Por Levi B. Santos
De uns tempos para cá tenho sempre
recorrido à Psicanálise para tentar compreender as raízes dos afetos de que
somos portadores. Não há como negar que a figura do pai ou tutor e da mãe foram
as primeiras e grandes fontes formadoras do mundo dos nossos sentimentos e,
consequentemente, da nossa maneira de ser.
Não há como deixar de admitir a
estreita conexão existente entre as figuras paterna/materna e os princípios
morais de uma cultura.
A voz da consciência que nos manda cumprir
o nosso dever é uma ressonância da autoridade paterna. Mas, não podemos deixar
de perceber que a voz da consciência que nos manda perdoar e amar, é uma
ressonância do instinto materno.
Erich Fromm, contemporâneo de Freud,
soube como ninguém, transmitir de forma calorosamente humana e inteligível as
suas profundas análises a respeito do Homem em face dos seus afetos paradoxais;
diz tudo numa linguagem bem popular, senão vejamos:
“O
pai que temos dentro de nós, nos diz: ‘Deves
fazer isto’, e não deves fazer
aquilo’. Se erramos nos repreende, e se acertamos nos elogia. Mas enquanto
o pai que temos em nós nos fala
dessa maneira, a mãe que temos em
nós nos fala uma linguagem diferente. É como se ela estivesse dizendo: ‘teu pai está muito certo ao te repreender,
mas não o leves muito a sério; faças o que fizeres és o meu filho, eu te amo e
te perdôo; nada do que tenhas feito pode interferir no teu direito à vida e à
felicidade.” (Psicanálise da Sociedade Contemporânea – Erich
Fromm – página 58)
O homem na sua infância histórica
está arraigado a mãe, arraigado a Natureza, a “grande mãe Terra”. É surpreendente que o homem, por mais adulto
que seja, anela não romper os seus laços com a natureza. Deixou a órbita
protetora da mãe para o desamparo do existir. Porém, nesse adulto maduro não
desaparece por completo a nostalgia
de uma situação que ele experimentou primariamente e não se lembra mais. Na
fantasia ou nos sonhos, a morte é a volta ao seio materno, à Terra–Deusa-Mãe.
Daí dizer-se que a relação “Mãe- Filho”
é paradoxal e trágica: a fim de crescer a criança tem de tornar-se cada vez
mais independente dela. Ao se tornar adulto o amor à mãe é interditado pela
figura paterna, naquilo que se convencionou como TABU do INCESTO. A ameaça para
quem violasse esse interdito era a CASTRAÇÃO (vide Complexo de Édipo).
J. J. Bachofen (1815 ― 1887), antropólogo suíço e
maior teórico sobre o matriarcado pré-histórico, dissecou com clareza tanto o
aspecto negativo como o positivo da fixação humana à figura da mãe. O aspecto positivo da Mãe para ele é no sentido de afirmação da vida,
liberdade, igualdade que impregna a estrutura matriarcal. Em outras palavras, a
mãe ama seus filhos não porque um seja melhor do que o outro, mas porque são
seus filhos e, nessa qualidade, todos são iguais e têm o mesmo direito ao amor
e ao carinho. O aspecto negativo,
segundo Bachofen, é este, bastante cruel: “Por está atado a Natureza, ao sangue e ao solo, o homem é impedido de
desenvolver a sua individualidade e a sua razão”.
O afeto materno, ou a estrutura
matriarcal introjetada no inconsciente está presente em muitas narrativas
religiosas: A Vênus de Willendorf, a Deusa-Mãe de Monhego-Daro, Ísis, Istar,
Réia, Cibele, Hator, a Deusa Serpente de Nipur, a Deusa indiana Cali — esta,
criadora e destruidora da vida.
O homem quando julga seu semelhante,
o faz pela consciência paterna.
Quando o ama e o perdoa, o faz pela consciência
materna. Será que o homem está condenado a carregar, enquanto viver, essa cruz que simboliza a nossa ambivalência,
essas duas traves de sentidos
contrários?
O arquétipo feminino está muito vivo no catolicismo. Não custa
lembrar aqui, que o Vaticano foi construído sobre o Monte Vaticanus ― antigo
santuário consagrado à veneração da “Deusa-Mãe”.
Os gnósticos acreditam que o Espírito Santo é o Divino Feminino, e que
na Trindade “Pai-Filho-Espírito Santo”, o “E. Santo” deveria ser substituído
pela imagem da Mãe, para o dogma ser preciso e perfeito. Essa síntese era a que
Freud
reivindicava como solução para o velho antagonismo “masculino-feminino” da psique humana.
Erich Fromm, em a “Análise do Homem”, diz algo interessante para que se possa
entender o peso do princípio paterno
e materno no conceito “Deus” da tradição Judaico-cristã:
“O
Deus que manda o dilúvio porque todos são fracos, exceto Noé, representa a consciência paterna. O Deus que fala a Jonas com compaixão por aquela grande
cidade em que vivem mais de seis vintenas de milhares de pessoas que não sabem
distinguir a mão direita da esquerda, fala com a voz da Mãe que a tudo perdoa
sempre.”
Não foi à toa, que os evangelistas
para retratar um Jesus querendo de
modo profundamente sentimental apaziguar a todos, recorreram à imagem de uma galinha juntando seus pintinhos debaixo
das asas.
O Protestantismo, especificamente o
Calvinismo, ao invés de tentar equilibrar esses dois princípios, incentivou a
aversão do lado feminino, ao polarizar o espírito patriarcal em detrimento do
outro. Resultado: a religião
ocidental, em prol da imagem de um pai severo e cruel —, ressuscitou o
feudalismo psíquico que, ainda hoje, de forma aparentemente sutil, continua a
fazer muitas vítimas.
E por falar em princípio paterno e materno em religião, aqui ficam duas perguntas:
Por que a maioria das seitas protestantes
considera a Igreja Católica como a grande meretriz de que fala o Apocalipse de
João?
Será que essa aversão calviniana se
deve a aderência do Catolicismo ao pólo feminino, na medida em que coloca Maria
como símbolo daquela que acolhe e protege a criança (o fiel) em seu seio ― a
intercessora?
Não sei se essa síntese traria
equilíbrio a “gregos” e “troianos”: A de admitir que na figura mítica de Jesus,
estariam fundidos o “Deus-Pai”
e a “Deusa-Mãe”.
Muitos poderão perguntar: “Puxa o blog Logos e Mithos está feito o Samba de Uma Nota SÓ” ― só sai coisa relativa a feminino e masculino? (rsrs)
ResponderExcluirMas deixa eu explicar:
Estava com este texto engatilhado para postar esta semana no “Ensaios & Prosas”. Como era a minha vez de postar aqui, e não tendo preparado nada, resolvi transferír o “samba” para esta sala. “Mas não vamos deixar o samba morrer” ― como diz Alcione em um de seus emblemáticos sambas (rsrs)
Na verdade, este ensaio por mim postado tem muito a ver com o último trecho da postagem anterior, do Edu, onde ele faz essa contundente menção, que destaco abaixo:
“Na Capela Sistina, curiosamente, Michel’Angelo retratou Eva de modo extraordinário: ABRAÇADA COM DEUS. Pode haver dignidade maior do que esta, da mulher como símbolo da vida?
Levi, que texto maravilhoso, gostoso de ler!! Tão interessante pensar que temos mesmo esse lado paternal e maternal em nosso subconsciente. O engraçado que na minha formação, o meu pai sempre foi o mais amoroso, a voz do perdão, da tolerância sempre foi a do meu pai e talvez por isso eu não consiga conceber um Deus-pai tão cruel e capaz de punir com tamanha mão de ferro. Lembro que o que me separou da igreja evangélica definitivamente foi uma escola dominical em uma igreja Batista onde o pastor expunha com detalhes a grandeza da eleição, o que me apavorou e que me fez decidir que aquilo não dava mesmo para mim. Meu Deus, não é assim, eu pensei! (Levi explica rsrs...) meu pai humano seria muito melhor que isso! rsrs...
ResponderExcluirLevi, achei interessante a questão do monte vaticanus e muito ainda a ideia do espirito santo ter as vezes de mãe. Logo ele, tão misterioso, choroso, consolador, como deve ser uma mãe.
Bem, por hora é tudo! Estou acompanhando esse debate de início,o que não pude fazer com o texto do Edu pois minha conexão estava com problemas. Vcs realmente são de primeira linha!
Fica com Deus.
Mariani
ExcluirNão sabia dessa: que a escola dominical foi o motivo principal de sua debandada (rsrs) das hostes igrejeira(rsrs). Mas olhando bem, esses tipos de “escolas inspirituais” são verdadeiras fábricas de lavagem cerebral.
Sempre que pego uma lição Bíblica da Escola Dominical da CPAD, me deparo com os fatídicos ALERTAS (Patriarcais), tipo:
“Importante que o professor tenha o domínio da sua classe e tenha cuidado. Há professores que sob a alegação de promover interação entre os alunos, solta a classe nas discussões de grupo e acaba perdendo todo o tempo de ensinar a preciosa Palavra do Senhor.” (rsrs)
Levi, eu já vinha debandando, já estava fora da Congregacional mas achando que eu estava errada, que ia voltar, desejando imensamente isso e por essa razão estava em visita a essa igreja Batista pois uma tia minha que tb havia saído da Congregacional a estava frequentando essa e queria que eu fosse para lá. Igreja maravilhosa, pastor inteligente, informado, uma benção mesmo!! rs... mas calhou de eu ir logo para escola dominical no dia que o pastor estava falando justamente sobre eleição, sobre os reformados ... aí eu comecei a perguntar para entender e pronto!! Sai de lá falando para o meu marido, que eu não era evangélica, o pobre ficou e está até agora de cabelo em pé rs...mas minha tia agora acredita nisso como verdade e sinônimo da justiça divina. Bom para ela, eu acabei encontrando o herege do Eduardo Medeiros e acabei congregando por aqui mesmo rs...
ResponderExcluirLevi, eu ia justamente questionar o que comentou a Mari. Eu também tenho na figura do meu pai o lado (MAIS) perdoador e compreensivo do que na figura da minha mãe, embora ela fosse mais carismática que ele.
ResponderExcluirComo a psicanálise chegou a conclusão dessas figuras de interpretação relacionando o pai a austeridade e a mãe a complacência? Não seriam equivocadas essas leituras haja vista a ambiguidade humana e a formação de cada pessoa sujeita a fatores externos que interferem diretamente na personalidade de cada um?
Mari, então o Recanto dos Hereges virou a igreja dos desviados on-line?! rsrsrs
ResponderExcluirMuito bom congregar aqui, precisamos marcar a data da "SANTA CEIA", que será celebrada ao som de Zeca Pagodinho e regada com muita breja (refri para os abstêmicos) e churasco do bom! hehehe
Isso vem confirmar, Franklin, o que escrevi no desfecho do meu ensaio:
ResponderExcluir“...A de admitir que na figura mítica de Jesus, estariam fundidos o “Deus-Pai” e a “Deusa-Mãe”.”
Essa coisa, de um pai compassivo e perdoador nada mais é que o aflorar do lado feminino que, no homem, estava mais reprimido na sociedade antiga patriarcal.
Esse princípio dominador, enigmático e poderoso, corresponde ao princípio masculino que, na pós-modernidade tem aparecido muito na mulher. É o principio LILLITH sobrepujando o princípio EVA.
Os conflitos entre Lilith e o primeiro homem decorriam da atitude desta contra a submissão que lhe fora imposta pela comunidade. (rsrs)
Dizem até, que a sociedade contemporânea é a sociedade do Pai mutilado. (rsrs)
Mister Levi, Já começo dizendo que amei seu texto e sem mais delongas irei replica-lo em meu blog! rsrs
ResponderExcluirMe senti dentro do seu texto quando voce trouxe a referencia paterna e materna, embora, claro, exista exceções. Talvez seja por isto que pais como o EDUARDO, tenham dificuldades em aceitar ter filhos gays, enquanto as mães SIMPLESMENTE ACEITAM né Edu? (rsrs óia eu só no cutuke rsrs)
Mas falando sério e voltando a seu texto, meu caro, quanto a sua pergunta, não saberia responder, mas re-pergunto: se a igreja católica é a grande meretriz, o que serão as evangélicas, sendo que TODAS, INVARIAVELMENTE TODAS são suas filhinhas queridas? Seria a ICAR a representação da serpente, sendo representada pele figura mítica de Lilith e as evangélicas suas filhas as súccubus? Não sei, mas penso eu que sim, tamanha foi a aversão que tomei por igreja (instituição), seja ela qual for.
Eu vejo na figura de Jesus exatamente estes dois pólos o “Deus-Pai” e a “Deusa-Mãe”, embora, sendo JC um homem... exalava a perfeita essência da masculinidade ou melhor, da humanidade, mas deixa esta discussão pra outra hora, em outro texto, mas neste mesmo bat-blog(rsrs)
Bjux...
Anja
Pergunto: Eduardo e mister Levi, como voces fazem pra destacar textos em negritos nos comentários?
ResponderExcluirEsse é um segredo que só confrades de maçons de grau mínimo 33 possuem, minha cara alada, então, você precisa ralar muito....
Excluirkakakakakakakkakakakak akakaaaaaaakkk akakakkakak akkkkkkkkkkkkkkkk
e que besteira é essa de dizer que eu teria dificuldade de ter um filho gay? você ainda não penetrou no santo dos santos do meu complexo pensamento...
kakakakakakkakaakakaa
Frank, eu andei frequentando a igreja Conexão da Graça on line na época do pastor Franklin Rosa, tinha até uns vídeos de pregação rsrs...mas aí chegou o Pai Kilim de yeshua e tirou tudo, agora ando congregando por aqui mesmo, adoro o Bispo Edu! rsrs...
ResponderExcluirAnja, lá vem vc com Jesus exalando masculinidade! Pára com isso, fia! rsrs...
Bispo Edu?
ExcluirPerdoe-me, cara ovelha, mas meu grau ministerial é "apóstolo das luzes fulgurantes etéreas do fogo de Elias".
Best carioquinha, nos momentos de sobriedade ela ainda existe, se bem que prefiro os passes e benzimentos evangélicos do Pai Kilin! rsrsrs
ExcluirBispo e Apóstolo está aquém das prerrogativas desse indivíduo faccioso que atende pelo contraditório nome de Edu de Jesus, ficaria a altura dessa personalidade nababesca das ciências teológicas, o título de Vice-Deus! hehehe
kkkkkkk parar pra que uai rsrsr Mari tamu na área. Veja que já melhorei né? de masculinidade pra humanidade, mas mesmo assssssimmmmmm rsrsrs Bjux
ResponderExcluirSegundo uma das criadoras da teologia feminista Rosemary Ruether, Deus deve ser chamado de “Deus(a)”. Ela propôs entre muitos outros pontos polêmicos, a criação de uma comunidade alternativa às denominações e congregações dominadas por homens. Segundo ela, essas igrejas feministas seriam lugares seguros para feministas e por homens com consciência de igualdade com as mulheres, explorarem uma teologia e uma liturgia voltado inteiramente para as experiência das mulheres.
ResponderExcluirParticularmente, acredito que a nossa reflexão teológica, de tentar conhecer Deus, esbarra no fato de Deus ser essencialmente mistério insondável, infinito e que está acima de todo entendimento humano. Por isso, dentro da nossa total limitação e incapacidade de dissecar este mistério, o colocamos dentro da nossa linguagem humana. E para tanto, não nos preocupamos com aquela tensão permanente entre a adoração de imagens e a proibição de imagens existente nas escrituras, e como seres criativos que somos criamos uma imagem para ele.
A teologia feminista, com o impulso de teorias psicanalíticas, debruça nas escrituras à procura de símbolos femininos presentes nela. E nesta investigação encontram subsídios para designar Deus com metáforas femininas com o pronome “ela” como se ele fosse essencialmente um Deus-ela. Um Deus-feminino. Conclusão comum em todas as teologias de libertação. Por exemplo: Na teologia da libertação negra sugerem que Deus é negro, na libertação social que Deus é pobre, então, na teologia feminista, que associa o pecado ao preconceito sexual e patriarcalismo, Deus é feminino.
Mais fora a inadequação e o constrangimento de atribuir designações femininas à Deus existem outras implicações que fazem esta teoria nem sequer entrar muito em pautas nos debates teológicos. Pois se a teologia afirma que Deus se revela, e se Ele se revelou predominantemente com a imagem masculina, estão não pode se abrir a outras especulações.
Tomás de Aquino, que entre muitas coisas, tentou dissecar Deus, desenvolveu, com base em escolas de teologia orientais, a ideia de uma teologia apofática. Esta teologia nos aconselha a procurarmos saber o que Deus não é. Visto que não podemos conhecer o que Ele é.
Eu creio que tanto o homem como a mulher são perfeitamente capazes de representar Deus, já que ambos foram feitos à sua imagem e semelhança. Por isso a evidência de traços masculinos e femininos na divindade.
Outrossim,
ResponderExcluirJá li que tanto Jung como Tillich defendem a quaternidade como símbolo da divindade. Nesse caso ao invés de um monoteísmo judaico-cristão masculino, uma quarta pessoa, na figura de Maria seria incluída na representação de Deus, trazendo assim um equilíbrio à essa questão. Lógico que a questão é complexa por demais. Mas pelo menos assim o Espírito Santo não ganharia a designação de afeminado.
Abraços.
Levi, meu caro mestre do inconsciente,
ResponderExcluiresses seus recentes textos psicanalíticos estão se transformando num mini-curso sobre o tema.
Mas já vou logo protestando contra esse negócio de "pai mutilido" da nossa sociedade atual, pois na verdade, não é só o pai que foi mutilado, a mãe também foi...
Mas como você disse que na figura mítica de Jesus, ambos os lados foram equilibrados, então as atitudes de Jesus relatadas nos evangelhos sugerem um agir em equilíbrio? Chicote nos cambistas da porta do Templo e o desejo de ser um galinha protegendo os pintinhos sobre as asas? Discursos acimentados por autoridade e coração tomado de profunda compaixão com as "ovelhas desgarradas sem pastor" do seu povo?
Uma outra questão: um gay do sexo masculino seria um ser mutilado psicanaliticamente falando por não apresentar(em muitos casos) a atitude impositiva e austera de "homem"?
Outra questão: o papel e a própria natureza do que é ser masculino ou feminismo é uma construção?
Essa frase do Fromm é muito boa:
“O Deus que manda o dilúvio porque todos são fracos, exceto Noé, representa a consciência paterna. O Deus que fala a Jonas com compaixão por aquela grande cidade em que vivem mais de seis vintenas de milhares de pessoas que não sabem distinguir a mão direita da esquerda, fala com a voz da Mãe que a tudo perdoa sempre.”
Talvez por isso os antigos israelitas tenha dado o nome de SHADAY a Deus? Eu ia falar do Shaday na próxima postagem, mas como o assunto está pedindo, vou tecer alguns comentários a partir do significado arcaico do termo SHADAY, segundo o professor e padre Rômulo Cândido de Souza, profundo conhecedor das etimologias dos nomes hebraicos:
Desculpe aí Edu
ExcluirLogo que postei este texto, pensei: "Puxa, me adiantei ao texto do Edu, sobre SHADAY. (kkkkkkk)
Pelo andar da carruagem, parece que você vai instigar os comentários sobre um texto que iria ainda postar.
Mas, até que às vezes dá certo colocar o carro na frente dos bois (rsrs)
Não foi de propósito, Caro Apóstolo das Luzes (rsrs)
O nome Shadai para Deus aparece no livro de Jó. É o nome menos comum para a divindade hebraica, aparece apenas 48 vezes, contra as 6 mil de Javé e 2 mil de Elohín. Mas por que será que o autor de Jó, escritor de um alto poder de reflexão teológica e filosófica, escolheu exatamente esse nome?
ResponderExcluirOs dicionários geralmente traduzem Shaday por "Todo-Podero", "onipotente"; mas o nome não diz só isso, está incompleto. Shadai é um "DEUS-MÃE": carinhoso, amoroso, terno, providente, generoso.
A palavra Shadai vem de "shad" que quer dizer: mama, seio, úbere. Expressa a ideia de fartura, feminilidade, abundância, ternura, carinho, amor.
Quando Deus apareceu a Abraão e lhe prometeu "muitos filhos", o nome que aparece é Shadai, ou seja, o Deus dos seios maternos que têm leite em abundância para milhões de filhos.
O Shadai está de pleno acordo com o "Deus é amor" do evangelho de João. Certa vez o Papa João Paulo I falou que "Deus é pai e Deus é mãe" e criou um burburinho teológico: seria uma nova teologia papal? Não, essa "teologia" já estava lá nos antigos tempos do gênesis.
E é exatamente esse Deus que possue tetas para alimentar amorosamente seus filhos que Jó invoca. O personagem eu tipifica a própria tragédia humana, queria o consolo do Shadai.
DONI,
ResponderExcluirseu comentário está tão bom que é só acrescentar algo mais que está pronto uma bela e interessante postagem!!
A teologia sendo o que é - "o homem falando de Deus" não poderia deixar de receber as influências de movimentos sociais de "libertação" como a teologia feminista e a teologia da libertação. Creio que existem prós e contra para a própria teologia nesse modo de fazer teologia. É preciso entender que essas são apenas construções a partir de um dado social que almeja destaque e ter voz ativa nos processos históricos, mas Deus não está enganjado na libertação dos pobres ao modo marxista da TL e nem na libertação da mulher aos modos do feminismo dos anos 60, ao mesmo tempo em que ele pode ser invocado para "participar" como libertador neles.
o que você acha?
Levi,
ResponderExcluirCom toda a severidade de Javé que ordena que sua lei (instrução) seja cumprida, ele não é só o Deus que pune e ordena, é também o Pai que perdoa e acolhe, é a mãe que sacia os filhos em seus seios.
pode haver imagem espiritual mais significativa do que esta?
Vou tentar dar minha opinião em suas perguntas:
"Por que a maioria das seitas protestantes considera a Igreja Católica como a grande meretriz de que fala o Apocalipse de João?
Talvez por toda a cisma, inimizade e distanciamento que se produziu depois da reforma protestante e por uma forçazão de barra hermenêutica, visto que à época da escrita do apocalipse de João, ainda não havia uma "Igreja católica romana". Para mim, a melhor interpretação para a meretriz é o paganismo de Roma.
"Será que essa aversão calviniana se deve a aderência do Catolicismo ao pólo feminino, na medida em que coloca Maria como símbolo daquela que acolhe e protege a criança (o fiel) em seu seio ― a intercessora?
Mas veja, Levi, ao mesmo tempo em que o catolicismo dá a Maria tal simbolismo, ao mesmo tempo resiste desde sempre e bravamente contra a ordenação de mulheres ao clero. Por que será? Medo da Deusa-Mãe dominar o reinado patriarcal romano?
Caro Levi,
ResponderExcluirParabéns pelo excelente texto!
Eu diria que pai e mãe estão também na metafísica, um princípio presente em todo o Universo e que precisa ser reverenciado. Do contrário, como o órfão de pai ou de mãe perceberia a paternidade e a maternidade? Por isto a Torá diz no quinto mandamento dado pelo Santo a Moisés, bendito seja:
"Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá" (Êxodo 20.12; ARA)
Além da honra aos pais ser a âncora de toda a sociedade, ligando os filhos aos pais na comunidade da fé, devemos perceber que é a paternidade e a maternidade que mantêm em funcionamento o Universo, criando e equilibrando as coisas. Pai-Mãe, respiração da Vida?
Para complementar seu belo artigo, quero lembrar das interpretações da oração Pai Nosso em aramaico na tentativa de buscarmos compreender o que teria ensinado Yeshua aos seus discípulos. Uma delas seria assim:
"Pai-Mãe, respiração da Vida, Fonte do som, Ação sem palavras, Criador do Cosmos !
Faça sua Luz brilhar dentro de nós, entre nós e fora de nós para que possamos torná-la útil.
Ajude-nos a seguir nosso caminho Respirando apenas o sentimento que emana de Você.
Nosso EU, no mesmo passo, possa estar com o Seu, para que caminhemos como Reis e Rainhas com todas as outras criaturas.
Que o Seu e o nosso desejo sejam um só, em toda a Luz, assim como em todas as formas, em toda existência individual, assim como em todas as comunidades.
Faça-nos sentir a alma da Terra dentro de nós, pois assim, sentiremos a Sabedoria que existe em tudo.
Não permita que a superficialidade e a aparência das coisas do mundo nos iluda, E nos liberte de tudo aquilo que impede nosso crescimento.
Não nos deixe sermos tomados pelo esquecimento de que Você é o Poder e a Glória do mundo, a Canção que se renova de tempos em tempos e que a tudo embeleza.
Possa o Seu amor ser o solo onde crescem nossas ações."
Rodrigão
ExcluirQue Pai Nosso Gnóstico arretado!!!
Agora eu pergunto:
Você o foi buscar no Talmude Babilônico? (rsrs)
“Eu creio que tanto o homem como a mulher são perfeitamente capazes de representar Deus” (Doni)
ResponderExcluirMoisés, como Guerreiro e Comandante de um exército de hebreus em busca de fundar um Estado Teocrático não poderia em seu imaginário ter uma "Imago-Dei" que não fosse um Forte-Homem-Guerreiro e Senhor (rsrs)
Eduardo Hoonaert, Padre Belga, estudioso da História da Igreja, que viveu no Brasil por 40 anos, quando perguntado: Como um Deus que nos é representado por uma figura masculina, podia exprimir um modelo de identificação para as mulheres? Ele assim confessou:
“Eu não tinha alertado para esse problema, dentro da visão masculinizante de nossa cultura, a não ser quando João Paulo I disse que Deus não era só Pai, mas também era mãe, e só aí eu fui perceber isso. Deus é mostrado também com caracteres feminino, e que nós havíamos passado por cima deles porque a nossa ótica de leitura não permitia essa visualização.
Lembro-me bem de um trecho, se não me engano de Ezequiel, em que se diz assim; ‘ainda que uma mãe possa esquecer de seus filhos, Eu jamais esquecerei de vocês, meu povo’ ― quer dizer, compara Deus com a mãe, e uma mãe que é até mais que as outras mães.
Eu estou apenas começando a rever isso, porque, de fato, dentro de nossa cultura tremendamente masculinizada, a gente perdeu essa dimensão, mas eu acho que estamos tentando recuperá-la. A figura da mulher não é afastável do conceito “Deus”. (Masculino e Feminino no Imaginário Católico ― Zayra Ary Farias – página 57)
Edu
ResponderExcluirSobre o “Medo da Deusa-Mãe dominar o reinado patriarcal romano”
Eu diria que a Santa Igreja tem medo da “Deusa-Mãe” ter filhos, que mais tarde na Justiça, venham reivindicar o seu quinhão no rico império do Vaticano (kkkkkkkk)
Eu entendo a afirmação de João Paulo I da seguinte forma:
ResponderExcluirOs escritores se valeram do antropomorfismo para melhor entender a natureza de Deus. A única maneira encontrada para comunicar as verdades acerca do insondável, indescritível e inimaginável, e a utilização dessa linguagem figurativa, já que o homem, em função de sua limitação e finitude, é capaz apenas de arrazoar sobre o eterno Deus.
Um fato fica bem claro ao examinar as escrituras. Deus é Espírito! Por isso não possui características humanas. Imaginar um Deus, em cuja natureza está presente um dualismo de gênero sexual, ora operando o masculino, ora operando o oposto, é o mesmo que fantasiar Deus como tendo mãos, pés, nariz e boca, para apresentá-lo numa ficção.
Sei que estou sendo simplista. Mas quem até hoje, conseguiu usando mecanismos complexos, fornecer dados esclarecedoras acerca daquele que se identificou como “Eu sou o que sou” e pronto, senão através de uma linguagem simples e accessível, como na metáfora da mãe usada pelo profeta Isaías?
Um outro fato que devemos considerar, é que Deus revelou-se a si mesmo na forma masculina, no meu ponto de vista não exatamente em função do patriarcalismo vigente na cultura antiga, ou para transmitir a ideia de General, patrão e pai, títulos logicamente masculinizados; Mas porque assim o fez! E qualquer outra conjectura que criarmos equivale entrar num campo de um subjetivismo ainda maior.
Concordo com o apelo feminino presente no SHADAY como coloca o Edu. Entretanto não vejo outra coisa senão transmitir aquela ideia de base de amplitude da natureza de Deus. O antropomorfismo também está aí presente!
Praticamente em todas as referências a Deus, tanto no velho como novo testamento, há um padrão claro e consistente de passagens sobre Deus com títulos, substantivos e pronomes masculinos.
ResponderExcluirEmbora, volto a enfatizar que Deus é Espírito, e que os componentes masculino e feminino não estão presentes nEle, Contudo, Ele escolheu a forma masculina para se revelar a humanidade.
E em função disso se torna inapropriada, inadequada e constrangedora a designação de atribuições femininas a Deus, como eu disse no meu primeiro comentário.
Dados:
Nos evangelhos, Jesus usa o termo “Pai” em referência direta a Deus cerca de 160 vezes.
No restante das escrituras, contém cerca de 170 referências a Deus como “Pai”.
No NT contém 900 versículos onde a palavra “theos”, um substantivo masculino, que é traduzido como Deus em nossas versões.
Sinceramente Edu e Levi
,
Não vejo onde os idealizadores da teologia feminista encontra aspectos machistas, ou pré-conceitos nos escritores sagrados, ao atribuir a Deus formas masculinas em sua composição!
Edu,
ResponderExcluirQuerer engajar Deus nos processos de libertação como querem os libertacionistas, é pretensão apenas.
O lado positivo é a possibilidade de, através da exposição dessas teologias, provocar a reação dos reacionários de plantão.
Doni, o que vc expõe é tão claro! Eu acho que nem é necessário contestar uma coisa dessas. Deus é espírito, insondável, além de todos. Por alguma maneira sua personificação se deu por formas masculinas, como disse a Guiomar em outra postagem: se Deus tivesse manifestado feminino, ficaríamos buscando o seu lado masculino. É sempre uma eterna busca.
ResponderExcluirAs características emocionais são tão diferenciadas assim em masculino e feminino ou culturalmente fazemos essa separação? As mulheres se enfeitam e os homens não, ou é o contrário? As mulheres mandam e o homens obedecem ou é o contrário? As mulheres são sempre doces, boas, delicadas, excelentes mães, ou nem sempre?
Como confessei no meu comentário, tive um pai doce como uma mãe deveria ser e uma mãe durona, e se Deus é pai, ele é um doce mesmo!
Abração, amei todos os seus comentários, e concordo com o Edu, dignos de postagem. Abraço!
É bem por aí mesmo Mari!
Excluirthank you for the compliments friend. hugs
No meu tempo de crente em que frequentava o Círculo de Orações das Assemb. de Deus, todas as igrejas, sem exceção, tinham essa "atribuição divina" comandada por mulheres.
ResponderExcluirCheguei a fazer um questionamento sobre o “por quê” de os Homens não dirigirem o Círculo de Orações. Os pastores foram unânimes em dizer, esse setor meu irmão tem que ser comandado por MULHERES. É mistérioooooooo... (rsrs)
Será, Doni, que aí residam ressonâncias romanas do mito das Vestais, pois só elas tinham o poder de manter o fogo sagrado sempre acesso (rsrs)
E por falar nisso, poucos meses atrás, assisti a um drama festivo numa igreja pentecostal em que as mulheres crentes de conduta mais ilibada foram escolhidas para desfilar nas alamedas da igreja portando tochas acesas, numa marcha eletrizante e envolvente, que deixaram os homens boquiabertos. (rsrs)
DONI,
ResponderExcluireu concordo nisso com você: o EU SOU O QUE SOU não cabe gênero algum; porém, a "revelação" é dada num dado momento histórico onde o patriarcado era a regra; Daí, o EU SOU virou o "Senhor(e não senhora) dos Exércitos" - mas temos que levar em conta que essas expressões foram bem "contaminadas" pela religião cananéia, onde Baal(um deus masculino) já era Senhor antes de Javé. Então temos que levar em conta todas essas particularidades da sociologia da religião javista.
LEVI,
não há problema algum; o SHADAI queria aparecer de qualquer jeito...rsss
E o motivo que você apontou da não ordenação de mulheres no catolicismo deve mesmo passar por esse motivo nada espiritual...
RODRIGO,
me emocionou essa versão do pai nosso, muito mais rica e significativa da versão que está em nossas Bíblias.
"Por que a maioria das seitas protestantes considera a Igreja Católica como a grande meretriz de que fala o Apocalipse de João", E PORQUE OS MESMOS BESTAS DOS EVANGÉLICOS CONSIDERAM O BESTA DO PAPA A BESTA DO APCALIPSE DE JOÃO SEM NOÇÃO?! HEHEHE
ResponderExcluir"seitas protestantes", TÁ QUERENDO APANHAR É LEVI?! RSRSRS
"E por falar nisso, poucos meses atrás, assisti a um drama festivo numa igreja pentecostal em que as mulheres crentes de conduta mais ilibada foram escolhidas para desfilar nas alamedas da igreja portando tochas acesas, numa marcha eletrizante e envolvente, que deixaram os homens boquiabertos. (rsrs)"
ResponderExcluirELAS DESFILARAM DE CINTA-LIGA OU AS TOCHAS SUGERIRAM UM FETICHE EDU?! UIIIIIIIIIIIIII
Levi, nossa divergência quanto as "saudosas lembranças" do "paraíso uterino," vem de longas datas. rsrs você já me enviou um site que aborda abrangentemente o assunto, mas infelizmente, nada além do que já sabemos.
ResponderExcluirCreio que você teve uma super mãe e não consegue admitir que existam milhares de mães que em vez de útero têm um tártaro para os seus rebentos.
“O pai que temos dentro de nós, nos diz: ‘Deves fazer isto’, e não deves fazer aquilo’. Se erramos nos repreende, e se acertamos nos elogia. Mas enquanto o pai que temos em nós nos fala dessa maneira, a mãe que temos em nós nos fala uma linguagem diferente. É como se ela estivesse dizendo: ‘teu pai está muito certo ao te repreender, mas não o leves muito a sério; faças o que fizeres és o meu filho, eu te amo e te perdôo; nada do que tenhas feito pode interferir no teu direito à vida e à felicidade.” (Psicanálise da Sociedade Contemporânea – Erich Fromm – página 58)"
Como o Edu e a Mari eu também encontrei mais doçura no meu pai, apesar de toda a sua carranca.
Concordo plenamente com o Doni quando ele diz:" Eu creio que tanto o homem como a mulher são perfeitamente capazes de representar Deus, já que ambos foram feitos à sua imagem e semelhança. Por isso a evidência de traços masculinos e femininos na divindade."
Você disse: "Essa coisa, de um pai compassivo e perdoador nada mais é que o aflorar do lado feminino que, no homem, estava mais reprimido na sociedade antiga patriarcal."
Discordo de você amigo, ao recordar as figuras patriarcais. Abraão era um paizão, embora bem manipulado por sara.Isaque e Jacó são figuras paternas que merecem seu lugar, apesar das preferências, embora segundo reza a história, Raquel também teve a sua preferência, o que deveria ser comum em vários lares.
Caminhando mais para frente, encontramos Davi que era um pai tão bobo com os filhos que chegou a sofrer sérias consequências, porque como mãe super protetora fazia vista grossa aos erros deles. Chegando ao extremos de não tomar providências quando Tamar foi estuprada pelo próprio irmão, o que é inconcebível na atitude de um pai, apesar da cultura.
Abraço.
Gui,
Excluirparece-me que o "homem segundo o coração de Deus" não tinha a mínima moral para repreender seus filhos.
Edu, "Uma outra questão: um gay do sexo masculino seria um ser mutilado psicanaliticamente falando por não apresentar(em muitos casos) a atitude impositiva e austera de "homem"?"
ResponderExcluirIsto se torna duvidoso quando você convive mais perto com um casal de gay. Quando um fica bravo...
Desabafo de um gay: "Sou gay e, muito prazer, sou ativo! Isso mesmo, no sexo eu como, eu não dou, nunca dei e ainda não senti vontade de dar, caso interesse saber. Então, apesar de sempre me mandarem tomar no cu e/ou acharem que eu já o faça, eu não gosto e não tomo. Pronto, falei!"
Este machismo independe da preferência em ser ativo ou passivo. O galo aparece...
Não sei se tem muito haver com a pergunta que você fez a Levi. Com certeza Levi saberá me responder. rsrs
Não me diga que o bofe só gostava da ação e nunca da conformação...kkkkkkkkk
Excluirbem, eu não sou nenhum especialista em gay, mas parece que a minha questão não tem mesmo nada a ver, né?
Esta história de "lado" feminino em homem já rendeu algumas piadas.
Excluir"Um amigo disse que o ele é tão macho que até seu lado feminino é sapatão" kkkkkkk
pois é....keeee
ExcluirEdu, gostaria de encontrar um documentário que ganhei de um pessoal que estuda os símbolos da igreja católica, inclusive com um ex-coroinha que fala hebraico fluentemente e conhece a história dos judeus profundamente. Estive aprendendo com eles. Não sei se é vendido em livrarias. Eu estava junto com o coroinha, quando um rabino impressionado com seus conhecimentos o convidou para uma escola em BH com o intuito de mandá-lo depois para Israel.
ResponderExcluirSinceramente, é impressionante como realmente parece ter tudo haver.
Não sei de quem se trata, Gui. Mas os símbolos da bíblica judaica me fascinam e como sempre diz o Levi, ele tem muito a nos ensinar sobre nós mesmos, sobre nosso inconsciente, nossa necessidade de interagir com Deus, etc
ExcluirLevi e confrades, estou muito agradecida a Javé, por haver encontrado vocês.
ResponderExcluirO seu texto Levi, enriquecido com os comentários dos nossos brilhantes confrades me trouxe novos ensinamentos.
Que Deus os abençoe grandiosamente. Beijo.
Edu, mesmo antes de cair em adultério, Davi era um pai molenga. Veja que ele nunca havia dito mal ou bem ao seu filho Amnom. Ele não costumava repreender os seus filhos. No entanto, percebo que Deus não disse que ele era um "pai" segundo o coração de Deus, mas um homem.
ResponderExcluirDeus falou para Saul: "Encontrei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração que em tudo fará a minha vontade." Creio que Deus estava falando aqui sobre o futuro rei. E como rei ele procurou obedecer a Deus em tudo.
Beijo.
Gui, Davi antes de ser rei foi um mercenário; era chefe de um bando de malfeitores e desordeiros. Chegou a ser rei de uma forma bem menos "espiritual" como nos quer mostrar as Crônicas. Na verdade, Davi teve o tino político de conquistar Jerusalém e unir os israelitas. Historicamente, ele foi "segundo o coração de Deus" exatamente por causa disso. Parece que Davi não tinha muita inteligência emocional para cuidar da família. Mas com certeza as narrativas sobre ele são construções ideológicas-teológicas.
ResponderExcluirTambém foi muito bom conhecer você, Gui, uma fundamentalista que não é fundamentalista...vai entender...rsss
“Como o Edu e a Mari eu também encontrei mais doçura no meu pai, apesar de toda a sua carranca” (GUI)
ResponderExcluir“Na Antiga Grécia, bem antes da vinda de Cristo a Terra, eram narradas histórias sobre mulheres que andavam a cavalo, manipulavam o arco e a flecha com rara habilidade e se recusavam a viver com os homens em seus territórios. Estas exímias guerreiras eram conhecidas como Amazonas, das quais nem os mais destemidos soldados poderiam fugir com vida.” Ela eram as mais temidas florestas.
Existem as mães Amazonas, GUI, que podem até comer os filhos (rsrs) ― metáfora de apego possessivo a seus rebentos.
Há um paralelo bíblico para as Amazonas, Guiomar?
Levi, eu falo de hoje, do aqui e agora. Mães que abrem as pernas das filhas para o marido estuprar. Mães que jogam os filhos no lixo, no rio, no vaso sanitário ou os matam no próprio "tártaro", mães que fingem não ver o marido estuprando a filha, mães que amarram os filhos para bater, mães que arrastam os filhos pelo chão, após baterem. Mães malditas, não são protetoras, são cruéis, monstros. Levi, meu amigo conheci centenas de suas vítimas.
ResponderExcluirAbraço.