir de acordo com os objetos que podem ser investigados e que estão relacionados com ela.

    A frase do Levi, solta, fora do contexto em que ele a empregou, abre precedentes para pensamentos e ideias que miniminizam ou até extirpem a existência deste Ser Transcendente.

    Entenda, não sugeri ou mencionei que tenha contrariado algo ou defendido, apenas expressei meu entendimento próprio em relação ao que foi pontuado e fora do contexto pode ser exatamente a negação de um Ser Criador. O que de fato, não acredito que seja.

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    2. Nobilíssimo amigo Matheus, talvez eu tenha entendido mal sua fala quando tentou mostrar-me o real significado da fala do mestre Levi.

      Mas, sinceramente, eu não consigo ver por onde possa haver esta leitura "equivocada" que voce sugere, a não ser nos olhos dos que a desejam faze-la.

      Mas então como definir ou melhor, como define-se (se é que isto é possível) este ser criador?

      O que é ou quem é o Ser criador? Deus? O big-bang? Ou o big-bang foi o "haja luz" de deus (ou de uma força cósmica como que sendo um ser criador) e a partir daí, caminhamos por nossa conta e risco, criando nossos deuses e demônios?

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    3. Pois é Gil, penso que não mudou tanto, mas, podemos voltar a tônica do texto uai! rsrsrs

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  13. EDU meu caro

    apenas para organização estarei viajando esta semana e pelo critério eu deveria ser o próximo só estou avisando para que o Edson Noreda deixe o texto dele engatilhado. Descurpa ai pastor por mais esta pisada na bola.

    continuemos no debate que está muito bom mesmo.

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  14. Veja Andersom,

    "Há muito tempo atrás, ele (o homem) formou uma concepção ideal de onipotência e onisciência que corporificou em seus deuses. A estes, atribuía tudo que parecia inatingível aos seus desejos ou lhe era proibido. Pode-se dizer, portanto, que esses deuses constituíam ideais culturais" Freud (1929)

    Eu não consigo perceber em Freud, ou pelo menos no que já li dele (não muito, por isso os que tiverem maior conhecimento que me apontem), uma tese que rejeite a existência de um Ser Criador em relação a criação dos cosmos... Todas as suas argumentações em relação a religião, deus ou deuses, sempre foi norteada pela capacidade mental de criação do homem em meio a seus traumas e medos, e a necessidade do homem de encontrar conforto para aquilo que para ele era estranho. Ele sempre argumentou que o indivíduo tinha um sentimento de necessidade muito forte em relação a proteção,por isso cria na sua mente e imagina um pai protetor que lhe traria um apaziguamento do temor, buscando indicar as soluções para dominar o desconhecido.A esse sentimento que estaria ligado à gênese do ideal de Eu, Freud denominou de “sentimento oceânico”, isto é, a relação do ser humano com um ser infinito, absoluto e abstrato criado na verdade por ele mesmo.

    Mas como afirmei anteriormente, "É a necessidade do homem de criar seres para identificar seu comportamento e justifica-los de alguma forma fugindo de suas responsabilidades por seus atos", e não faz alusão a questões da existência de uma força que cria, rege e mantém o cosmos.

    O único deus que pode ser rejeitado e rotulado como criação humana é o deus cultural, e desta forma o ateísmo só pode ser cultural, até porque se tratando do que por herança recebi como deus, talvez seja o maior ateísta do grupo. Agora o mesmo não posso dizer em relação a construção e a criação do cosmos, acredito em uma Força Inteligente por trás de tudo isso.

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  15. Perfeito mago Levi!

    Gostei tanto de sua sugestão que repliquei em meu blog com o título que vc me sugeriu e já está rendendo certo bafafá no facebook rsrs.

    Bom, estou feliz em ver que meu ensaio não gerou refutações, visto que já começa a haver uma mudança de foco no tema proposto para o debate né mesmo crianças? rsrsrs (em referencia ao comentários últimos postados posteriores ao do Edu) hahahaha

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    1. Mas penso eu, que meu ensaio (editado) não deixa mesmo amrgem para refutações, concordam???

      Então queridos............

      Continuemos ue já estou gostando deste papo entre o Matheus e o And e penso que o mago Levi trará grande contribuição............

      Bom, volto mais tarde queridos...........

      Bjux

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  16. Nobre Amiga Anja,

    Realmente a conversa mudou um pouco de direção rsrsrsrs mas eu assumo a culpa, eu acabei direcionando ela a outro assunto e arrastando o amigo Anderson, mas é a velha força do hábito, me desculpe amiga.

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    1. Que nada mano! Ta é bom demais este nosso papo aqui, mas é uma pena mesmo eu não poder acrescentar muito, voce arrebenta em seus comentários e já vou concordando com a Anja qnd me disse que vc é fera! rsrsrs

      E aqui na confraria por acaso existe este trem de se "manter o foco" Anja? rsrs

      Vc sabe muito bem que foi perfeita em suas colocações e o melhor mesmo é partimos para as variantes que penso eu, estar sim no contexto do tema proposto uma vez que vc diz: “um deus assim, pra mim não serve, pois não desejo comungar com um deus que conspire contra a liberdade do ser humano.”

      Então? rsrs

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  17. Concordo Matheus e em se tratando de deus cultural e ateísmo, é bem como diz um ex-professor meu e a Anja soube reverberar com maestria:

    "O ateísmo é o efeito retardado da fé cristã"

    Abração mano.

    Anderson

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    1. Mano para de frescura só tava brincando rsrsrs

      Esta última conversa sua com o Matheus é pra registrar mesmo!!!! muito boa.

      EDU muito bom então você disse:

      A Graça nada exige a não ser um coração disposto a amar. Disse João que "Deus é amor e que não há nele treva alguma" - O Deus de Jesus é incapaz de odiar, já que sua essência é amor.

      Então eu posso afirmar (teologicamente) que o Deus com o qual eu quero me relacionar é a imagem do Deus de Jesus?

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    2. rsrsrs e quem disse que eu não sei que vc tava só de zueira?

      Mas Gil (e Edu), se Jesus é (o único) deus e se em deus não há sombra de variação (deus não muda) como posso dizer que o deus dee Moisés (o deus do VT) não é o mesmo de Jesus se Jesus diz que ele é este deus?

      "Antes de Abraão existir, eu sou" (ou seria era???)

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    3. Mano

      Em Jesus faz-se necessário rever o Deus do VT.

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  20. É........... O And pontuou muito bem! Jesus é o mesmo deus de Moisés sim (ou seria o deus de Moisés é o mesmo de Jesus? Mas Jesus é deus ou não? agora fiquei na dúvida com a fala do Edu e do Gil)

    E se Deus não muda, como em Jesus se faz necessário rever o deus do VT se ambos são apenas um?

    Ou então teremos que rever o que "está escrito" e o que está escrito é que deus não muda!

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  21. GIL E AND:

    Gil me pergunta: Então eu posso afirmar (teologicamente) que o Deus com o qual eu quero me relacionar é a imagem do Deus de Jesus?

    Bem, se você aceitar que o Deus de Jesus também é uma IMAGEM, sim.

    AND, sua questão é bem pertinente.

    Mas Gil (e Edu), se Jesus é (o único) deus e se em deus não há sombra de variação (deus não muda) como posso dizer que o deus dee Moisés (o deus do VT) não é o mesmo de Jesus se Jesus diz que ele é este deus?

    Eu não vejo em nenhum lugar dos sinópticos Jesus se declarar Deus. Pelo contrário, ele está sempre se referindo a Deus como "seu Aba". Na cruz, foi esse Pai que o abandonou. Ora, se Jesus era o Aba, como ele poderia abandonar a si próprio?

    A frase que os apologistas cristãos usam para provar que Jesus era Deus só João registrou. "Antes de Abraão existir, eu sou" - logo, devemos compreender que essa frase não se refere a Jesus(e nem ao Jesus dos sinópticos) e sim, à cristologia joanina.

    Até mesmo na cristologia de Paulo, Jesus nunca é identificado como sendo o próprio Deus. Na sua afirmação teológica mais "elevada" ele afirma que Jesus "subsistia" em forma de Deus - o que é diferente de ser o próprio Deus.

    Então, nobre sargento, Jesus ser Deus é uma doutrina que foi formulada não pelo próprio Jesus, mas pela cristologia posterior a ele. (principalmente depois dos concílios da igreja).

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  22. Mas sim, e os homossexuais rituais do AT, hein?? rsss

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  23. Anja, o deus do AT mudou de opinião várias vezes...logo, não leve essa máxima evangélica de que "Deus não muda" nesse sentido tão a sério...rsss

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    1. rsrsrs ta certo! Não pode mesmo se levar a sério! rsrsrs

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  24. Matheus, devo dizer que a sua presença aqui enriquece sobremaneira as nossas discussões.

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  25. Como os comentário estão tão interessantes, abri um "pensamento da hora 2". Acho que vou ter que abrir o 3, o 4, o 5...

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  26. Edu, a prática vem dos cananeus onde o sacerdote recebia favores sexuais em troca de conceder bençãos (fartura, uma boa colheita etc) e a palavra qadesh faz alusão exatamente e este tipo de sacerdote. Também havia o culto ao sagrado feminino, onde exaltava-se o sangue menstrual, e até já ouvi falar sobre a sacerdotisa permanecer no templo deitada com as pernas abertas esperando os homens ue vinham e a possuíam. Mas, preciso estudar mais sobre o assunto.

    O fato é que, em nenhuma lugar da bíblia, se lê uma citação sequer sobre homossexualidade que não seja entre os sacerdotes, mas isto também pode-se ser por se tratar de um assunto que talvez até hoje seja evitado a discussão né mesmo?

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  27. Anja, é verdade; as leis israelitas tinham como principal motivo manter o povo javista separado das práticas cananéias(que cá prá nós, eram bem bizarras). Talvez Paulo também estivesse falando disso em suas críticas aos "efeminados" mas aí já não tenho tanta certeza. Mas não vejo Jesus virando às costas para um homossexual por ele ser homossexual. Ora, ele cometeu muitos sacrilégios rituais como tocar em cadáver. O Nazareno era da pá virada.

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  28. Nobre Amigo Eduardo,

    Estou aprendendo muito com vocês todos, por isso sou grato pelo convite e pelo elogio prestado a minha participação. Talvez eu seja (tendo quase certeza) o mais novo da turma em idade, de fato, tenho pouca experiência, por isso peço que tenham um pouco de paciência comigo rsrsrsrs

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  29. Roz, li seu texto e amei vê-la tão sóbria, tão coerente dentro daquilo que você faz a sua apologia. Muito bem elaborado. Estou amando o nível dos comentários, respeitosos, inteligentes.

    Estou com o meu maridão internado com malária, mas arranjei um tempinho de lê quase tudo. Pedi a alguns amigos para entrarem no blog, não sei se o farão, inclusive um ex travesti que hoje é casado pai de um casal e é pastor. Espero que as ideias antagônicas não venham desequilibrar o nível carinhoso do debate.

    Um beijo pra tu.

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  30. O tempo de cantar anda um pouco distante de nós Guiomar! rsrsrs. Minha esposa também está internada. Mas nada grave felizmente.

    Inclusive Anja, o motivo de ter parado de conversar com você via Face abruptamente ontem, foi exatamente em função de ter que correr com ela para o Hospital. Beleza?

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  31. Tudo bem Doni! E Gui, obrigada por sua ressonância e queridos, estimo melhoras aos vossos cônjuges.

    Bjux

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  32. Nobres Amigos Confrades,

    Estarei com Face desabilitado até o final deste ano, ou mais rsrsrsrs Mas permanecerei aqui no Blog, e no twitter "matheusbc_pf" quem quiser siga-me e seguirei-te... Por isso não estranhem se me marcarem em publicações e não tiverem retorno mo Grupo.

    Abraços :)

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  33. Bom, percebo que é chegada a hora de nova postagem e desculpem-me, mas preciso ainda dizer algo sobre meu texto:

    Sinto certa decepção ao não ter sido refutada em momento algum, principalmente pelos que defendem o "direito" que a igreja tem em ir contra a homossexualidade (chegando até a pregar isto em praças públicas)com base na bíblia. (não quero aqui citar nomes a menos que seja necessário, mas a verdade é que muitos aqui já entraram em conflito comigo por eu ir contra os evangélicos que encontram na bíblia, base para condenar a homossexualidade e excluir do seio da igreja e excomungar da comunhão com deus os homossexuais). Sinceramente, eu esperava encontrar certa resistência (claro que embasada) ao meu ensaio, mas, contudo, gostei dos comentários e da receptividade ao texto, o que me faz pensar que, as pessoas deste grupo irão a partir da data da publicação do texto, defenderem ter no seio das igrejas onde congregam, homossexuais não apenas ocupando os bancos, mas quiça lecionando e até como ministros da palavra.

    Bjux a todos..........

    Anja.

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    2. Veja bem que, não estou de forma alguma que meu ensaio é a palavra final. Mas, na verdade, gostaria muito de ter ouvido algo dos que afirmam que a homossexualidade é um pecado e que nas igrejas os tais não podem congregar sem que primeiro, tenham abandonado "tais práticas abomináveis".

      Mas, como disse e volto a dizer, gostei do debate e da aceitação ao texto. Bjux lindux............ rsrs

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  34. Edu, sobre teu último comentário:

    E põe bizarrice nisto viu? rsrsrs

    Mas de fato, não vemos JC excluir a ninguém!

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    1. Mas, JC não foi apenas um modelo de homem perfeito criado pelo próprio homem?

      Mas a verdade é que, uma fé cristã baseada em exclusões, é manca, aleijada e ineficaz.

      E como na bíblia encontramos madeira para todo tipo de construção, eu que aprendi muito com ela, hoje, aprendo muito mais me mantendo afastada dela.

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