O VALOR DE UM MARTÍRIO





O martírio cristão é um tema que tem despertado minha curiosidade nesses últimos dias. Primeiramente em razão da veiculação da notícia da condenação do pastor Yousef Nadarkhani em terras iranianas. Segundo algumas agências de notícias, o tribunal da província de Gilan deu ao Pastor Nadarkhani a oportunidade de se retratar e renunciar à sua religião cristã, já que ele vem de uma família de ascendência islâmica, porém ele se recusou. O que resultou em sua condenação e sentença a morte por enforcamento.

Depois pelo contato com o inspirador e desafiador livro Bonhoeffer, pastor, mártir, profeta, espião. Lançado recentemente pela Editora Mundo Cristão. O livro é uma biografia de Dietrich Bonhoeffer, um dos principais teólogos alemães que juntamente com Barth se destacou como uma das figuras principais da resistência contra o regime nazista. Mas que teve a sua luta interrompida a poucas semanas do fim do Terceiro Reich, sendo enforcado por ordem direta de Adolf Hitler.

Em termos gerais um mártir é uma pessoa que morre por sua fé religiosa. Ainda que no decorrer da história, o termo tenha ganhado outros conceitos, como por exemplo; morrer patrioticamente pela liberdade e independência de um povo, ou por um ideal político ou social. Entretanto, do ponto de vista cristão e dentro do contexto no qual se desenvolveu a história da igreja, o mártir é aquele que preferiu morrer, ante a opção de renunciar a sua fé em cristo. Ou seja, decidiu entregar sua vida para que a essência da verdade professada por ele fosse preservada.

Escritos dos pais da igreja primitiva, revelam que o martírio pode ser considerado o testemunho final, a completa declaração pessoal da fé em Cristo, a maior proclamação da palavra de Deus. A primitiva comunidade cristã viam nos irmãos que perdiam a vida com o martírio, um estímulo à perseverança e novos intercessores junto com Cristo. Os mártires eram o orgulho da fé cristã, sendo também um fator determinante para o crescimento do movimento cristão nos primeiros séculos. Tanto é verdade que Tertuliano, cunhou nesta época sua célebre frase “O sangue dos mártires é a semente da Igreja”

Ainda hoje, os cristãos consideram o martírio como sendo a mais alta identificação com Cristo. Realizando inclusive a bem aventurança proclamada por Jesus: “Bem aventurado sois vós quando vos insultarem, vos perseguirem e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós por causa de mim”, afirmando entre outras coisas que a falta de mártires em alguns locais deve-se a perda de identidade com Jesus. E que a partir do momento em que igreja não é contestada, questionada ou perseguida, ela deve seriamente se perguntar se está sendo fiel à sua missão.   

Não pretendo neste artigo enumerar os mártires, que teve com Estevão à inauguração de sua era, nem tão pouco entrar no mérito da veracidade dos escritos que a tradição cristã dispõe sobre o assunto. Mas como contra ponto a esta convicção, que para os cristãos tem caráter irrefutável, coloco a respeitável opinião de Nietzsche. Sendo inclusive, a partir exatamente do conceito nietzscheano que proponho a base para os amigos confrades exporem também suas opiniões.

Em sua obra O Anticristo, Nietzsche disse o seguinte: “que mártires provem algo pela verdade de uma causa, é tão pouco verdadeiro, que eu negaria que jamais um mártir teve em geral algo que ver com a verdade. No tom com que o mártir lança à cara do mundo sua certeza de verdade, já se exprime um grau tão baixo de honestidade intelectual, um tal embotamento para a questão da verdade, que nunca é preciso refutar um mártir.”
Em outro texto o pensador alemão afirma que: “a morte de mártires, dito de passagem, foram uma grande infelicidade na história: seduziram a conclusão de todos os idiotas, mulher e povo inclusive, de que uma causa pela qual alguém vai a morte tem de haver algo  (...) Altera-se algo no valor de uma causa, se alguém deixa por ela sua vida?” Indiretamente Nietzsche considera uma estupidez valorizar uma causa em detrimento da vida, e que a morte dos mártires nada faz além de seduzir e prejudicar a verdade. 

Ainda neste mesmo texto Nietzsche cita as palavras de Zaratustra, que são ainda mais categóricas em relação a este assunto: “Signos de sangue escreveram eles sobre o caminho que seguiam, e seu disparate ensinava que com sangue se prova a verdade. Mas o sangue é a pior testemunha da verdade; sangue envenena ainda  mais o puro ensinamento, em delírio e ódio dos corações. E se alguém passou através do fogo por seu ensinamento – o que prova isso! Mais vale, em verdade, que de seu próprio incêndio saia sua própria doutrina.”

Percebemos com isso que não existem verdades, práticas ou certezas diante das quais haja total unanimidade e unidade de pensamento. Devemos reconhecer este fato com humildade. E em relação ao assunto em pauta, o cristão se depara com uma dialética que via de regra lhe passa despercebida, mas que exige dele uma solução: a de que o Deus, autor da vida, que leva o homem naturalmente a prezá-la como seu bem maior, exige dele que a renuncie em favor de si.  

Para concluir, é bom lembrarmos que a tradição cristã faz com razão, uma nítida diferenciação entre o suicídio e o martírio. Condenando veementemente o primeiro e em alguns casos até aconselhando o segundo. É lógico que não devemos aproximar ou comparar o suicídio com o martírio. Mas não podemos negar que há entre os dois casos, pelo menos um ponto de contato: Ambos evidenciam um certo desdem pela vida. 

Por Donizete.

Comentários

  1. Já viu essa no Irreligiosos Doni? - A FARSA DO MARTÍRIO DOS CRISTÃOS

    LINK http://irreligiosos.ning.com/profiles/blogs/a-farsa-do-mart-rio-dos-crist-os

    Seria enriquecedor e provocante aos pensamentos ter o Ivani nos debates sobre esse texto!

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  2. Donizete, o martírio diz aos crentes que há um patamar muito alto a ser alcançado, aos descrentes que os que muito acreditam ficam loucos, a Deus creio que não diz nada, afinal, o que precisamos dizer para Deus que ele não saiba de antemão? Mas o martírio deve dizer muito para o sofredor. Que força é essa que faz uma pessoa abrir mão do que foi forjado para proteger consciente e inconscientemente?
    Ele deve mirar em algo que nós não vemos, deve por força da fé, da loucura, do espírito santo vislumbrar uma alegria muito grande. Essa entrega deve ser prazerosa, não pela dor, mas pelo ardor da fé. Li um livro espírita que relata a morte de Jan Huss, um reformador que foi para a fogueira, diz o texto que no momento das chamas ele nada sentiu, apenas se descortinou a eternidade, viu os entes espirituais.
    Não sei se o sofrimento testemunha a força da verdade do cristianismo ou se sua fraqueza, acho que depende do ponto de vista. Para mim pessoalmente me diz que a minha fé é ínfima!

    Abração! Fica com Deus

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    1. "Mas o martírio deve dizer muito para o sofredor", creio que principalmente ao sofredor best, já que ele vai ao extremo para se auto-afirmar como martirizado. Talvez seja uma fuga para esconder possíveis dilemas não resolvidos em relação ao conjunto de suas crenças, QUEM SABE?! Ir ao extremo para não ter de encarar algumas realidades que se tornaram fantasmas proibidos de assombrar!

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    2. Best, já vi gente ser humilde por pura arrogância e bondosa por pura maldade, mas certas coisas não aceitam máscaras. Acho muito pouco provável alguém se deixar matar por motivos débeis. Esses dilemas precisam ser muito fortes, então.
      Eu encararia qualquer coisa para não encarar a fogueira e acho que qualquer pessoa em bom estado mental o faria. Se o mártir não é louco, ele deve ser especial.
      Lembrei-me de uns filipinos que se deixam crucificar anualmente, já viu? Esses parecem bem doidinhos rs...não chegam a morrer mas sofrem flagelos horríveis! Parecem que entram em um estado de êxtase. Esse êxtase é algum barato muito doido rs...

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    3. Mari, lembra que quando os assassinos de Estevam olharam para ele, viram seu rosto como o rosto de um anjo e ele viu o céu aberto?

      As pedradas não foram mais poderosas que a visão.

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  3. Franklin,

    Conheci agora o texto do Ivani! Ele defende uma tese interessante. está convidado!

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  4. Mari,

    "Que força é essa que faz uma pessoa abrir mão do que foi forjado para proteger consciente e inconscientemente?"

    As respostas a esta pergunta são totalmente divergentes. Os céticos ou até mesmo religiosos os tem como verdadeiros loucos. Ao passo que os cristãos os cultuam como grandes heróis, exemplos de coragem e abnegação.

    A questão central Mari, é que todas as principais religiões possuem sua galeria de mártires. O que caracteriza o martírio é a disposição do indivíduo de expor em risco sua vida mesmo sabendo que existem opções alternativas para serem seguidas.

    Segundo a história, depois que Constantino promulgou o edital de tolerância aos cristãos, os cristãos começaram uma nova fase em seu movimento, a perseguição cessou de forma abrupta. O que aconteceu foi que muitos discípulos já vinham sendo "preparados" para serem mártires. Mas com a igreja já estabelecida não havia mais perseguidores, então a foi implantada uma nova modalidade de martírio; O chamado martírio branco, que consistia na renuncia à qualquer forma de prazer na vida. a vida monástica, por exemplo, é freqüentemente vista pelos escritores gregos, como um equivalente light de martírio. esta mesma concepção é encontrada também no ocidente: por exemplo, no qual a vida ascética é comparada com o caminho do mártir.

    Abraços! Fica com Deus.

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    1. Então, essa disposição se dá pelo ardor da fé, por algum estado mental que nós não conhecemos. A renúncia traz um tipo de prazer, mas quem é capaz de senti-lo? Qualquer um?
      Só o mártir!

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    2. O que se passa na cabeça de uma pessoa decidida ao ir até o fim em seu ideal?.

      Difícil entrar na subjetividade de quem parte para sacrificar o EGO próprio em nome de um “Ego Ideal” – como padrão ou modelo de perfeição e felicidade.

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    3. Concordo com o Levi!

      Acho difícil ou impossível julgarmos um mártir.

      Para muitos islâmicos fanáticos, os terroristas que sequestraram o avião e explodiram as torres gêmeas de NY no 11 de setembro tornaram-se mártires.

      E o que se passou na cabeça daqueles caras?! Será que els não se imaginaram como verdadeiros seguidores de Allah que estavam lutando contra o Satan dos Estados Unidos?

      Algumas semanas atrás, um tibetano, na Índia, ateou fogo ao próprio corpo praticando uma auto-imolação porque o país que acolhera o Dalai Lama em seu exílio também estava recebendo autoridades chinesas. Loucura! Mas na cabeça daquele indivíduo seria certo agir daquele modo fazendo algo que, certamente, nem o Dalai Lama ou as principais lideranças do budismo hoje concordariam.

      Penso que existe o mártir imaturo e aquele que, diante de uma situação excepcional, não vê outra solução a não ser entregar seu próprio corpo e encontrar o sentido da vida na ressurreição.

      A pessoa que se expôe ao martírio pode estar sendo movida também pelos mais baixo sentimentos. Ela pode estar achando que necessita daquilo para receber recompensas póstumas, ser reverenciada pelos homens, fugir de sua responsabilidade pessoal quanto a resolver problemas psicológicos, dificuldades de relacionamentos com os outros, questões de trabalho quanto a se estabelecer economicamente, etc.

      Em seu livro Onde a religião termina? o ex-padre Marcelo da Luz (não é meu parente), assim questiona formulando este problema para fins de reflexão sobre o auto-sacrifício:


      "O ideal máximo de santidade cristã, o martírio (autodestruição em defesa do orgulho divino e do interesse pessoal de ganhar a eternidade) está fundado sobre o autocídio de Jesus Cristo. Contudo, nos subterrâneos da consciência autodestrutiva jazem os excessos ou da egolatria ou do autodesprezo."


      Interessante a visão do ex-sacerdote católico, hoje um crítico da religião cristã, já que ele nos leva a pensar também sobre a maturidade do sacrifício feito por Jesus, conforme ensinado pelos evangelhos oficiais. Algo difícil de se compreender quando pensamos em um "autocídio"?

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    4. Em tempo!

      Considerando que o sacrifício de Jesus teria sido proposital e não acidental, como lidaremos com a significação do "autocídio"?

      É certo que Jesus não se matou, mas, de acordo com os evangelhos oficiais, ele teria se colocado numa situação vulnerável para que fosse preso e depois morto. Antes disto, porém, ele sempre escapoliu dos seus perseguidores porque ainda não tinha chegado a Hora...

      Estaria aí a resposta?

      Mas lembremos também de um outro detalhe a ser refletido. Por que, nos relatos sobre a sua ressurreição, Jesus manteve as cicatrizes de seu martírio já que poderia apresentar-se com um corpo totalmente perfeito?

      Creio que, por suas cicatrizes, eu sou sarado. Fico livre dos martírios imaturos e, ao mesmo tempo, encho-me de consolo ao reconhecer que o sofrimento é parte integrante da vida no nosso planeta. Fico então sarado daquela ideia tosca propagada pelos charlatões da prosperidade de que deturpam Deeuteronômio quando dizem "crente verdadeiro não pode sofrer". Numa outra perspectiva Philip Yancey assim nos ensina na obra abaixo citada:


      "As cicatrizes de Jesus me dão esperança. Da perspectiva do céu, elas representam o episódio mais horrível que já aconteceu na história do Universo. Mas até mesmo aquele acontecimento da Páscoa se transformou numa memória. Devido à Páscoa, posso esperar que as lágrimas que derramamos, os golpes que sofremos, a dor emocional, a angústia pela perda de amigos e entes queridos, todas essas coisas se transformarão em memórias, mas também não doem mais. Nós teremos corpos recriados, um céu e uma terra recriados. Teremos um novo começo, um recomeço pascal."


      Glória a Deus!

      Jesus ressuscitou!

      Que possamos viver no AQUI e AGORA este novo começo pascal!

      Aleluia!

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    5. Muito pertinente sua reflexão Rodrigo!

      As permanentes cicatrizes do martírio de Jesus nos dão esperança. Agora, a tradição cristã coloca os mártires como referência à verdadeira fé e submissão a Cristo. Como os verdadeiros imitadores dele! Tanto é verdade que até seus túmulos são venerados.

      O que se passa na cabeça de um mártir cristão: Vou usar como ilustração uma cena do filme "Quo Vadis", onde em determinado momento, Pedro, fugindo da implacável perseguição que os cristãos romanos estavam passando, encontrou-se com Jesus a beira do caminho. Jesus lhe perguntou: Para onde vais Pedro, estás me negando outra vez? E diante destas palavras Pedro caiu em si! E resoluto decidiu voltar para a cidade, onde segundo a tradição ele foi crucificado de cabeça para baixo, por não se achar digno de morrer como seu Senhor.

      Então penso que um mártir cristão, além do ideal pelo qual ele defende, se baseia também no exemplo do próprio Cristo, que se submeteu ao mais terrível sofrimento por sua causa. E seria caracterizado um ato de covardia dissimular mesmo diante de uma emergência.

      A questão são as implicações teológicas que esta prática apresenta. Como você mesmo diz: "O sacrifício de Jesus representa o rompimento com toda teologia de sacrifício."

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  5. Caro Donizete,

    Parabéns pelo excelente tema que escolheu e também por sua abordagem.

    Inicialmente, eu considero mártir também aquele que lutou por causas sociais, por entender que o combate à pobreza ou a defesa da liberdade estão relacionadas com a construção do Reino de Deus na Terra.

    Penso que o martírio torna-se a "pedra de tropeço" de um sistema. Em sua cruz, Jesus expões toda a crueldade do mundo, transformando o triunfo das autoridades políticas e religiosas que o condenaram ao mesmo tempo numa amarga derrota. E aí a pedra de tropeço torna-se também a "pedra angular" da fé em Cristo. Senão vejamos o que diz Philip Yancey em seu festejado livro O Jesus que eu nunca conheci:


    "Em certo nível, penso em indivíduos de nosso tempo que desarmaram os poderosos. Os xerifes racistas que trancafiaram Martin Luther King em celas de cadeia, os soviéticos que deportaram Solzhenitsyn, os checos que encarceraram Václav Havel, os filipinhos que assassinaram Benigno Aquino, as autoridades sul-africanas que prenderam Nelson Mandela - todos esses acharam que estavam resolvendo um problema e, no entanto, todos acabaram escancarando sua própria violência e injustiça (...) A pálida figura pregada ao travessão de uma cruz revelou que os poderes dominantes do mundo eram falsos deuses que descumpriam suas próprias promessas de piedade e justiça. A religião, não a irreligião, acusou Jesus; a lei, não a ausência de lei, o executou. Com seus julgamentos manipulados, seus açoites, sua violenta oposição a Jesus, as autoridades políticas e religiosas daquela época mostraram o que eram: promotoras do status quo, defensoras apenas de seu próprio poder. Cada ataque contra Jesus pôs a nu a ilegitimidade delas."


    Bom, tudo isso demonstra que o martírio de alguém apenas expõe a ilegitimidade de um sistema, o que não significa necessariamente que todo mártir esteja com a razão daquilo que ele afirma ser verdade. Aliás, diga-se de passagem que, antes mesmo da oficialização do cristianismo como religião romana, as lideranças eclesiásticas pareciam estar se aproveitando de uma estratégia martiriológica ao invés de consentirem com a dissimulação diante das autoridades. E, assim, a escolha pelo martírio acabou se tornando um delírio indutor, instigando um narcisismo beatífico e banalizando aquilo que deveria ser considerado uma atitude extrema, algo que o próprio Senhor parece ter lutado contra si mesmo em sua agonizante oração no Getsêmani.

    Todo esse apego do cristianismo dominante ao auto-sacrifício veio a ser mantido depois das perseguições romanas através de penitências e outras formas de masoquismo, resultando em violências praticadas contra o próprio corpo dentro da vida monástica. Homens e mulheres passaram a impor a si mesmos castigos como o jejum frequente, autoflagelação, privação de sono, renúncia ao sexo e outras práticas de auto-aniquilamento que são infrutíferas para melhorar a vida dentro da sociedade. Coisas que o próprio Jesus, durante os dias de seu ministério, absteve-se de se sujeitar a ponto de ser chamado de "comilão e bebedor de vinho" (Lc 7.34) e justificou a postura de seus discípulos em não jejuarem enquanto estivessem com ele.

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  6. Continuando...


    Concluindo, concordo "que o Deus, autor da vida, que leva o homem naturalmente a prezá-la como seu bem maior, exige dele que a renuncie em favor de si". E aí deve haver um equilíbrio fundamental na análise a respeito do sacrifício. Pois, em via de regra, deve o homem cumprir todo o seu ciclo vital: nascer, crescer, casar-se, criar filhos, envelhecer e morrer pelas vias naturais. E experimentando todas estas fases ou estações da vida, ele pode então evoluir, compreendendo melhor o mistério da nossa existência tal como nos ensina o Salmo 90:


    "Ensina-nos a contar os nossos dias,
    para que alcancemos coração sábio"
    (verso 12)


    Para finalizar, compartilho aqui a reflexão de que a morte de Jesus representa também o rompimento com todas as teologias de sacrifício. Pois não há mais pecado para ser expiado. E sendo aparentemente contraditório que mesmo os excepcionais martírios estejam contribuindo para a libertação do mundo, ninguém está mais obrigado a se auto-penitenciar dos males praticados. E, como gritou o Filho de Deus na cruz, "está consumado".

    A paz do Senhor Jesus, meus irmãos, e tenham todos uma excelente Páscoa!

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  7. Tenho pra mim que quase todo sofrimento humano é consequência de um incompreensão do lado oposto -, uma reação equivocada à linguagem de quem é vitimado.

    Os evangelhos narram que Cristo pediu perdão pelos seus algozes: " Perdoa-lhes ó Pai, por que não sabem o que fazem" , o que em outras palavras quer dizer: "Perdoa-lhes ó Pai, por que eles não me compreenderam.

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  8. Ou talvez também em face ao entorpecimento que a religiosidade sem reflexão produz no indivíduo Levi!

    Um dos primeiros episódios de martírio coletivo aconteceu no monte Carmelo. Desta feita os algozes eram os seguidores de Javé. Lembra-se que Elias deu a eles a oportunidade de escaparem da morte! Bastava simplesmente renunciar sua fé em Baal e declarar que somente Javé é Deus que estariam livres. Diante da recusa 850 seguidores de Baal foram executados naquele dia.

    Já vi pregadores que num momento de empolgação dizerem: "veja que exemplo igreja! Se aqueles profetas deram sua vida por uma divindade falsa, o que nós não estaríamos dispostos a fazer por um Deus vivo?"

    Pode ser que seja por fatos semelhantes a estes, talvez comuns naquela época que Zaratustra profere aquelas palavras azedas contra os mártires.

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  9. Doni,

    Tema muito interessante. O bigodudo tinha lá suas razões ao criticar o martírio religioso. Realmente é muito difícil analisar a cabeça de um mártir. Como já assinalou o Rodrigo, Jesus foi um mártir, morreu pela sua causa. Eu acho que os mártires são pessoas fortes. Pessoas que estão totalmente certas que morrer pela sua fé vale a pena, que a morte será a suprema demonstração de que a vida material não é mais importante do que a vida eterna.

    Pessoas só morrem por aquilo que elas têm certeza que é a verdade. Não existe mártir duvidoso. Veio-me à lembrança um antigo livro "Torturados por amor a Cristo" de Richard Wurmbrand(http://pt.wikipedia.org/wiki/Richard_Wurmbrand) que narra as experiências de tortura de cristãos no antigo estado comunista e ateu da Romênia. Aqueles cristão suportaram torturas inimagináveis pela sua fé.

    Um outro fato de martírio que me ficou na lembrança foi um contado por David yong Cho(não lembro em que livro) onde uma família inteira foi morta por não renegar a fé cristã. Antes de serem mortos, o chefe daquela família teria dito: "fiquem firmes, crianças, logo estaremos junto com o Senhor".

    Loucura? Transtorno psíquico? fanatismo radical? negação da vida? Não, coragem, muita coragem.

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    1. Edu, "Richard Wurmbrand(http://pt.wikipedia.org/wiki/Richard_Wurmbrand)"

      Tive o privilégio de ouvi-lo em um teatro em Salvador. Magrelão, enorme, não sentava muito tempo, nem podia ficar em pé por muito tempo. Totalmente marcado por torturas, ele mostrou as cicatrizes.
      Todo tempo ele esteve sob proteção militar, por causa do seu testemunho. Para mim, foi uma benção ouvir da fé daquele mártir.

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  10. Sem dúvida, Edu, este é um tema bem quente. Mas quero aqui refletir se a via do autossacrifício seria a única a ser buscada?

    Meditando na própria Bíblia, veremos que é possível "participar dos sofrimentos de Cristo" numa outra perspectiva. Tanto no AT quanto no NT, existem exemplos e mais exemplos de diplomacias bem sucedidas que foram abençoadas por Deus.

    Como lembraremos de Esdras, Neemias, Daniel e Ester senão pelos bons relacionamentos que todos eles desenvolveram em favor do povo judeu?

    O próprio rei Salomão não foi também um monarca da paz e que buscou relacionar-se bem com os demais povos, fazendo acordos comerciais com Hirão de Tiro a ponto de tornar a prata um metal sem valor dentrod e Jerusalém?

    Dentro do NT, devemos reconhecer também a atuação de homens como José de Arimateia, Nicodemos, Gamaliel e o próprio Tiago quando sugeriu a Paulo que de certo modo dissimulasse (Atos 21.22-24).

    E na nossa história? Não tivemos lá tantas revoluções sangrentas e a Independência brasileira foi conquistada de um modo bem pacífico ao contrário dos nossos vizinhos. Porém, graças ao bom senso daqueles maçons do século XIX (o próprio D. Pedro I e Bonifácio eram da Maçonaria), o Brasil conseguiu manter sua unidade territorial.

    Décadas depois do "grito do Ipiranga", já na República, temos o brilhante trabalho desenvolvido pelo então barão do Rio Branco quanto à consolidação de nossas fronteiras na Região Norte, pelo que seu nome consta em ruas de inúmeras cidades do país (a avenida Rio Branco é uma das principais do Centro do Rio de Janeiro). E hoje, em que muito ouro foi descoberto naquelas terras, somos mais ainda devedores ao velho diplomata brasileiro...

    Se pensarmos na história judaica, veremos os saduceus da época de Jesus atuando como mediadores entre o povo e as autoridades romanas. Enquanto inúmeros zelotes provocavam a desordem, os saduceus tentavam apaziguar os ânimos dos procuradores romanos, de Otávio Augusto, Tibério e outros. Sem eles, talvez o caldo tivesse entornado logo após a morte do rei Herodes, o Grande, cerca de 4 a.C.

    Enfim, precisamos dar valor à diplomacia que me parece ser uma via bem melhor do que a do autossacrifício.

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    1. Rodrigo, ninguém busca martírio, lhe é imposto. Lembro-me das perseguições sofridas por meus pais e irmãos mais velhos, eu também fui vítima de professora e vizinhos inquisicionistas.

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    2. Amiga,

      Não se esqueça que o próprio apóstolo Paulo teria vislumbrado a possibilidade de alguém dar o seu corpo para ser queimado sem amor (1Co 13.3).

      Infelizmente, parece que muitos na história eclesiástica optaram pelo martírio mais para glorificarem o ego do que a Deus.

      Paz!

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    3. A fala de Paulo... AINDA... não abre espaço para julgarmos a motivação dos mártires eclesiásticos. O próprio Paulo, havia sido prevenido sobre o seu martírio mas ele tinha por mais preciosa a sua vida com Jesus, tanto que ele mesmo poetiza: "Mas Paulo respondeu: Que fazeis vós, chorando e magoando-me o coração? Porque eu estou pronto não só a ser ligado, mas ainda a morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus."
      Atos 21:13

      Somos tão terra Rodrigão, que isto nos parece qualquer coisa, menos amor. rsrs
      Abraço.

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  11. Em tempo!

    O momento político que vivemos no país, não pede novos mártires. Pede sim bons e honestos diplomatas. Homens que utilizem sabiamente a palavra para pacificar comunidades, reivindicar melhorias no campo social, buscar soluções equilibradas para os problemas coletivos e mobilizar as pessoas para resolverem seus problemas sem dependerem tanto do paternalismo estatal. Vez ou outra ainda teremos mártires onde a situação continua sendo radical a exemplo da Região Norte com foi o caso de Chico Mendes e de tantos sem-terras. Só que ainda assim fico pensando se às vezes um recuo estratégico não seria a melhor saída...

    Enfim, qual o arquétipo, ou qual a faceta de Jesus, seria mais apropriado para o nosso momento atual?

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  12. Donizete querido, Parabéns pelo texto! EXCELENTE TEMA! Bom, deixa eu tentar deixar meu pitaco e já gostaria muito Donizete de poder replicar seu texto em meu blog, se me autorizares.

    Muito difícil alcançarmos o que se passa pela cabeça de uma pessoa que escolhe morrer do que negar sua fé. Eduardo, concordo quando faz o questionamento: "Loucura? Transtorno psíquico? fanatismo radical? negação da vida?" TALVEZ SEJA UM POUCO DISTO TUDO! Quando você diz: "coragem, muita coragem" Será que é mesmo? Mas que coragem é esta? Eu pergunto: coragem de abandonar filhos e esposa a própria sorte? Seria esta a definição de coragem? Abandonar seus filhos sem saber o que lhes sobrevirá num futuro próximo? Eu, em minha visão de mulher (tomando agora a minha forma mortal, já que sou anja rsrs), me pergunto se não seria um puro ato de covardia? Olho este trecho que o Rodrigo escreveu e me sinto aliviada: [...]Pois não há mais pecado para ser expiado. E sendo aparentemente contraditório que mesmo os excepcionais martírios estejam contribuindo para a libertação do mundo, ninguém está mais obrigado a se auto-penitenciar dos males praticados. E, como gritou o Filho de Deus na cruz, "está consumado".

    Não posso dizer o que se passa pela cabeça de uma pessoa que "escolhe" morrer pela sua fé, levando como base o escopo do texto do Donizete, pois como bem disse o Rodrigo, há os que morrem por um ideal, mas estes eu não vejo tendo a mesma condição que os cristãos (ou seja, negar sua fé pra viver), sendo mortos por traição (tiradentes entre outros), então, penso que a pessoa que luta por um ideal, não tem a morte como sendo certa, mas sim, como um "acidente de percurso", o que não ocorre no caso dos mártires cristãos, sendo assim, eu só posso expressar meu pensamento, que é claro, pode ser equivocado, mas, não vejo com bons olhos. Pra mim só há 2 motivos pra isto:

    1°- COVARDIA: a pessoa ficaria tão mal vista pelos que professam a mesma fé que não mais seria aceito entre o "irmãos de fé", e nossa busca por aceitação é intensamente grande, e este medo de não ser aceito nem numa nem noutra banda, os faz preferir a morte, não levando em consideração sequer o que poderá acontecer a seus entes. Falar que o mártir tem a certeza que os irmãos de fé "cuidarão dos seus" é pura utopia! Pois na amada igreja no que importa é o "solus umbigos". Sempre foi assim e sempre será!

    2°- A esperança de uma vida de pleno gozo num porvir (que nem sabemos se virá), mas também não posso deixar de falar aqui outra coisa aliada a esta: um sentimento extremamente egoísta! De tão ególatra o mártir pensa em sua satisfação pessoal, e olha o cara abandonando a mulher e os filhos a própria sorte.

    Isto é coragem? Por isto eu penso que tem de tudo um pouco: Loucura, fanatismo... e principalmente, covardia e egoísmo!


    Donizete pra concluir quero fazer uma referencia aqui sobre este trecho de seu comentário: [...]Já vi pregadores que num momento de empolgação dizerem: "veja que exemplo igreja! Se aqueles profetas deram sua vida por uma divindade falsa, o que nós não estaríamos dispostos a fazer por um Deus vivo?"[...]

    Ora, já tive o desprazer de ver um "abestalhado" dum pregador dizer que daria a vida de seu filho em prol da vida de seu pastor (a igreja estava começando na tal visão do G12 e estava na onda de induzir a membresia a jamais refutar a palavra de seu líder e a venerar as palavras do líder maior, no caso, o pastor), só um detalhe: ELE NÃO ERA PAI! Era casado, mas não trabalhava, não tinha filhos e quando soube que a esposa tinha ficado grávida, brigou muito com ela sendo preciso o pastor da igreja interferir.

    CONCLUSÃO: PIMENTA NOS OLHOS DOS OUTROS É REFRESCO!

    Abraços a todos
    (se quiserem me add no facebook e twitter serão todos bem vindos: twitter: @Anja_Arcanja perfil face: https://www.facebook.com/anjaarcanja.batzion?ref=tn_tnmn )

    Bjux

    Anja

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    1. Oi Anja, Permissão concedida! Sinta-se a vontade. P.S. Já somos amigos no Face.

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    2. Anja, Vejo que você e o Nietzsche caminham na mesma margem do rio em relação ao tema!

      Até bem pouco tempo atras este era um assunto que não despertava em mim nenhuma curiosidade. O que me chamou a atenção, foi um artigo de um Site que celebrava o aniversário de 32 anos do martírio de um padre Jesuíta em El Salvador. Veja o que diz:

      "Como pastor, estou obrigado, por mandato divino, a dar minha vida por aqueles que amo, que são todos os salvadorenhos, inclusive por aqueles que vão assassinar-me. Se chegarem a cumprir as ameaças, desde já ofereço a Deus meu sangue pela redenção e pela ressurreição de El Salvador. O martírio é uma graça de Deus, que não creio merecer. Porém se Deus aceita o sacrifício de minha vida, que meu sangue seja semente de liberdade e sinal que a esperança se torna realidade. Minha morte, se aceita por Deus, seja para a libertação do meu povo e como testemunho de esperança no futuro. Vocês podem dizer, se chegarem a me matar, que perdôo e bendigo aqueles que me matarem. Desta maneira se convencerão que perdem seu tempo. Um arcebispo morrerá, porém a igreja de Deus, que é o povo, nunca perecerá.”

      Com destaque para as frases:

      "desde já ofereço a Deus meu sangue pela redenção e pela ressurreição de El Salvador",

      E:

      "O martírio é uma graça de Deus, que não creio merecer. Porém se Deus aceita o sacrifício de minha vida, que meu sangue seja semente de liberdade e sinal que a esperança se torna realidade"

      Penso que, via de regra, este é o pensamento de todo mártir: mostrar através de um ato tudo o que as palavras não conseguiram dizer. Um método de convencimento que extrapola todas as vias normais as quais o homem dispõe. Em função disso tenho minhas dúvidas acerca da eficácia desta ação. Só não consegui ainda formar em definitivo minha opinião, para ser tão categórico como você.

      Abraços e seja bem vinda!

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    3. Abraços Doni...

      (sim, sabia que já éramos amigos no face rsrs deixei o recado para os demais, principalmente o Levi rsrs, eu estou impedida pelo face de fazer novos pedidos)

      Em relação ao seu comment querido, também tenho dúvidas quanto a eficácia de tal gesto, mas penso que pode sim ter uma influencia tanto negativa como positiva, pois alguns de certo se compadecerão, dando vasão a msg pregada ou falada ou ainda vivida pelo mártir; enquanto outros, irão se afastar temendo o mesmo destino.

      Sim! Caminho na mesma margem do rio que Nietzsche, sabe porque? Porque hoje prezo a vida, celebro minha humanidade como um todo, e tenho plena convicção que é isto que tenho que fazer. Sabe Doni, é como eu disse em resposta ao Edu: considerando que crer é supor e supor é imaginar, levo isto comigo sempre, pois posso estar imaginando que "algo" virá depois. E se nada vier? Pra que terei me privado de prazeres que a vida me proporciona (TODOS OS PRAZERES), em prol de nada? Ainda pior, o cara se entrega ou recusa-se a negar Cristo e abandona os seus, preferindo a morte descobrindo (ou não, já que morreu acabou, sendo bem cética agora ok?), que nada há depois da morte e a vida era pra ser vivida aqui, enquanto estava VIVO! Não... não consigo absorver esta ideia como sendo algo que agrada a deus. É como disse meu esposo num comment no meu blog: Se sou a imagem e semelhança de Deus, Deus deve ter algo de humano, e eu acrescento agora: este "algo" de humano em deus é Cristo, e ele já sacrificou-se por mim! Não precisa mais nenhum sacrifício. Prova disto é que Pedro o negou 3 vezes, então porque eu também não poderia nega-lo? rsars

      A questão é que não foram só cristãos que foram mortos por seus ideais e sua crença (vide o artigo do Ivani "a farsa do martírio dos cristãos" que está postado também em meu blog, pois ele é um dos que colaboram comigo), mas olhando como foi levado adiante (por fala e escritos) tais mortes, e propagado que os tais herdaram um galardão, talvez isto tenha sido um grande aliado no crescimento e na divulgação do cristianismo, uma vez que já sofrendo aqui (fazendo uma referencia as classes menos favorecidas), a esperança de herdar um galardão, poderia ser a única "válvula" de escape num mundo onde os mais fortes, sempre engolem os mais fracos. Até mesmo os mais fracos de mente, pois já podemos ver pelos noticiários pessoas perturbadas que mataram seus filhos ou atearam fogo ao seu próprio corpo após ouvirem "inflamados" pregadores citar trechos como o sacrifício de Isaque ou o martírio dos profetas de baal.

      Graça e Paz querido.........

      Anja

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    4. Errata: não ÉRAMOS E SIM SOMOS AMIGOS NO FACE rsrsrs

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    5. Pois é, Anja. Considero que pode haver várias possibilidades para alguém se dispor ao martírio.

      Mas eu creio na possibilidade de haver um martírio maduro para o qual poucos estariam preparados, além do acontecimento que ocorre de maneira não planejada ou prevista pelo mártir.

      Por outro lado, entendo que o "martírio glorioso" pode não ocorrer literalmente. Quem sabe talvez ele não ocorra pela aparente negativa da confissão de fé e da vitória sobre o ego proselitista do religioso?!

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    6. Oi Rodrigo \0/ rsrs

      Sim, concordo com vc (ainda mais depois que li seu texto rsrs), negar pode ser o martírio! rsrs é isto que vc disse né? Ou tendi errado???

      Mas quanto a esta sua fala aqui eu já discordo, mas claro, posso estar equivocada:

      "[...]Mas eu creio na possibilidade de haver um martírio maduro para o qual poucos estariam preparados[...]"

      Não consigo conceber tal "amadurecimento" e muito menos aceitar o autossacrifício que não seja em prol da vida e dos vivos! (no caso o meu seria apenas pelos meus filhos, nem pelo meu esposo faria tal coisa, não se choque, mas é isto mesmo, não faria tal "coisa")

      rsrsrs 100%sincera!!!

      Bjux

      Anja

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  13. Rodrigo,

    eu concordo com você. Mas eu estou analisando especificamente os mártires cristãos em seus momentos singulares onde a escolha era entre a afirmação da fé em Cristo ou sua negação. Nesse casos não existe diplomacia pois as opções já foram dados pelo dominador: Negue ou morra.

    Foram homens de coragem, verdadeiros "heróis da fé". Tenho muita admiração por esses homens pois eu jamais teria coragem ou motivação para fazer a mesma coisa.

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  14. Anja,

    Que bom que apareceu, sua presença muda os ares desta confraria...rsss

    Seu comentário é relevante, claro. Mas eu estou analisando especificamente, os mártires do cristianismo primitivo, incluindo aí os primeiros apóstolos e os cristãos perseguidos pelo Império romano antes de Constantino. Deu o exemplo de Richard Wurmbrand por ter sido historicamente bem parecido com os mártires primitivos. A questão era não negar a fé.

    Aquelas pessoas estavam imbuídas de uma fé inabalável na pessoa de Cristo e o momento histórico era propício para tomadas de decisões radicais em nome dessa fé.

    Na cruz, Jesus, o mártir maior, deixou sua mãe aos cuidados de um dos seus mais chegados discípulos.

    Mas não vejo nenhum mérito nas pessoas hoje que se deixam crucificar, que se impõe autoflagelação, para demonstrar que estão identificadas com os sofrimentos de Cristo. Isso é fé distorcida, sacrifício de tolos, fé burra e patologia religiosa.

    Agora, de uma coisa eu discordo completamente de você: dizer que alguém se deixaria matar por medo de ser apontado depois como covarde é um grande paradoxo. Ele teria coragem de morrer para não ser visto como covarde mas não teria coragem de morrer somente pela sua fé? É um grande paradoxo...

    Por isso creio que a questão a ser procurada e discutida é onde seria o limite entre a patologia fideísta e a radicalidade da fé.

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    1. Edu,

      Também concordo com a Anja, no que diz respeito às motivações que levam uma pessoa a desistir da vida em prol de uma causa! Um misto de coragem e heroísmo associado à um fanatismo radical e desvalor à vida. Acho que em relação a isso até o bigodudo concorda!

      Mas o X da questão, e é exatamente aí que reside o problema: é saber se acaso os mártires foram fundamentais na preservação da fé no cristianismo primitivo, (já que você se concentrou neles) e serviram de inspiração para os demais cristãos, ou foram figuras descartáveis que aumentaram ainda mais a animosidade entre os perseguidores e perseguidos?

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  15. Anja, q bom que vc decidiu nos dar uma nova chance e apareceu.rsrs... Não lhe dei as boas vindas de outras vezes pois acho que todos nós acabamos deixando para o Edu, a vez de anfitrião. Saiba que é muito bem vinda e que seus comentários como os da última postagem são muito interessantes e fortes e servem de fato para mudar os ares. Espero que dessa vez sinta-se bem acolhida na confraria!rs...

    Comentando sua parte, também não consigo concordar que quem entrega a vida por Jesus seja um covarde, acho que passa longe disso. Mas concordo com vc que muitas pessoas que dizem dar suas vidas por Jesus, na hora H não o fariam, não é fácil ,não é para qualquer um. Tb acho que não seja exemplo a ser seguido e não penso que Deus deseje esse tipo de declaração. Mas tudo é uma questão de ponto de vista, né?

    Beijins! Fica com Deus.

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    1. Bom dia Eduardo! (pensei q eram 2 Edus rsrs pelas fotos q eram diferentes, só percebi meu erro ao ver vc seguindo o blog do meu esposo com a outra foto e outro perfil rsrs)

      Pois é, pode mesmo parecer um paradoxo, mas é assim mesmo que vejo. Óbvio que não posso dar uma certeza disto, bem como disse no começo do comentário, e disse que era apenas minha opinião, que claro, pode estar completamente equivocada, talvez por ser eu mãe muito mãezona rsrs (meu apelido vem de uma tatuagem de anja q tenho nas costas, mas aliaram a isto o meu excessivo zelo pela família e até pelos amigos), então, na boa, EU NEGARIA! Se esta fosse a única opção para manter-me viva ao lado de meus filhos, com certeza cristo seria deixado de lado rsrsrs, não posso e nem consigo mentir pra mim mesma! E como considero esta casa um excelente ponto de encontro para reflexão, exponho sem medo meus pensamentos.

      Eu estou num ponto Edu de dizer algo bem chocante, mas é exatamente uma realidade. Imagina comigo: crer é supor e supor é imaginar... então vamos além: imaginando que não "negando" estarei no 'seio de Abraão' no céu... se nada vier? e se não houver nada? como fica???

      Eis a questão...

      Infelizmente não há como ter esta certeza né? Senão seria fácil demais rsrsrs

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    2. oiiii Mariani.......

      Pois é, tudo depende do ponto de vista né?

      Estendo a resposta que dei ao Edu tb pra vc. rsrs como eu disse, se a opção for negar pra viver (viu Edu? então há uma opção), eu me apegaria a esta opção.

      Bjux Mari...

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  16. Edu e demais

    Pedro, o primeiro Papa segundo o catolicismo, negou a Cristo três vezes com medo de morrer, e ainda foi premiado com a grande missão de apascentar as ovelhas do seu Mestre.

    Já Judas, o mártir pelo avesso, hoje em figura de um boneco, está sendo malhado nas ruas do nosso país. O único a quem Cristo chamou de amigo, talvez não suportando o peso da consciência, achou que a sua vida não teria mais sentido ante a gravidade do que fizera.

    Quem poderá saber o que se passou pela cabeça de Judas antes de tirar a sua vida? Quem sabe se minutos antes do suicídio ele não tivera o seu coração tomado pelos mesmos sentimentos do seu amigo do peito? Sentira-se invadido pelas mesmas lembranças da infância, quando fazia juras eternas, prometendo ao querido amigo, que nunca O abandonaria.

    Mas Judas, o mártir ao avesso, talvez pudesse em seu íntimo está a dizer: “Viver sem Ele ao meu lado, é melhor morrer

    Um pouco de imaginação não faz mal a ninguém, portanto vamos dar asas à imaginação. Como um poeta descreveria a agonia final do grande amigo de Cristo ― Judas? Seria mais ou menos assim?:

    “No cimo da colina a ventania fria da tarde açoitava o seu corpo em frangalhos. Sua cabeça estava tomada por um vendaval de pensamentos, que traduzidos, diziam, que não haveria mais razão para ele continuar existindo, sem a companhia de seu grande amigo. O remorso advindo da gravidade do ato que cometera era tão intenso, que ele jamais poderia imaginar que Cristo o perdoaria. Dizia então no seu íntimo: “Viver sem Ele ao meu lado, é melhor morrer!”
    Deteve-se meditando por alguns instantes, para em seguida jogar-se de despenhadeiro abaixo. Por alguns segundos teve a impressão de ver cavaleiros reluzentes de prata, com uma grande rede lá embaixo apara ampará-lo na queda. Quis falar, mas não conseguiu, pois uma onda extremamente gelada partindo dos pés à cabeça, parecia querer anestesiá-lo. No último instante, com a cabeça a pender sobre um galho de bambu, lembrou-se onde estava, o que era, e porque sentia dor. Ouviu uma voz que dizia: “Não! Não és um covarde, nem desertor, nem tampouco traidor!”.

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    1. Levi, Permita--me perguntar. E se acaso a pergunta não tiver nenhum sentido, tenha total liberdade para me fazer passar vergonha... rs

      Como agem o ID, o EGO, e o SUPER-EGO da teoria freudiana na cabeça de um mártir?

      E se por acaso há de fato diferença no perfil psicológico, ou entre o que se passa na mente de um suicida e de um martiricida? Ops... Acho que não existe esta palavra... Mas acabei de criá-la. rs

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    2. Levi,

      Além é claro do conceito de que para o suicida não vale a pena viver, e de que para o mártir existe algo pelo qual vale a pena morrer!

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  17. Levi, gostei muitooo de seu comment!!!

    Principalmente a parte de pedro ter sido premiado (rsrs) Já me encho de esperanças srsrs

    Quanto a Judas... Sim! Mártir ao avesso! Mas não lhe foi imposta a mesma acusação que a Pedro, antes, ele estava era com remorso, e o remorso pode ser o mais cruel dos tormentos. Tendo por tese que céu e inferno são estados de espírito, Judas estava vivendo o "seu inferno".

    Bjux...

    graça e paz.

    Anja

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  18. Doni,

    quanto à sua pergunta "...é saber se acaso os mártires foram fundamentais na preservação da fé no cristianismo primitivo"

    Bem, eu não sei se foram fundamentais, mas eles deixaram na história o forte testemunho de que estavam convictos daquilo em que acreditavam e estavam dispostos a morrer por isso.

    Podemos discutir os desdobramentos sociais que isso causou mas estou me concentrando no ato em si.

    É que eu admiro homens e mulheres que dão a sua vida por uma causa, por que eu mesmo, não seria capaz de morrer por causa alguma.

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  19. Edu,
    Você disse: "Bem, eu não sei se foram fundamentais, mas eles deixaram na história o forte testemunho de que estavam convictos daquilo em que acreditavam e estavam dispostos a morrer por isso."

    Quanto a isso não temos dúvidas Edu, Desde os seguidores de Baal que foram mortos no Carmelo, até os islâmicos que se matam por Alá, o fazem sempre desta perspectiva...

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  20. Levi, gosto muito disso: "“Viver sem Ele ao meu lado, é melhor morrer", é uma conjectura bem interessante! Nesse caso seria um mártir tardio rs... ou avesso como vc disse.

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  21. VCs tão vendo meus comentários né?? rsrsrs

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    1. Sim Anja,

      Minhas respostas estão logo abaixo dos seus comentários.

      Eu gostava mais do sistema antigo da ordem de publicação de comentários. No modelo atual pode ser que algum passe despercebido.

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    2. Beleza então Doni... Depois da sua resposta ao meu comentário (láaaaa em cima rsrs) eu já te reeeespondi rsrsrs

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  22. Anja,

    eu também estou contigo. Entre Cristo e minha família, eu fico com minha família. Mas eu digo baseado na minha fé(ou não fé) de que mesmo que eu negasse a Cristo para preservar minha família, ele me perdoaria no juízo final(ainda que eu não creia no juízo final).

    Por isso eu acho que tem que se ter coragem para deixar tudo de lado para morrer pela fé. E é claro que quem tem fé, não duvida de que após a morte, segue-se a vida eterna no "seio de Abraão".

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    1. Edu,

      Se existe um motivo pelo qual eu daria minha vida são meus filhos e minha esposa. No demais, não existem ideais ou causas por mais nobres que sejam, que possam valer mais do que a vida.

      No meu ponto de vista não existe um Deus que exija tal coisa!!! Mesmo porquê se ele é Deus não necessita disso!

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    2. Edu..... quaseeee rsrs

      Mas tenho que concordar num ponto contigo: "Quem tem fé (ainda maus me lembrando aqui daquele verso do livro... como é mesmo o nome?? rsrs) "Porque pela Graça sois salvos por meio da FÉ, e isto (esta fé) não vem de vós, é dom de Deus" Ef 2:8

      Então quem tem tal fé, (partindo da máxima que deus lhe deu esta fé tão grande), só pode ter certeza que estará no seio de Abraão e sua esposa e filhos estarão muito bem, pois Deus jamais lhes abandonaria. Poxa! Que deus hein! Lendo um outro texto de Altamirando Macedo no blog pensadores fora da gaiola que vcs todos tb participam (afinal qnts blogs vcs tem hein?? rsrs), não vi este deus tão fiel e galardoador, o que tb tenho presenciado acontecer (não com tanta ênfase qnt naquele texto) com alguams pessoas ao meu redor.

      Nego mermo!! rsrs imagina: vai q não nego, chego no céu e ouço - Mas o que vc fez? e seus filhos? como fica? aff agora mais uma preocupação pra mim!

      eu diria: - Mas eu não o neguei! Não foi isto que pedistes? E ele me diria: - Não! Pedro me negou 3 vezes poxa! Eu só queria que vivesse a vida, pois eu sacrifiquei a minha pra que vc vivesse a sua!!!! (rsrsrs) só pra descontrair viu galera

      Mas lendo o comment do Doni, tornei a mim novamente rsrs Doni, tô contigo.

      Abraços Doni e Edu

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  23. Doni,

    eu não faço diferenciação entre os profetas de Baal, entre os atuais radicais islãmicos e aos atuais cristão que estão sendo mortos em países mulçumanos intolerantes(ainda que um bando de ateus militantes digam neguem que isso esteja acontecendo hoje); toda pessoa que morre pela sua fé(seja ela qual for), é uma pessoa de coragem e de convicções inabaláveis.

    Já que falei nos ateus, será que eles morreriam pelo seu ateísmo...?

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  24. ops... não é ainda "maus" e sim ainda "MAIS" ok? escrevo direto e as vezes passa algum erro rsrs

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  25. rsrsrs Na boa, seu questionamento aos ateus é ilógico, pq se o cara não "crê, supõe ou imagina" em/um deus, logo, ele não tem nada que negar ou que afirmar!

    Sendo eu pressionada, negaria a Cristo, logo um ateu creria em Cristo pra preservar sua vida.

    PURAMENTE PELO INSTINTO DE CONSERVAÇÃO DA VIDA!

    EU QUERO É VIVER!!! rsrs

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    1. Anja,

      eu mandei uma provocação a algum ateu que por ventura aparecer aqui...rssss

      O cenário é o seguinte: um país teocrático radical fundamentalista onde é proibido ser ateu. Aí o corajoso diz abertamente que é ateu e que morreria afirmando isso...foi isso que eu imaginei...rs

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    2. kkkk e vc acha que eu não sei ou não saquei o teor da provocação?? rsrsrs mas confesso que quase me enquadro, pois hoje sou semi-ateia, e completamente herege-desigrejada rsrsrsrsrs

      mas ainda assim insisto: a mesma coragem que eu teria de negar o jesus, o ateu teria em crer em Jesus, pelo menos na frentes de seus algozes, vc sabe que se tivesse que responder uma questionário sobre deus, crenças, fé e jesus, os ateus todos permaneceriam vivos, mas muito "crente" ia pra forca rsrsrsrs

      Bjux Edu

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  26. Doni, " Mas o sangue é a pior testemunha da verdade; sangue envenena ainda mais o puro ensinamento, em delírio e ódio dos corações. E se alguém passou através do fogo por seu ensinamento – o que prova isso! Mais vale, em verdade, que de seu próprio incêndio saia sua própria doutrina.”

    Que sabem Nietzsche, Zaratustra e seja lá quem, sobre amor, fé e convicções irrefutáveis, através de experiências próprias?

    Por acaso eles ignoram que o fogo saiu não só da doutrina de mártires, mas como da sua própria alma que cedeu a carne a indiferença de ser martirizada, por bárbaros que não sabiam respeitar a liberdade que deve ter o outro de defender e viver as suas próprias convicções?

    Digo com toda convicção, teria nojo e vergonha de mim, se em face de uma morte imposta por algozes ignorantes, inescrupulosos, eu viesse negar a minha fé em Jesus Cristo o Filho do Deus Vivo.

    Não podemos comparar a morte de um Estevão com a loucura de uma pessoa que se oferece para se explodir por não respeitar o direito de outros a vivenciar a fé que tenha escolhido.

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  27. Guiomar, deixa perguntar:

    Esta seria sua decisão mesmo que custasse a vida de seus filhos? Deus precisa disto? Que deus é este?

    se sua resposta for sim, de fato não há diferença entre um homem bomba e um mártir cristão!

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    1. Anja, Deus jamais pediria o martírio de quem quer que seja.

      A grande diferença entre o homem bomba e o mártir cristão é que o homem bomba se oferece voluntariamente para morrer e matar, seja qual for a causa, religiosa ou política. Enquanto que o cristão, a morte lhe é imposta por loucos fanáticos que não querem a devida liberdade de credo para todos os cidadãos.

      Jamais eu negaria a minha fé para alimentar a sede de sangue de monstros. Quanto aos meus filhos, eles têm as suas próprias convicções e conhecem as minhas e respeitam.

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    4. Se Deus jamais pediria o martírio de alguém, não vejo motivos então para não negar. E vc negando, não estaria alimentando a sede de sangue dos "fanáticos da outra banda". vc só alimentaria esta sede "NÃO" negando, aí sim, eles saciariam a SEDE que tem de SANGUE.

      Quanto a seus filhos, a pergunta foi pensando ser eles pequenos (rsrs) não os imaginei como maiores de idade e plenamente independentes, mesmo pq eu tenho 2 sendo um de 11 e outro de 8 anos.

      E crianças não tem convicções a não ser as convicções que nós mesmos lhes impomos.

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    5. Anja, se eu não nego, se milhares não negam, a inquisição um dia tem que parar, melhor dizendo, eles teriam que sufocar a sua sede de sangue de mártires.

      Quando meu filho que hoje tem 18 anos, tinha quatro, ele me deixou de boca "abrida", rsrs quando me disse: mainha, se houvesse uma perseguição aos cristãos e eu tivesse que negar Jesus, ainda que me torturassem eu não o faria, porque a dor seria por pouco tempo e logo eu estaria com Jesus no céu.

      Ele tem uma mente brilhante e as convicções dele hoje, são inabaláveis, porque ele questiona muitooooooooo.

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    6. Pois é Guiomar, mas me parece um tanto contraditório apenas algo:

      Já que Deus não pede/exige ou pediu e exigiu que cristãos (ou como diz um amigo meu no face "cristões" rsrs) não o negassem, se entregando ao martírio, porque então houve tanto sangue derramado? (uma vez que deus não exige, o que impediria cristãos de o negarem?)? De onde veio a certeza "absoluta" que não se poderia ou pelo menos não seria aconselhável negar a Cristo? Por medo de "perder a salvação"? Porque Pedro na hora do aperto no negou e mesmo assim foi recompensado? O sangue dos mártires foi mesmo "essencial" para que se estabelece o cristianismo como "sendo a religião universal" do mundo? Este sangue foi mesmo a semente do cristianismo? ou será que este sangue apenas semeou o cristian-ismo [sic]???E onde entra o Sangue de Cristo nesta história? Bom, se é pra questionar muitoooooo (rsrs) eis alguns questionamentos que penso que devem ser lavados em consideração.

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    7. Mais uma vez Guiomar eu afirmo que uma criança só tem convicções que nós mesmos lhes impomos. Estou certa disto.

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    8. "Por que houve tanto sangue derramado?" Lembra de Estevão? Ele se entregou como mártir? Lembra da inquisição? Seria que negar ou não negar, faria diferença? A sede de sanguinários tem alguma clemência ou pede uma causa "justa"?

      Para a história de Pedro, eu tenho outra versão bíblica.

      Mas ele (Jesus) disse: Digo-te, Pedro, que não cantará hoje o galo antes que três vezes negues que me conheces. (Lucas 22:34)

      Pedro não creu que Jesus tinha razão, ele não conhecia a sua própria debilidade e apostou no seu amor incondicional pelo grande Mestre.

      No entanto, Jesus conhecia o homem, perfeitamente.

      "E, virando-se o Senhor, olhou para Pedro," e Pedro lembrou-se da palavra do Senhor, como lhe havia dito: Antes que o galo cante hoje, me negarás três vezes.
      E, saindo Pedro para fora, CHOROU AMARGAMENTE. (Lucas 22:61-63)

      Tenho para mim que Deus não RECOMPENSA injustiça, covardia, embora ame incondicionalmente o transgressor.

      Foi exatamente o arrependimento de Pedro que trouxe a tona quem era realmente aquele pescador.
      Pedro, poderia te responder com total propriedade, porque ele escolheu não negar nunca mais o seu Mestre. E porque amou tanto o seu Reino, a ponto de preferir ser crucificado de cabeça para baixo, por não se achar DIGNO de morrer como Jesus, conforme reza a história.

      "E onde entra o sangue de Cristo?"

      O sangue de Jesus impediria fanáticos ou políticos tresloucados de praticarem tantas barbáries, se eles acreditassem que o pacto do calvário, pode transformar suas vidas.
      Jesus não impõe o seu sangue, Ele oferece.

      Faço diferença entre o que é "ensinar" a uma criança um caminho e IMPOR este caminho.
      Embora na sua grande maioria a criança recebe com fé os ensinamentos do adulto, ela desenha também a sua própria interpretação. E a criança sempre tem medo da morte. Esta foi a razão porque me assustei quando meu filho me afirmou com tanta segurança que estava disposto a morrer, se lhe "impusessem negar Jesus." O fato é que Ele conhece Jesus, o suficiente para acreditar que valeria a pena.

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    9. Gui vc diz: "Seria[sic] que negar ou não negar, faria diferença"...
      CLARO! era só negar que ficava vivo uai!

      vc me pergunta se lembro da inquisição, sim eu me lembro, e ali sim eu vejo "mártires" pois eram declarados hereges e a santa e amada e tolerante igreja os matava! foi assim com Servet e seu grande amigos Calvino assistia sorrindo ele ser queimado com lenha verde (ps.: foi Calvino qm o entregou).

      Guiomar, pra ficar de "boua" contigo, vou FORÇADAMENTE concordar com o que vc diz sobre deus, jesus, diabo e igreja!!! Já fui assim tb como vc querida, e sei muito bem o mundo que vc vive. Então sabendo, eu não posso e nem tenho o direito de exigir de vc nada diferente. Já tive esta mesma versão "sua" para o episódio de pedro, já tive várias outras, mas vejo que é inútil continuarmos, pois vc faz uma leitura literal da bíblia e do deus da igreja e pra mim este deus morreu, não é capaz de me salvar de nada e nem merece "martírio" louvor ou seja lá o que for.Então sua versão para "justificar" a negação de Pedro, pra mim não faz sentido, simples assim. se vc quiser leia este meu artigo aqui "eu sou uma preterida" http://omundodaanja.blogspot.com.br/2012/02/eu-sou-uma-preterida-by-anjaarcanja_16.html

      hummm rsrs desculpa a risadinha rsrs mas então se ensinarmos uma criança, aos 4 anos de idade eles podem escolher nossos presidentes, e até ser responsáveis por seus atos e responder JUDICIALMENTE pelos mesmos né? ME POUPE NÉ? falar q uma criança de 4 anos tem suas próprias escolhas no quesito fé é querer zombar de minha inteligencia. escolher um brinquedo etc é diferente de escolher morrer! REPITO FOI IMPOSTO E ELE NÃO SABIA DO QUE FALAVA!!!

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    10. Anja, eu creio que com uma pesquisadinha, você vai perceber que no tempo da inquisição, foi a que me referi, negar ou não negar, não fazia diferença entre viver e morrer, fazia diferença apenas a que tipo de morte o réu seria condenado. (A não ser que haja outra versão da história, que eu não conheço ainda.

      Hoje, negar seria assumir e viver uma identidade falsa.

      "Guiomar, pra ficar de boa contigo..."

      Minha amiga, jamais as nossas diferenças vão interferir em nosso relacionamento, para mim as idéias antagônicas revelam quem são as pessoas.

      Eu não sou literal em toda a interpretação da bíblia, os meus confrades mais antigos sabem disto. Por outro lado, você ainda não sabe qual a minha visão sobre Deus e muito menos sobre meu relacionamento com igreja. Para te informar, eu não sou membro de nenhuma, mas não tenho problemas em entender e amar os que são. Visito sempre uma presbiteriana, independente das minhas convicções, porque gosto, sinto-me bem com os amigos e sei que posso ser útil a muitos.

      Quanto a criança, você extrapolou, em nenhuma frase eu afirmei que a criança tem "suas própria escolhas."

      "Embora na sua grande maioria a criança recebe com fé os ensinamentos do adulto, ela desenha também a sua própria interpretação. E a criança sempre tem medo da morte. Esta foi a razão porque me assustei quando meu filho me afirmou com tanta segurança que estava disposto a morrer, se lhe "impusessem negar Jesus." O fato é que Ele conhece Jesus, o suficiente para acreditar que valeria a pena."

      O conhecimento que lhe é revelado de Jesus, não lhe trazem conhecimentos de mundo, aliás é bem menos complicado conhecer a Jesus, que sempre foi claro e simples ao transmitir seus ensinamentos.

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    11. Pesquisadinha??? aff nem morta!!! rsrsrs Como vc já deve ter percebido, sou meio ateia, este papo de inquisição, cristian-ismo[sic] religião pra mim já deu o que tinha que dar Gui rsrsr Nem tenho escrito nada sobre estes temas, o que salva meu blog são meus colaboradores rsrsrs. Estou com um blog novo, mas o escopo é outro bem diferente, são poemas e contos eróticos e sensuais; claro que se for convidada pra ser redatora aqui, como disse, vou me desdobrar pra trazer algo novo, mas... aqui! e claro que meu blog será contemplado tb né? rsrs. Tenho me prendido a estudar um pouco mais, mas, a experiencia que tenho fala muito mais alto! Então, ter perdido tanto tempo estudando teologia ironicamente me serviu apenas pra abrir meus olhos quanto ao engodo impregnado no seio da igreja, nos púlpitos e na vida de muitos que nunca alcançarão o pleno conhecimento da verdade. (a Verdade liberta e nunca aprisiona)

      Sim, não sei mesmo "sua visão" mas ao que percebi nos comentários, está muito parecido com algo que conheço muito bem pra saber que não quero mais pra mim (mas como disse, posso estar enganada).

      Como assim não afirmou? Você disse que seu filho aos 4 anos já preferia morrer do que negar a cristo, quer maior convicção de escolha que isto? Eu afirmo que aos 4 anos uma criança desconhece o que é morte.

      Sobre JC eu concordo, não é complicado emsmo, mas quem complica somos nós, ou eles rsrsrsrs

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    12. rsrsrs sobre ficar de "boua" estava me referindo ao debate, e não ao nosso relacionamento, queria mesmo era parar de debater, não por falta de argumentação (vc já percebeu que não né?) mas pq já cansei... passou rsrs já são mais de 150 comments e não passamos disto, ou seja, não irei convece-la e nem vc a mim rsrs foi só isto.

      Estou impedida pelo face de add novos amigos depois vc me add lá ok?

      Bjux

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  28. Só lembrando, um homem bomba não se explode por não respeitar a fé dos outros mas sim, luta por um ideal, mas em nada tem a ver com crença alheia. É assim que vejo.

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    1. tu tá defendendo muito homem-bomba...cruz-credo....BUUUUUUUMMMMMMMMM....KKKKKAKAKAKAKKKA

      é só pra relaxar...

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    2. A religião também pode ser um fator.

      "As evidências do banco de dados desacreditam largamente o senso comum de que a personalidade e a religião dos homens-bomba são as principais causas. Também mostram que, apesar da religião ter um papel vital no recrutamento e na motivação de futuros homens-bomba, a força motriz por trás de tudo não é a religião, mas sim uma mistura de diferentes motivações, incluindo as de natureza política, a humilhação, a vingança, a retaliação e o altruísmo. A configuração dessas motivações está relacionada às circunstâncias específicas dos conflitos políticos que estão por trás do aumento dos atentados suicidas em diversos países."

      http://www.correiointernacional.com/archives/1470

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    3. Achei muito interessante esta entrevista:
      http://www.beth-shalom.com.br/artigos/homens_bomba.html

      "– Não a morte como um fim, mas como uma passagem para o “além-vida”. Eles buscam a recompensa que Alá lhes prometeu. Eles trabalham para Alá, a autoridade máxima, acima de toda e qualquer lei dos homens. Assim, eles experimentam esse momento único e ilusório de poder absoluto, em que nada de mau pode atingi-los pois eles se tornaram a espada de Alá."

      Edu num vai se oferecer pelas 72, viu? kkkkkkkkkkkkk

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    4. – Que tipo de percepção íntima você adquiriu a partir do filme? O que você sabe agora que outros especialistas não sabem?

      – Eu cheguei à conclusão de que estamos vivendo uma neurose ao nível de uma civilização inteira... Nesse caso, estamos falando de crianças e jovens que vivem suas vidas em pura frustração... Como o Islã descreve o céu como um lugar onde tudo será finalmente permitido – e promete 72 virgens a esses garotos frustrados – matar outras pessoas e matar a si mesmos para alcançar a redenção torna-se a única solução.

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    5. kkkkkk Edu eu to uai rsrsrsrs bummmmmmm kabum rsrsrs

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  29. Doni, "No meu ponto de vista não existe um Deus que exija tal coisa!!! Mesmo porquê se ele é Deus não necessita disso!"

    Doni, Com certeza, Deus jamais exigiria isto, mas no caso do Yousef Nadarkhani, ele não está sendo pedido como libação por Deus e sim como vingança louca de um grupo de fanáticos, que gostariam de poder tanger o gado a sua maneira brutal.

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    1. No caso específico do Yousef Nadarkhani, fico aqui me perguntando se a morte dele traria algum benefício pra seus filhos e esposa, ou mesmo ainda libertaria, ou melhor, serviria como sendo base para a conversão de "todo" ou pelo menos parte do Irã

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    2. Que proveito taria para seus filhos e esposa e até para os liderados por ele e para tantos outros que sabem da história dele, se ele negasse a fé que tanto defendeu?

      "Se o grão de trigo caindo na terra não morrer, fica ele só, mas se morrer, dará muitos frutos." Foi assim com Jesus.

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    3. rsrsrs valendo-me de sua resposta já penso aqui comigo, OLHA SÓ COMO ESTÁ PRESENTE AÍ A PREOCUPAÇÃO COM O QUE OS "OUTROS" IRAM PENSAR e já me pergunto se esta não foi a motivação para que não negasse: "Que proveito taria para seus filhos e esposa e até para os liderados por ele e para tantos outros que sabem da história dele, se ele negasse a fé que tanto defendeu?" (???)

      Na outra citação vc diz: "Se o grão de trigo caindo na terra não morrer, fica ele só, mas se morrer, dará muitos frutos." Foi assim com Jesus.

      Então em sua convicção devemos morrer pra dar frutos??? Ora, gerei frutos em meu ventre e por eles eu morro! O sacrifício de cristo gerou vida em mim, não preciso perder a minha por cristo.

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    4. Anja, sua leitura não corresponde ao que estou dizendo, eu falei PROVEITO, e não PENSAR...

      Quando Jesus falou sobre o grão... Ele não se referia a frutos visíveis, Ele dizia daquilo que frutifica para o espírito. De atitudes que produzem e fortalecem para uma vida abundante, que testemunha do Reino de Deus em nós.

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    5. Fiz nenhuma leitura errada não Gui, é vc qm se recusa a ler o que vc mesmo escreve!!! QND EU DISSE QUE ENTÃO PELA PREOCUPAÇÃO COM O QUE OS OUTROS IRIAM PENSAR ou como vc prefere dizer: TIRAR PROVEITO OU APROVEITAR ou qualuqer outra palavara que vc queira usar, ele resolve morrer?

      Então não está preocupado com o seu deus e sim com os outros né? é isto???

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    6. Você disse: "No caso específico do Yousef Nadarkhani, fico aqui me perguntando se a morte dele traria algum benefício pra seus filhos e esposa, ou mesmo ainda libertaria, ou melhor, serviria como sendo base para a conversão de "todo" ou pelo menos parte do Irã"

      Eu penso que benefício tem como um dos sinônimos, PROVEITO.
      Da mesma forma, servir de base para a conversão... Não seria pensar nos outros? Portanto, se ele negasse a fé que professou e defendeu, provavelmente, ele iria deixar os seus discípulos e família em profunda dúvida, principalmente se alguém ainda não tivesse uma base sólida sobre a sua fé.

      Na verdade ele não deveria está preocupado com o seu Deus, porque Ele jamais pediria a ele tal sacrifício.
      Eu não posso julgar o que pesou mais alto na decisão dele, se as suas conviccões, porque negá-las seria viver uma falsa identidade, se puro amor por Jesus ou o testemunho público. De uma coisa eu tenho certeza, que o apóstolo Paulo, Pedro, Tiago e outros mártires, acreditaram que não negar Jesus, tinha um valor inestimável. O coração do Yousef Nadarkhani tem razões que a própria razão desconhece. rsrs

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    7. Claro, Gui, "razões que a própria razão desconhece" (vc foi perfeita aqui),mas como eu disse no meu 1° comment láááááá no alto, expus minha opinião cética e racional, só há duas razões pra isto:

      COVARDIA OU ESPERANÇA DE SE "ENCONTRAR" COM JESUS NA GLÓRIA E VIVER EM PLENO GOZO ETERNAMENTE!!!

      A razão DE FATO desconhece mesmo tal atitude ou GESTO DE AMOR AO FILHOS E A ESPOSA!!!!!

      Esperemos pra ver se o Irã se converte né?

      Desculpa se pareço ser muito dura ou crítica, mas sou assim mesmo, aprendi levando muito tapa que minhas convicções sobre tudo podem ser um ledo engano.

      Arcanja

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    8. Bom, você abriu espaço para que lhe diga que, quando você diz: "aprendi levando muito tapa que minhas convicções sobre tudo podem ser um ledo engano." Não é exatamente isto que você transmite.
      Quanto a mim, faço questão de te dizer, acho que você já percebeu, que hoje eu acredito piamente no que defendo e sei que amanhã terei nova visão de muitas coisas, mas continuarei a crer no céu e em Jesus, como creio hoje e com uma visão mais ampla sobre o Reino de Deus na terra e sobre a eternidade.
      Abraço.

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    9. Gui vc diz: "Não é exatamente isto que você transmite."

      Sim claro, pois eu falava de minhas convicções sobre cristian-ismo, religião, doutrinas, teologia, igrejas, pastores, membresia, excluir e incluir, deus e deuses, etc... ENTENDEU??? rsrss

      Quanto as outras convicções, prossigo firme (as outras que me refiro postei 0,01% nos comentários aqui neste artigo viu?), até que me provem estar errada, enganada, perdida etc rsrsrs mas acho meio difícil... "Sempre é difícil voltar a ser cego qnd se encontra a Luz"

      Não creio em céu (como um lugar ) e muito menos inferno, e tenho uma visão muito ampla sobre JC e Deus!

      Bjux amiga...

      Anja

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    10. Você deu uma boa driblada... mas acho que perdeu a bola rsrs

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    11. rsrsrs driblei não nem perdi a bola... é assim mesmo, não dá pra voltar a escuridão depois de alcançar a luz muito menos crer em céu e inferno rsrsr

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  30. "O medo tem alguma utilidade, mas a covardia não."

    "Estou firmemente convencido que só se perde a liberdade por culpa da própria fraqueza."

    Mahatma Gandhi

    A liberdade para o cristão é Cristo e Cristo é a eternidade.

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  31. Analisando "Mahatma Gandhi" me pergunto se de fato há liberdade, ou seria apenas fanatismo travestido de fé?

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    1. Eu prefiro experienciar, comigo sempre foi assim, nunca aceitei o evangelho apenas pregado. Portanto, minhas convicções são inabaláveis.

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    2. Uai Gui, mas vc mesmo quem citou Gandhi, por isto eu quis analisar o que "Gandhi" disse e vc reverberou aqui.

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    3. Gandhi, não vivia uma experiência? Ele falava daquilo que era verdade para ele, por isto o citei.

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    4. Guiomar, penso que vc não entendeu o que eu quis dizer qnd citei o nome de "Gandhi" entre "aspas" na realidade, não era a Gandhi que eu fazia referencia rsrsrs

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    5. A resposta é a mesma, ou só os ícones merecem crédito? rsrs

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    6. Desculpa, mas deixa eu esmiuçar mais minha resposta, qnd propus fazer uma análise de "Gandhi", como vc citou-o, penso que assina em baixo tal citação (e agora sendo mais direta possível, fazendo referencia ao que vc disse sobre convicções "inabaláveis"), digo:

      Convicções inabaláveis e que não estão sujeitas a uma sombra de mudança, ou variação, pra mim é fundamental-ismo e fanat-ismo.

      Seja em que religião for, islam-ismo, espirit-ismo, cristian-ismo (fazendo uso redundante do sufixo ismo)

      Penso que agora devo ter sido bem clara!

      Bjux

      Arcanja

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    7. Depende de como e em que se embasam estas convicções. Eu falei sobre aquilo que "eu experiencio" e não sobre aquilo que eu pesquiso e chego a conclusões.

      Beijo

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    8. Então falamos do mesmo, embora tenhamos alcançado convicções diferentes.

      Bjuxxxxxxx

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    9. Então falamos do mesmo, embora tenhamos alcançado convicções diferentes. Mas eu, sempre revejo as minhas, este é o motivo de estar aqui, aprender, rever, revisar etc rsrs por isto resolvi abrir o meu blog para terceiros, pra ter uma visão um pouco diferente sobre as coisas e poder avaliar tudo, sempre...

      Bjuxxxxx

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  32. Gostaria que vocês se debruçassem sobre o sentimento de vingança na mente do ex-discípulo de Cristo, João, quando solitário e exilado na ilha de Patmos, refletia sobre o martírio dos seus amigos:


    “E clamavam com grande voz dizendo: “Até quando, ó verdadeiro e santo Dominador, não julgas e VINGAS o nosso sangue (sangue dos mártires) dos que habitam sobre a terra” (Apoc. 6, 10)

    Maria Rita Kehl, renomada psicanalista da PUC, que tive oportunidade de conhecer em um Congresso de psicanálise aqui em J. Pessoa – Pb, falando sobre o “RESSENTIMENTO” ― livro lançado em 2004, aborda o sentimento de VINGANÇA segundo Nietzsche. Ela apropria-se do trecho joanino acima retratado em um versículo, no sentido de evidenciar que na visão do apóstolo do “amor” existe um desejo de vingança futura (que também é uma espécie de gozo), após a morte.
    Diz ela: “a amarga condenação moral é a moralidade de sadismo que o masoquista se permite dirigir contra o mundo externo — Uma modalidade disfarçada e justificada em nome de “altos ideais” propagados por este que se considera moralmente superior a todos os que o rodeiam, mas não consegue evitar de ser prejudicado por sua nobre escolha. A partir dessa imposição produz-se a moralidade, que por sua vez autoriza o SUPEREGO a exigir cada vez mais renúncias.
    Percebemos a agressividade renunciada pelo candidato à mártir, retornando à psique, sob a forma de um ressentimento, sob a forma de uma acusação moral contra os outros —, esses que se permitem gozar de prazeres que o masoquista não se permite.
    — diz que “a amarga condenação moral é a moralidade de sadismo que o masoquista se permite dirigir contra o mundo externo.
    [Ressentimento ― página 62]

    O “até quando não vingarás os mártires” de João no apocalipse― fez me lembrar, agora, de um trecho emblemático da letra de “Vingança”, música de Lupicínio Rodrigues:



    Mas enquanto houver força em meu peito
    Eu não quero mais nada
    Só vingança, vingança, vingança
    Aos santos clamar,

    Você há de rolar como as pedras
    Que rolam na estrada
    Sem ter nunca um cantinho de seu
    Pra poder descansar

    Mas enquanto houver força em meu peito
    Eu não quero mais nada
    Só vingança, vingança, vingança
    Aos santos clamar,

    Você há de rolar como as pedras
    Que rolam na estrada
    Sem ter nunca um cantinho de seu
    Pra poder descansar


    O INFERNO de Dante é uma obra épica que magistralmente aborda, de forma bem alegórica, essa questão do gozo dos injustiçados na vida. Dante, retrata um seu desafeto que havia sido vitorioso no terreno da política. Dante demonstra gozo ao ver o seu inimigo mergulhado no lodo infernal —, o gozo que o faz se deleitar com a maldição do outro que lhe fez mal.

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    1. O SUPEREGO a que Maria Rita Kehl se refere pode ser substituído pelas figuras de Javé, Thor, Alá, Buda, etc, do inconsciente coletivo religioso.

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    2. Levi, creio que há uma diferença, ainda que PAREÇA tênue, entre justiça e vingança.
      Lembro do pai de uma criança assassinada, que impressionou o mundo com o seu discurso: "Não tenho ódio, nem quero vingança, mas quero justiça, o criminoso deve pagar pelos seus atos para que não se banalize para ele o crime". (Mais ou menos isto ele falou) Depois se propôs a passar horas em um presídio, ensinando aos presos cultivar flores.

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    3. GUIOMAR

      A melhor vingança nem sempre consiste em produzir sofrimento naquele que nos ofendeu. Ela está camuflada quando exibimos diante do nosso agressor, um bem conquistado, ou um sucesso alcançado. Reflita sobre isso.

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    4. Levi, porque tendemos a vê as atitudes das pessoas de forma maldosa? O que você falou é um fato, eu mesma já me dei este prazer, no entanto, ainda há muita gente linda neste mundo. rsrs

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  33. Caramba!

    A Anja botou fogo no debate! (rsrsrs)

    Refleti sobre coisas que podem acrescentar a esta discussão através de um artigo em meu blogue, inspirado no que li a respeito da obra O Silêncio do romancista cristão Shusaku Endo através de um livro de Philip Yancey:

    "O amor que triunfa sobre a apostasia"
    http://doutorrodrigoluz.blogspot.com.br/2012/04/o-amor-que-triunfa-sobre-apostasia.html

    Vou ver se consigo acompanhar esta discussão aqui.

    Abraços.

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  34. Gui e Anja

    Gui, quanto ao que você disse eu tenho que discordar:

    "Que proveito taria para seus filhos e esposa e até para os liderados por ele e para tantos outros que sabem da história dele, se ele negasse a fé que tanto defendeu?"

    Eu acredito nas boas motivações do pastor iraniano em morrer pela sua nova fé, mas se ele desistisse, ele não seria menor, nem um covarde, seria humano. Ele estaria colocando na balança a segurança da sua família e a compaixão sem medida que Jesus lhe tem e que não o condenaria pela sua desistência.

    Mas um coisa tenho por certa: o homem-bomba islãmico morre por Alah e o mártir cristão(apesar da diferença dos sacrifícios) morre por Jesus. Um para ganhar o paraíso com virgens e o outro, para ganhar o céu ao lado de Jesus.

    Mas insisto na coragem de ambos. Morrem por aquilo que acreditam, independentemente das origens da sua motivação.

    Mas que fique claro que eu não admiro o ato de se explodir e matar pessoas, mas que é um ato de coragem, é.

    Gui, uma criança com 5 anos que diz o que seu filho disse, com toda certeza, disse a partir do que aprendeu em sua educação religiosa em casa.

    Quando eu era um jovenzinho empolgado com o evangelho, também pensava em um dia sofrer pelo amor de Cristo.

    Mas hoje eu não morreria por causa alguma, mas admiro quem morre pelas causas justas. Somente consigo achar em mim coragem para morrer pelo filho.

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    1. Edu, não podemos esquecer que além de negar a sua fé, o pressionado a fazê-lo, teria que PROVAR a sua negação com atos. Ele teria que viver a fé que lhe fosse imposta. Todos os olhos malignos estariam observando-o para certificar-se de que realmente ele negou. Seria uma auto-agressão viver fingindo.

      Edu, tenho certeza que nunca falei com meus filhos sobre martírio. Ele deve ter ouvido sobre o assunto, claro, mas achei incrível o raciocinio dele.

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    2. Este comentário foi removido pelo autor.

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    3. Edu e Gui, vou contar uma historinha legal aqui:

      Uma mãe não tendo onde deixar o filho, levou-o consigo ao salão de beleza. Mas lá chegando o menino (como toda criança sadia) mexia em tudo, corria, pulava, gritava etc... a mãe a todo momento mandava ele sentar, mas ele nada! Uma hora ela já sem saber o que fazer, pede que a cabeleireira pare de mexer em seu cabelo por um minuto, levanta-se e coloca o menino sentado de castigo numa cadeira próxima a ela.

      Então o menino ficou quieto, mas ele olhava pra sua mãe e sua mente gritava:

      ESTOU SENTADO DE CASTIGO, MAS POR DENTRO ESTOU DE PÉ E CORRENDO!

      Pensem nisto...

      Anja

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    4. Viver um momento de castigo é extremamente diferente de se viver uma vida fingindo ser, o que não se é por dentro.

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    5. rsrsr mas mesmo assim vai estar vivo!!! Junto da família, bebendo, comendo, fazendo sexo com a esposa etc... rsrsrs

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  35. A verdade é que justiça e vingança andam de mãos dadas...quem busca justiça, no fundo no fundo, sente-se vingado, ainda que não queria admtir. Ora, se a Bíblia mesmo diz que a vingança pertence a Deus...(em que pese a linguagem metafórica mas que é entendida literalmente pela maioria dos cristãos conservadores)

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    1. Quando a verdade pertence a outro, podemos julgar como queiramos. Eu considero que a justiça está bem acima da vingança.

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  36. ANJINHA MARVADA, VC VEIO PRA ACENDER A FOGUEIRA DE VEZ!!! hehehe

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    1. kkk to na área kilin!!! rsrs mas de 'boua' confesso que no recanto dos hereges desigrejados me surpreendi com os "igrejados" rsrsrsrs

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    2. Supreenda-se, Anja, pois aqui se reúne a nata do pensamento herético, meio-herético ou não herético da blogosfera...e todos convivem em paz como diz o texto profético de Isaías: "O leão(Kilim, Doni, Levi, Rodrigo) habitará com o cordeiro(Edu, Mari e Gui) kkkkkkkkk....se você vier fazer parte de redatores você irá para qual parte, dos leões ou dos cordeiros?????

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    3. Edu, já estou ansiosa pra fazer parte dos redatores, e como já não bastasse oa leões serem em número maior que os cordeiros, ganhariam uma aliada de peso, UMA ANJA-LILITH kkk e viva os leões!!! rsrsrs

      Bjux

      Anja

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    4. rsrsrs nem tão ansiosa, pois mal to tendo tempo, mas claro que me desdobraria (acaso pode-se postar textos antigos? rsrsrs)

      Bjuxxxxxxxxx

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    5. Anja, textos antigos sempre são bem-vindos para serem de novo debatidos ou resignificados!!

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    6. O leão(Kilim, Doni, Levi, Rodrigo) habitará com o cordeiro(Edu, Mari e Gui)??????????

      Aí vc chutou meus... deixa pra lá seu LOBASSO arquitetônico desse ANTRO HERÉTICO!!! rsrsrs

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  37. Gui,

    Galileu Galilei nos dá uma amostra de como sair ileso diante dos inquisidores. rsrs. Dizem que, enquanto ele desmentia sobre a Terra se mover em torno do Sol, teria resmungado “mas que ela se move, se move”.

    Jesus entenderia sua dissimulação numa situação de perigo real e imediato! Não seria uma questão de covardia, mas de humanidade, do extinto de sobrevivência típico de todos os mortais.

    Talvez a dificuldade maior seria lidar com a síndrome de Judas. De acreditar que sua fé morreu ao lado da negação.

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    1. Doni, eu já repeti em vários comentários que um mártir não nega Jesus, por medo de castigo divino. Abraão e Isaque mentiram por medo de perderem as suas próprias vidas e Deus ainda veio em socorro deles. A questão é muito maior. "O invisível só se vê com os olhos da alma."

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  38. Só houve martírio de cristãos pq haviam fanáticos d'uma e outra extremidade, fanáticos de uma e de outra banda, e ainda existem! Ficou provado isto né?

    Mas o principal ainda não conseguimos abordar, foi a semente do cristianismo de fato? Ou apenas do cristian-ismo[sic]??? Eu tenho opinião que o martírio semeou, regou, cresceu, aflorou (ou floresceu?) e frutificou (e muitoooooooo) apenas o cristian-ismo[sic]

    Anja

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  39. Eu penso que segundo reza a nossa própria história, a nossa tendência é nos unirmos no momento da dor. Do ponto de vista bíblico, a perseguição acendia uma chama maior, uma força corajosa nos discípulos de Jesus. As igrejas que são perseguidas hoje, nos contam uma história de unidade e RISCOS para propagação da fé.

    Eu penso que a POMPA tapava os ouvidos do papa para o monge que "TENTAVa" ser LÚGUBRE KKKKKKKKKKK recitando a famosa frase: "Pater sancte, sic transit gloria mundi."

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    1. Gui, você está certa, a dor une as pessoas e ser perseguido por causa de Cristo era motivo de alegria para os primeiros apóstolos, segundo o NT

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  40. Anja,

    dificilmente será admito conversões ao cristianismo no Irã de Armadinejad. Aquilo alí(antiga pérsia) é um Estado teocrático, ditatorial, de pensamento único, que não respeita as diferenças e ainda tem por sonho destruir o Estado de Israel. As futuras conversões, se vierem a público, serão tratadas com a morte.

    Tirando o povo e a cultura do Irã, que são muito ricos, eu jogaria uma bomba da cabeça daquele maluco...(falou agora o meu "Eu militar"...rssss)

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    1. Aliás, jogar umas bombas no Irã é o que os EUA, Alguns europeus e Israel mais querem. É a política do "é melhor prevenir do que remediar"; uma política arriscada, claro, que muitas vezes é usada por motivo escusos como foi com a guerra do Iraque.

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    2. kkkkkkkkkkkkk falou tudo!!! rsrsrs mas vc disse o "EU MILITAR" vc é militar???

      Meu esposo também é!!!

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    3. Gui, estarias disposta à fazer missões no Irã de Armadinejad???

      Brincadeira... eu sei que você iria!!!

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    4. A confrade Guiomar, imitando o apóstolo Paulo, poderia, quem sabe, se fazer muçulmana para ganhar os muçulmanos.

      O grande problema é o diabo saber dos planos Paulinos e contar tudo ao Armadinejad. (kkkkkkkk)

      Brincadeira, Guiomar..., eu sei que você não iria (rsrs)

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    5. Sim, Anja, sou militar reformado da gloriosa Marinha de Guerra....rsss

      Doni, a Gui já faz missão na terra do ditadorzinho Hugo Chaves; bem, pelo menos ele ainda não mandou matar cristão; aliás, as ditaduras sul-americanas foram todas devidamente apoiadas pela igreja cristã, tanto católica quanto protestante, com honrosas exceções. Mas se ela quiser ir para o Irã iremos todos protestar, já que não queremos perder nossa estimada e querida amiga para o obscurantismo do Islã radical.

      E não é engraçado que no Ocidente democrático e pluralista está cheio de mesquitas e por lá nas terras onde Alah é rei eles estão matando cristãos?

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    6. Se a Guio quiser morrer no Irã "NÓIS VAI LÁ I ARRESGATA ELA!

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    7. Nossaaaa my lord é 3° sgt do Exército reformado tb!!! rsrsrs

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    8. Edu, meu esposo serviu em algumas cidades aqui das gerais rsrs

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    9. Mari,

      é isso aí, nóis vai lá, joga uma bomba no Armadinejad e encomenda a alma dele ao purgatório para ele se arrepender dos pecados e resgata nossa amiga!!!! rsss

      Anja,

      bom saber que teu marido é irmão de armas...rsss

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    10. Doni e Levi, resolvam esta briga, vou ou não vou?

      Bom se eu for a Mari me salva, e o Edu como só morre pelo filho dele, me manda para o purgatório, mas por favor não esqueça de aquecer as chamas para que eu seja purificada rapindin.

      Quando cheguei na terra do Ivo Morales, ganhei um monterence para Jesus e para mim, saidinho da cidazinha branca. Será que os narcotraficantes são melhores que os fanáticos de Alá? uau!

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  41. Edu, que papo é esse de cordeirinhos e leões? E desde quando vc é cordeirinho?? rsrs...

    Anja, se alegra não! os cordeirinhos têm fama de serem protegidos por um tal Leão da tribo de Judá, pergunta só para Guio! rsrs.... E dizem que o cara é fera.


    Gente, esse debate Guio X Anja foi muito bom!! Queremos Bis. Viva os Anjos, os mártires, os cordeiros e o Leão da Tribo de Judá.rsrsrs...

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    1. kkkkkkkkkkk Mariani, só ocê mermo viu?? Mas pensa aqui cumigu varoa de deuso (rsrsrs) se JC num livrô os tar de martiri (rsrs) por modequÊ ia livrá ocêis dos leão e da anja aqui da fogueira aqui da confraria??? rsrsrs

      kkkkk mas eu gostei do debate (ou embate? ou JIHAD) rsrsrs

      Bjux Mariani, Guiomar, Edu, Levi, Donizeti, Rodrigo, Franklin..........

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    2. Como sou paixonada com minero, num tem como não dizer que amei a anja. Beijão.

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    3. Brigada Gui... tb amei ocê varoa de deuso rsrsrsr

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  42. Respostas
    1. Doni, tb acho que vc fica mais bonitinho nos grupo dos cordeirinhos e demais tens bons argumentos para enfrentar esses leões raivosos rs...

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  43. Doni e Mari, vocês sabem que eu sou um cordeirinho que às vezes quer rugir igual a leão...kkkkkkk

    Doni, este teu post já ultrapassou os 100 comentários, vê-se por aí como o tema está rendendo.

    Quero comentar a frase da ANJA:

    "Só houve martírio de cristãos pq haviam fanáticos d'uma e outra extremidade, fanáticos de uma e de outra banda, e ainda existem! Ficou provado isto né?"

    Como diria o Didi Mocó, "aí varia..."

    Podemos chamar os primeiros cristãos de fanáticos? Ora, se eles foram um bando de fanáticos, a mensagem que eles nos legaram deve está cheia de fanatismos, logo, não nos serve mais. Consequentemente, todo o NT também cairia na categoria de fanatismo. É isso mesmo que você está dizendo?

    Vejamos: os primeiros seguidores de Cristo (quando ainda não eram chamados de cristãos) foram perseguidos pelo alto clero judaico por que pregavam que Jesus tinha ressuscitado e que ele era o salvador que Deus prometera aos profetas, o segundo Moisés.

    Essa pregação era fanática? Por que? Para quem?

    Num segundo momento, depois que a mensagem apostólica ter se espalhado pelo Império, os cristãos eram perseguidos por não adorar aos imperadores romanos, que também eram considerados "Filho de Deus", tendo isso começado se não me falha a memória, com o imperador Augusto, que resolveu que ele merecia o título.

    Negar culto ao imperador era fanatismo?

    E mais, os cristãos eram chamados de ateus por não aceitarem as divindades romanas, e ainda por cima, costumavam dizer que Cristo era seu rei, coisa muito delicada para se falar nos domínios do Império romano.

    Seria então, o fato deles serem "ateus" onde residiria seu fanatismo?

    Quantos homens armados e treinados em guerrilha os cristãos produziram para lutar contra a opressão do império romano sobre os judeus como fez os Zelotas?

    Ora, Paulo, o grande arquiteto do cristianismo, mandava orar pelas autoridades para que tudo corresse em paz, o que já lhe rendeu a alcunha de "colaboracionista" com o império romano, já que ele próprio sendo judeu, tinha também cidadania romana.

    Onde o fanatismo?

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    1. Eduardo querido, agora acho que vc ta pegando de vez o meu pensamento:

      FANÁTICOS D'UMA E D'OUTRA BANDA! Mas talvez vc não tenha se apercebido que eu tenha feito uso de sinédoque. (rsrs), Mas concordo qnd vc disse que Paulo ARQUITETOU o cristianismo, concordo com você!

      ARQUITETAR: 1 Arq. Conceber, idealizar, planejar e desenvolver (projetos de arquitetura);
      2 P.ext. Fig. Conceber, organizar, planejar qualquer projeto, ação, medida etc.: Arquitetou uma estratégia para neutralizar a concorrência.
      3 Fig. Planejar algo em detalhes
      4 Fig. Planejar com astúcia; maquinar,tramar, urdir
      5 Exercer a função de arquiteto.

      [F.: Do lat. architectare. Hom./Par.: arquiteto (fl.); arquiteto (sm.).]

      Vou pegar só a definiçã 4: PLANEJAR COM ASTÚCIA; MAQUINAR, TRAMAR, URDIR. rsrsrs Paulo inventou, maquinou, criou, concebeu, o cristianismo a partir daí para o "CRISTIAN-ISMO" foi um pulinho só rsrs Tudo começou com Paulo né? ou será que não? rsrsrs

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    2. Paulo foi tão (meio ou completamente) fanático, que disse que se um anjo descesse pregando algo que não fosse o que ele pregava não era pra aceitar!!! vai ser fanático assim lá longe viu??

      E o pior que os verdadeiros apóstolos se calaram, ou foram silenciados pela astúcia de Paulo.

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    3. Em que você se baseia para dizer que Paulo arquitetou de má fé, o cristianismo?

      Quando Paulo fala que ainda que viesse um anjo...Foi exatamente porque ele havia conhecido a história de Jesus e os seus ensinamentos através dos seus discípulos e havia tido suas próprias experiências espirituais. Afinal, desceram vários anjos dos céus, pregando outro caminho e Paulo estava bem atento.

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    4. háaaa ele "conheceu... de ouvir falar" mas jamais esteve com JC aprendo com o exemplo do mestre. Por isto ele foi tão exclusivista, e nunca inclusivo. Só Cristo foi inclusivo... Um de meus colaboradores postou um artigo super interessante sobre paulo, seria bom vcs lerem e comentarem. Ele diz que paulo tinha epilepsia. http://omundodaanja.blogspot.com.br/2012/02/doenca-de-paulo-de-tarso-e-seu.html

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    5. Acho que você não leu tudo amiga... Continue...

      ..." e havia tido suas próprias experiências espirituais."

      Esta história de dizer que Paulo tinha epilepsia é antiga, só que ninguém me mostrou o laudo médico kkkkkkkkkkkkkkkk

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    6. kkkkkkkkkkkk vc se esqueceu q sou anja né?? rsrsrs ta aqui comigo o laudo rsrs

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  44. Anja, fia! O Jc só num livra us leão que é forte!Vira tudo mártir corajooooso! Us cordeirinho ele livra tudo. KKKKKKKKKKKKK

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    1. kkkkkkkkkkkkkkk agora eu gostei Mari... to contigo e num abro!!!

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    2. Entendi Mari. rsrs Ele sabe quem está pronto para a linha de batalha.

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  45. Este comentário foi removido pelo autor.

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  46. Mas Doni e Levi,

    A Gui indo pregar missões no Irã (e sei que iria), num tem pro marvadão Armadinejad, rsrs O IRÃ É DE GEZUIS

    Sei que ela se faria passar pela mais devota muçulmana pra ganha-los rsrsrs Brincadeira viu Gui, (sei que vc não iria rsrsrsrsrsrsrs)

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  47. Pessoal,

    Para concluir, deixo um link de uma música da Mara Lima com as imagens do filme Quo Vadis.

    Recomendo que todos, os prós e contras o martírio cristão assistam!

    Gui, vê se não chora!!!

    http://www.youtube.com/watch?v=kBJ70tAUOtU

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    1. Mari,

      Você também que é tão sensível, se emocionar com a música... Confessa tá...

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    2. ah, eu vou chorar também com certeza; não vi mas já sei que vou chorar...

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    3. Doni, vi e não chorei, a cena mais chocante é quando um leão puxa a criança dos braços de uma senhora. Meu filho vai baixar o filme.

      O que fiquei imaginando, foi sobre o ódio que dominava ainda mais os assassinos ao perceber que nenhum terror fazia aqueles cristãos negarem a Jesus. Ao mesmo tempo, eles deveriam ficar com mil questionamentos, porque não seria por fanatismo religioso que alguém se submeteria a semelhante situação. Por outro lado, fico imaginando um exército de demônios com ódio, rugindo os dentes, porque por eles ninguém morre. a crueldade de certos homens não tem limites.

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  48. Bão, eu achei proveitoso pq sempre aprendemos mais um pouco e até, PODEMOS MUDAR DE IDEIA, mas não foi este o caso aqui né? Mas espero que meus comentários possam ter aservido para reflexão de alguns confrades assim como muitos aqui serviram para minha reflexão.

    Bjux

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  49. Anja,

    mas então, eram eles, os primeiros apóstolos, uns fanáticos?

    Bem, não vamos falar de Paulo agora senão iremos tomar um caminho bem diferente do proposto pelo artigo do Doni, mas podemos voltar ao apóstolo dos gentios em ocasião oportuna.

    Vou deixar para você o link do meu blog onde postei um poema sobre o mártir maior, Yeshua.

    http://selecoesdoedu.blogspot.com.br/2012/04/poema-de-pascoavai-nazareno.html#comment-form

    Publiquei também no meu (outro) blog, caminhosdateologia.blogspot.com

    é tanto blog que eu faço e desfaço que já nem sei bem...e ainda tem os do wordpress que estão esquecidos...kkakakakkakaa

    beijos, Anja.

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    1. rsrs Eduardo, deixei claro que os primeiros (ou como eu prefiro dizer: os verdadeiros)apóstolos não eram fanáticos, tanto que silenciaram diante da ousadia, intrepidez e astúcia de Paulo com o seu "cristian-insmo" inventado. rsrsrsrsrs Não impuseram nada, já que dizem os "religiosos" que não é por força né mesmo?? rsrs ou como disse a Gui: CRISTO OFERECE SEU SANGUE, MAS NÃO OBRIGA.

      Estes não eram fanáticos rsrs tirando a loucura de João q deve ter tomando uns chá de erva estranha na ilha de patmos né?? ahahahahahaha

      olha eu abusando rsrsrs

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    2. Mas aí se formos entrar neste tema estaremos saindo completamente do escopo do texto né? rsrs vou ler lá seu artigo.......

      Bjux

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    3. Eduardo, não se esqueça (antes de passar de cordeirinho a leão rsrs) que estou abusando de sinédoques viu?

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    4. Mas Pedro e Tiago eram fanáticos? Ou você continua com outra leitura sobre Pedro?

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  50. Doni, já acabou...???

    O Kilim deixou um link daquela galera que faz missões ao contrário(querem desconverter todo mundo) que seria interessante debater aqui.

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    1. Hiiii mas o texto é do Ivanir, que quer ver o capiroto debatendo com ele mas não quer me ver....ele disse que eu o "canso", que eu tenho pretensão de ganhar debates, que eu fico colocando armadilhas argumentativas para ele cair...

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    2. É, andei vendo o "aperreio" de Ivani (rsrs)ante as suas réplicas, Eduardo (rsrs)

      Mas o Ivani é o contraponto que não deve faltar aqui na confraria. Nós com a filo-psico-mito-teologia e ele com desistorização da estória que nos foi contada pelos "falsos mestres".

      Ele até me chamou de poeta. Pra que coisa melhor?! (rsrs)

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    3. Edu,

      Conheci o texto sugerido pelo Kilim no blog da anja depois de ter publicado o meu. Para minha sorte coloquei que não tinha a intencão de discutir a historicidade dos martires, mesmo porque no meu ponto de vista, não existe duvidas acerca disso!

      Outro detalhe Edu,

      Li varios artigos relativos aos martires, mas os poucos que escreveram sob uma perspectiva teologica, o fizeram de maneira superficial, citando textos descritivos apenas. Conclui então que não existe uma TEOLOGIA DOS MARTIRIO.

      Ate mesmo a Gui tem sua opinião formada, pelo que eu pude entender, com base em sua experiëncia com Deus, e não a partir de uma construcão teologica.

      P.S. As faltas de acentos e cedilhas se devem a falta de benzimento no teclado do PC de um amigo. rsrs

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    4. Doni, assisti o vídeo e posso dizer o que ele é dureza. Parei no meio. Dá não amigo! Mas valeu para refletir sobre o debate. Não sei se morreria por alguma causa, mas me sinto "veramente" indigna de fazer qualquer julgamento sobre as escolhas de um mártir qualquer.
      Parabéns pela escolha de seu tema, que rendeu tanto debate.
      Um grande abraço.

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    5. Levi,

      No meu entender, o nobre Ivani quer provar uma tese que não tem bases sólidas; nem tudo em sua tese é questionável, mas negar que existiu um "movimento de Jesus" no primeiro século (que com certeza não era um cristianismo) é contrariar muitas pesquisas atuais.

      E eu não sei não, acho que ele te afagou chamando-te de "poeta"(o que de fato, és) como que dizendo que os poetas vivem no mundo da lua ou dos sonhos e que não são muito atentos à história...rsss

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  51. Edu, o antigo modelo de publicação de comentários não seria melhor para esse blog?
    Se todos concordarem tem como configurar
    Bjins...

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    1. Do que exatamente você tá falando? qual era o antigo modelo de publicação?

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    2. Os formulários são anexados pela sequência de publicação,como é ainda no blog do Frank. Me parece que fica menos embolado, cria uma sequência melhor para seguir as colocações. Dessa maneira atual,a pessoa comenta lá em cima e não vemos pois o papo já esta aqui no final,entendeu?
      É isso!!

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  52. Estou de pleno acordo Mari! Voto a favor.

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  53. Doni,

    concordo que não exista no NT uma teologia do martírio e nem nos primeiros teólogos cristãos(mas confesso que não tenho grande conhecimento sobre o tema nos pais da igreja). O que podemos destacar do NT é que os discípulos se alegravam por se acharem dignos de sofrerem por causa do nome de Jesus.

    Dá prá construir uma teologia a partir daí?

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  54. Doni e Mari, se alguém souber como faz para tirar, pode ir em frente, eu concordo que atrapalha. Mas vou dar uma olhada também.

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  55. Edu, Tem que ir em Configurações de comentários ou em Layout. Eu não tenho acesso as configurações desse blog.
    Não garanto que vc conseguirá por que o modelo pode influenciar. Há modelos cujas configurações são mais limitadas.

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  56. Mari, vou te colocar como administradora daqui, pode cutucar a vontade...rs

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  57. Edu, fucei mas não consegui tirar esse modelo. O blog do Frank tem o modelo antigo. Talvez ele saiba como trocar. Bjins.

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  58. Sei não best, eu sou uma besta nesse quesito...rs

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