Ultimamente tenho pensado sobre os “dons de curar”, os quais podem ter se manifestado verdadeiramente nos primeiros momentos da história eclesiástica e no período bíblico.
Citando o Santo Irineu em seu livro Além de toda a crença, a historiadora Elaine Pagels trás informações de que os milagres talvez pudessem fazer parte do cotidiano da Igreja no século II ou, ao menos, integrassem os discursos dos primeiros padres:
“Curamos os doentes impondo as mãos sobre eles, e expulsamos demônios (...) Até ressuscitamos mortos, muitos dos quais continuam vivos entre nós e perfeitamente saudáveis”.
Ao comissionar os discípulos para uma espécie de estágio experimental, Jesus orientou-os a oferecer cura aos enfermos, o que consta no modo imperativo em alguns textos dos evangelhos:
“Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demônios; de graça recebestes, de graça dai” (Mateus 10.8; ARA).
Novamente, após ter ressuscitado, Jesus dá a ordem evangelística aos seus seguidores (Marcos 16.15). Esta é acompanhada pela manifestação das atividades de cura, exorcismos e a fala de “novas línguas” (glossolalia?), além de uma proteção sobrenatural contra a ingestão de veneno ou picada de serpentes (versos 17 e 18).
Lendo os textos do Novo Testamento, podemos constatar que essas coisas teriam sido confirmadas tanto no ministério de Jesus quanto dos seus discípulos (ver livro de Atos dos Apóstolos). E, igualmente, nas passagens das Escrituras hebraicas (o Antigo Testamento), podemos encontrar profetas como Elias e o seu sucessor Eliseu agindo como canais de milagres para o povo de Israel, precedendo assim aos relatos dos Evangelhos.
Ainda criança, por absorver um pouco da visão do tradicionalismo católico (se bem que a minha família não era religiosa), eu aceitava os milagres de uma maneira muito restrita. Assistindo uns filmes sobre Jesus em épocas de feriados santos, a ideia que fazia era de que as curas de cegos e de paralíticos estivessem relacionadas à bondosa pessoa de Jesus por ele ser considerado Deus. Porém, como o Cristo da Igreja foi morto e, quarenta dias depois de sua ressurreição, “subiu aos céus”, meu pensamento era que as curas prodigiosas só ocorreram mesmo durante o curto tempo da encarnação.
Quando tinha 10 anos e estudava catecismo num colégio de freiras de Juiz de Fora para poder receber a “primeira comunhão”, a vovó materna tornou-se frequentadora assídua da Igreja Universal do Reino de Deus. Nas férias de meio de ano de 1986, ao passar umas semanas em sua casa no Rio de Janeiro, fiquei perplexo com as supostas cenas de curas e de exorcismos presenciadas nas reuniões da IURD. E ali foi-me apresentada uma outra ideia de milagres como sendo um acontecimento contínuo, amplo e igual aos tempos de Jesus. Deste modo, as curas propagandeadas pelo bispo Edir Macedo na rádio Copacabana pareciam manifestar-se poderosamente nos prédios dos antigos cinemas comprados pela seita, como se a igreja dele fosse a verdadeira.
Apesar de ouvir muitos “testemunhos de fé” sobre cura divina nos cultos e nas pregações da IURD, nada de especial ocorria comigo durante os momentos de “oração forte” aos quais me submetia junto com a vovó. Ao comando do pastor, eu colocava aos mãos sobre os olhos e aguardava ficar livre da miopia e dos óculos dentro de instantes. Só que nada acontecia e eu me sentia até rejeitado por Deus quando abria as pálpebras sem conseguir enxergar com nitidez os objetos e pessoas mais distantes de mi. Ficava então indagando por que outros recebiam as bençãos e eu não. E, na minha mente, considerava as hipóteses sugestionadas pelos líderes e mebros da seita de que estivesse "faltando fé" pra receber a cura.
De lá pra cá muita coisa mudou e fui amadurecendo espiritualmente, tendo me interessado bastante por estudar a Bíblia. Conheci o entendimento de outras igrejas evangélicas mais céticas às atividades de curandeirismo dos pentecostais e que, neste ponto, não se diferem muito do tradicionalismo católico. Fui pra uma igreja batista renovada que não aceitou os batismos católico e da IURD, de modo que passei pelas águas mais uma vez. E, recebendo uma sólida formação doutrinária ali, passei a aceitar a ocorrência de milagres nos dias de hoje, desde que condicionados à vontade divina e que se operariam em contextos levemente distintos daqueles vistos nos meios neo-pentecostais.
Recordo-me do dia em que a então missionária Valnice Milhomens visitou aquela igreja em que eu, desde os tempos da IURD, estava super ansioso para ser agraciado com o “batismo no Espírito Santo”, o que, por uns tempos, via até como um pré-requisito para a salvação. Na ocasião, orei ardentemente entre pessoas que se amontoavam e se apegavam umas nas outras. Aí, quando menos dei conta, estava eu deitado no chão como se uma força poderosa vindo de cima tivesse me derrubado. Nesta hora, uns irmãos vieram orar impondo as mãos sobre minha cabeça para que eu “falasse em línguas”. Só que não houve jeito, mas saí do culto sugestionado que teria recebido o tal batismo.
Semanas depois, fui duvidando daquela experiência no meu íntimo. Cheguei ao ponto de suspeitar que alguém do meu lado tivesse me movimentado enquanto orava na “busca do Espírito”, de modo que a tontura pudesse ter decorrido de uma situação indutiva sem nenhum acontecimento sobrenatural. E, por muito tempo, este questionamento colocou-me em conflitos com a minha fé de adolescente imaturo.
Não faz muito tempo, um jovem perguntou-me pela internet sobre o que consistiam as “línguas dos anjos” das quais Paulo se refere na epístola aos Coríntios (1Co 13.1).
Seriam tais línguas realmente um fato sobrenatural ou um modo de expressão usado pelo autor para escrever sobre o amor? Foi mais ou menos isto que ele quis saber conforme o teor da mensagem escrita em internetês:
Respondi então ao rapaz com as palavras a seguir transcritas do meu Facebook, tendo alertado-o que, embora pudéssemos compreender melhor pela experimentação, eu duvido de muitas das manifestações que se vê por aí no meio pentecostal:
Voltando à questão da cura e refletindo sobre o que diz a Bíblia, eis que, no capítulo precedente ao amor, Paulo faz uma lista de dons espirituais concedidos por Deus. Ali, o apóstolo menciona os “dons de curar” e as “operações de milagres”, além da “variedade de línguas” e a “capacidade de interpretá-las” (ver 1Co 12.8-10), dando a entender que também são capacidades buscadas pelas próprias pessoas da congregação (verso 31a).
Ora, o que significa “procurar os dons espirituais”? E em que isto poderia ser aplicado em relação à ordem dada por Jesus para que os seus discípulos curassem os enfermos?
Sem dúvida que o emprego dos dons espirituais deve estar voltado para a satisfação das necessidades das pessoas pertencentes a uma comunidade eclesiástica. Tanto é que, no capítulo 14 da epístola, Paulo orienta os seus destinatários a buscarem o “dom de profecia” numa comparação com a utilidade (circunstancial?) das línguas. E o capítulo 13, situado entre os direcionamentos do 12 e do 14, esclarece sobre o contexto amoroso no qual as atividades espirituais devem ser desenvolvidas.
Mesmo sem experimentar ministerialmente os “dons de curar” faço aqui algumas suposições sobre o que vem a ser isto.
Estaria este dom relacionado à percepção ou ao diagnóstico do estado de saúde físico, mental e espiritual da pessoa enferma?
Por acaso o desenvolvimento de um dom de cura não teria mais a ver com a sensibilidade de quem se dispõe a promover a saúde total dos outros?
Pode-se dizer que, em suas origens, os estudos e práticas da Medicina sempre estiveram ligados à busca de explicações sobrenaturais, tal como fazia Hipócrates que viveu entre os anos 460 a 377 antes da era comum, assemelhando-se de certo modo com a percepção dos hindus e chineses. Antes dele, magos egípcios tentavam curar pessoas através de encantamentos e práticas baseadas na tradição empírica. E, na Bíblia, tem-se o diagnóstico da “lepra” pelos sacerdotes hebreus através da observação (ver capítulo 13 de Levítico).
Neste sentido, eis que, no começo da era cristã, mesmo com os relativos avanços obtidos pelos gregos sucessores de Hipócrates, a saúde humana ainda era relacionada com a fé nos deuses, com as bênçãos e maldições decorrentes da obediência aos preceitos religiosos, a prática de rituais, sacrifícios, uso de amuletos, etc. No próprio Judaísmo antigo, podemos constatar pela leitura bíblica de que a doença era encarada como uma situação decorrente do pecado. Tanto é que, no capítulo 9 de João, o autor mostra os discípulos perguntando a Jesus se a enfermidade de um cego de nascença seria decorrente de seu próprio pecado ou de seus pais. Já em outras situações descritas pelos evangelhos, tem-se uma ligação direta entre um assédio demoníaco e o estado de saúde do sujeito.
Felizmente a Medicina avançou muito. Tanto em termo de diagnóstico quanto aos métodos de tratamento hoje empregados. Desvinculado dos dogmas religiosos, o saber científico contribuiu para libertar a humanidade de terríveis preconceitos e das maneiras equivocadas de se lidar com os problemas. Porém, a grande maioria dos nossos doutores parece ter perdido aquela sensibilidade que poderíamos chamar de visão holística, alienando-se quanto à dimensão espiritual. E isto se vê claramente quando os médicos entopem os seus paciente de remédios. Principalmente os antidepressivos e drogas para aliviar dores ou inflamações.
Acredito que, mesmo nos dias de hoje, os “dons de curar” continuam tendo lugar na nossa sociedade, funcionando como uma respeitável leitura da realidade total com possibilidade de se harmonizar com a ciência. Pois, ajudar uma pessoa a tomar consciência da relação que há entre o seu modo de vida errado e a enfermidade pode significar a cura dos doentes como talvez acontecesse nos tempos bíblicos.
Logicamente que há muita enganação nos meios daqueles que dizem oferecer curas espirituais ou falam em “métodos alternativos”. Ainda mais quando a proposta está baseada na concessão de resultados imediatos ou em barganhas financeiras, criando expectativas em torno de uma ação mágica. Uns usam os nomes de Jesus, Maria, de anjos, entidades das religiões afro, cristais, energia cósmica ou “cirurgias” de espíritos “iluminados”. Porém, há sempre uma negação da graça nesses casos.
Lembrando o já citado versículo do Evangelho de Mateus, de graça nós recebemos e, de graça, devemos compartilhar. Logo, se o conhecimento foi dado graciosamente por Deus, o exercício dos dons de curar jamais deve ser transmitido em cursos com fins lucrativos, sendo que a transmissão de conhecimentos sobre cura precisa estar baseada no amor e buscando sempre o bem das pessoas da comunidade na qual nos encontramos.
Espero que a Igreja deste século XXI possa voltar-se com sinceridade e seriedade para estudos sobre a cura para que, deste modo, comece a oferecer aquilo que de alguma maneira pode ter sido parte integrante das boas novas de Jesus.
OBS: A ilustração acima retrata a cura de um cego feita por Jesus. Foi pintado com óleo sobre madeira, por volta da metade do século XVII, pelas mãos do pintor francês Eustache Le Sueur (1616–1655). A obra encontra-se na galeria de imagens do palácio de Sanssouci, situado em Potsdam, Alemanha.
Citando o Santo Irineu em seu livro Além de toda a crença, a historiadora Elaine Pagels trás informações de que os milagres talvez pudessem fazer parte do cotidiano da Igreja no século II ou, ao menos, integrassem os discursos dos primeiros padres:
“Curamos os doentes impondo as mãos sobre eles, e expulsamos demônios (...) Até ressuscitamos mortos, muitos dos quais continuam vivos entre nós e perfeitamente saudáveis”.
Ao comissionar os discípulos para uma espécie de estágio experimental, Jesus orientou-os a oferecer cura aos enfermos, o que consta no modo imperativo em alguns textos dos evangelhos:
“Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demônios; de graça recebestes, de graça dai” (Mateus 10.8; ARA).
Novamente, após ter ressuscitado, Jesus dá a ordem evangelística aos seus seguidores (Marcos 16.15). Esta é acompanhada pela manifestação das atividades de cura, exorcismos e a fala de “novas línguas” (glossolalia?), além de uma proteção sobrenatural contra a ingestão de veneno ou picada de serpentes (versos 17 e 18).
Lendo os textos do Novo Testamento, podemos constatar que essas coisas teriam sido confirmadas tanto no ministério de Jesus quanto dos seus discípulos (ver livro de Atos dos Apóstolos). E, igualmente, nas passagens das Escrituras hebraicas (o Antigo Testamento), podemos encontrar profetas como Elias e o seu sucessor Eliseu agindo como canais de milagres para o povo de Israel, precedendo assim aos relatos dos Evangelhos.
Ainda criança, por absorver um pouco da visão do tradicionalismo católico (se bem que a minha família não era religiosa), eu aceitava os milagres de uma maneira muito restrita. Assistindo uns filmes sobre Jesus em épocas de feriados santos, a ideia que fazia era de que as curas de cegos e de paralíticos estivessem relacionadas à bondosa pessoa de Jesus por ele ser considerado Deus. Porém, como o Cristo da Igreja foi morto e, quarenta dias depois de sua ressurreição, “subiu aos céus”, meu pensamento era que as curas prodigiosas só ocorreram mesmo durante o curto tempo da encarnação.
Quando tinha 10 anos e estudava catecismo num colégio de freiras de Juiz de Fora para poder receber a “primeira comunhão”, a vovó materna tornou-se frequentadora assídua da Igreja Universal do Reino de Deus. Nas férias de meio de ano de 1986, ao passar umas semanas em sua casa no Rio de Janeiro, fiquei perplexo com as supostas cenas de curas e de exorcismos presenciadas nas reuniões da IURD. E ali foi-me apresentada uma outra ideia de milagres como sendo um acontecimento contínuo, amplo e igual aos tempos de Jesus. Deste modo, as curas propagandeadas pelo bispo Edir Macedo na rádio Copacabana pareciam manifestar-se poderosamente nos prédios dos antigos cinemas comprados pela seita, como se a igreja dele fosse a verdadeira.
Apesar de ouvir muitos “testemunhos de fé” sobre cura divina nos cultos e nas pregações da IURD, nada de especial ocorria comigo durante os momentos de “oração forte” aos quais me submetia junto com a vovó. Ao comando do pastor, eu colocava aos mãos sobre os olhos e aguardava ficar livre da miopia e dos óculos dentro de instantes. Só que nada acontecia e eu me sentia até rejeitado por Deus quando abria as pálpebras sem conseguir enxergar com nitidez os objetos e pessoas mais distantes de mi. Ficava então indagando por que outros recebiam as bençãos e eu não. E, na minha mente, considerava as hipóteses sugestionadas pelos líderes e mebros da seita de que estivesse "faltando fé" pra receber a cura.
De lá pra cá muita coisa mudou e fui amadurecendo espiritualmente, tendo me interessado bastante por estudar a Bíblia. Conheci o entendimento de outras igrejas evangélicas mais céticas às atividades de curandeirismo dos pentecostais e que, neste ponto, não se diferem muito do tradicionalismo católico. Fui pra uma igreja batista renovada que não aceitou os batismos católico e da IURD, de modo que passei pelas águas mais uma vez. E, recebendo uma sólida formação doutrinária ali, passei a aceitar a ocorrência de milagres nos dias de hoje, desde que condicionados à vontade divina e que se operariam em contextos levemente distintos daqueles vistos nos meios neo-pentecostais.
Recordo-me do dia em que a então missionária Valnice Milhomens visitou aquela igreja em que eu, desde os tempos da IURD, estava super ansioso para ser agraciado com o “batismo no Espírito Santo”, o que, por uns tempos, via até como um pré-requisito para a salvação. Na ocasião, orei ardentemente entre pessoas que se amontoavam e se apegavam umas nas outras. Aí, quando menos dei conta, estava eu deitado no chão como se uma força poderosa vindo de cima tivesse me derrubado. Nesta hora, uns irmãos vieram orar impondo as mãos sobre minha cabeça para que eu “falasse em línguas”. Só que não houve jeito, mas saí do culto sugestionado que teria recebido o tal batismo.
Semanas depois, fui duvidando daquela experiência no meu íntimo. Cheguei ao ponto de suspeitar que alguém do meu lado tivesse me movimentado enquanto orava na “busca do Espírito”, de modo que a tontura pudesse ter decorrido de uma situação indutiva sem nenhum acontecimento sobrenatural. E, por muito tempo, este questionamento colocou-me em conflitos com a minha fé de adolescente imaturo.
Não faz muito tempo, um jovem perguntou-me pela internet sobre o que consistiam as “línguas dos anjos” das quais Paulo se refere na epístola aos Coríntios (1Co 13.1).
Seriam tais línguas realmente um fato sobrenatural ou um modo de expressão usado pelo autor para escrever sobre o amor? Foi mais ou menos isto que ele quis saber conforme o teor da mensagem escrita em internetês:
“eu tenho duvida a respeito ao dom de linguas q paulo fala pq acredito q seja outro idioma pq paulo andou por varios lugares c idiomas diferentes pq acho q hashalabasuriancas eh viagem kkk e lingua dos anjos acredito q paulo fala metaforicamente + paulo fala q eh p edificaçao propria + como uma pessoa vai edificar a si mesma se ela mesma n entende o q ela fala? + paulo fala p a pessoa orar p interpretar e q a pessoa fala misterios a Deus tipo e Paulo fala q haja interprete p outras pessoas serem edificadas tipo acredito q ou seja uma parada mt sobrenatural ou eh um idioma jah existente, qual a sua opiniao em relaçao a isso?”
Respondi então ao rapaz com as palavras a seguir transcritas do meu Facebook, tendo alertado-o que, embora pudéssemos compreender melhor pela experimentação, eu duvido de muitas das manifestações que se vê por aí no meio pentecostal:
“Sinceramente não tenho muito a opinar sobre algo que careço de experimentação. Muita coisa sobre o cristianismo primitivo perdeu-se durante a história eclesiástica, assim como dos antigos hebreus (p. ex. o "transe profético" do livro de I Samuel). Existiu de fato uma "língua dos anjos" ou o autor de 1Coríntios fala apenas metaforicamente no cap. 13 sobre a excelência do amor? Não sabemos. Logo, restam-nos apenas inconclusivas hipóteses. Abraços.”
Voltando à questão da cura e refletindo sobre o que diz a Bíblia, eis que, no capítulo precedente ao amor, Paulo faz uma lista de dons espirituais concedidos por Deus. Ali, o apóstolo menciona os “dons de curar” e as “operações de milagres”, além da “variedade de línguas” e a “capacidade de interpretá-las” (ver 1Co 12.8-10), dando a entender que também são capacidades buscadas pelas próprias pessoas da congregação (verso 31a).
Ora, o que significa “procurar os dons espirituais”? E em que isto poderia ser aplicado em relação à ordem dada por Jesus para que os seus discípulos curassem os enfermos?
Sem dúvida que o emprego dos dons espirituais deve estar voltado para a satisfação das necessidades das pessoas pertencentes a uma comunidade eclesiástica. Tanto é que, no capítulo 14 da epístola, Paulo orienta os seus destinatários a buscarem o “dom de profecia” numa comparação com a utilidade (circunstancial?) das línguas. E o capítulo 13, situado entre os direcionamentos do 12 e do 14, esclarece sobre o contexto amoroso no qual as atividades espirituais devem ser desenvolvidas.
Mesmo sem experimentar ministerialmente os “dons de curar” faço aqui algumas suposições sobre o que vem a ser isto.
Estaria este dom relacionado à percepção ou ao diagnóstico do estado de saúde físico, mental e espiritual da pessoa enferma?
Por acaso o desenvolvimento de um dom de cura não teria mais a ver com a sensibilidade de quem se dispõe a promover a saúde total dos outros?
Pode-se dizer que, em suas origens, os estudos e práticas da Medicina sempre estiveram ligados à busca de explicações sobrenaturais, tal como fazia Hipócrates que viveu entre os anos 460 a 377 antes da era comum, assemelhando-se de certo modo com a percepção dos hindus e chineses. Antes dele, magos egípcios tentavam curar pessoas através de encantamentos e práticas baseadas na tradição empírica. E, na Bíblia, tem-se o diagnóstico da “lepra” pelos sacerdotes hebreus através da observação (ver capítulo 13 de Levítico).
Neste sentido, eis que, no começo da era cristã, mesmo com os relativos avanços obtidos pelos gregos sucessores de Hipócrates, a saúde humana ainda era relacionada com a fé nos deuses, com as bênçãos e maldições decorrentes da obediência aos preceitos religiosos, a prática de rituais, sacrifícios, uso de amuletos, etc. No próprio Judaísmo antigo, podemos constatar pela leitura bíblica de que a doença era encarada como uma situação decorrente do pecado. Tanto é que, no capítulo 9 de João, o autor mostra os discípulos perguntando a Jesus se a enfermidade de um cego de nascença seria decorrente de seu próprio pecado ou de seus pais. Já em outras situações descritas pelos evangelhos, tem-se uma ligação direta entre um assédio demoníaco e o estado de saúde do sujeito.
Felizmente a Medicina avançou muito. Tanto em termo de diagnóstico quanto aos métodos de tratamento hoje empregados. Desvinculado dos dogmas religiosos, o saber científico contribuiu para libertar a humanidade de terríveis preconceitos e das maneiras equivocadas de se lidar com os problemas. Porém, a grande maioria dos nossos doutores parece ter perdido aquela sensibilidade que poderíamos chamar de visão holística, alienando-se quanto à dimensão espiritual. E isto se vê claramente quando os médicos entopem os seus paciente de remédios. Principalmente os antidepressivos e drogas para aliviar dores ou inflamações.
Acredito que, mesmo nos dias de hoje, os “dons de curar” continuam tendo lugar na nossa sociedade, funcionando como uma respeitável leitura da realidade total com possibilidade de se harmonizar com a ciência. Pois, ajudar uma pessoa a tomar consciência da relação que há entre o seu modo de vida errado e a enfermidade pode significar a cura dos doentes como talvez acontecesse nos tempos bíblicos.
Logicamente que há muita enganação nos meios daqueles que dizem oferecer curas espirituais ou falam em “métodos alternativos”. Ainda mais quando a proposta está baseada na concessão de resultados imediatos ou em barganhas financeiras, criando expectativas em torno de uma ação mágica. Uns usam os nomes de Jesus, Maria, de anjos, entidades das religiões afro, cristais, energia cósmica ou “cirurgias” de espíritos “iluminados”. Porém, há sempre uma negação da graça nesses casos.
Lembrando o já citado versículo do Evangelho de Mateus, de graça nós recebemos e, de graça, devemos compartilhar. Logo, se o conhecimento foi dado graciosamente por Deus, o exercício dos dons de curar jamais deve ser transmitido em cursos com fins lucrativos, sendo que a transmissão de conhecimentos sobre cura precisa estar baseada no amor e buscando sempre o bem das pessoas da comunidade na qual nos encontramos.
Espero que a Igreja deste século XXI possa voltar-se com sinceridade e seriedade para estudos sobre a cura para que, deste modo, comece a oferecer aquilo que de alguma maneira pode ter sido parte integrante das boas novas de Jesus.
OBS: A ilustração acima retrata a cura de um cego feita por Jesus. Foi pintado com óleo sobre madeira, por volta da metade do século XVII, pelas mãos do pintor francês Eustache Le Sueur (1616–1655). A obra encontra-se na galeria de imagens do palácio de Sanssouci, situado em Potsdam, Alemanha.
Rodrigão, como já comentei em várias ocasiões, muito do que se propaga como manifestação sobrenatural no meio penteca os tal, não passa de catarse psíquica, "maluquice aguda" de sensações e emoções reprimidas que ganham significado através da expressão religiosa.
ResponderExcluirEmbora eu creia no "dom de cura" e que ele possa se manifestar através de mecanismos psicológicos através da fé, se fizermos uma análise honesta dos eventos ocorridos com grande parte dos "curados", iremos constatar que em muitos casos não houve uma "cura real", senão o simples desejo reprimido do enfermo que ganhou confissão positiviva, sem de fato acontecer a sanidade cientificamente comprovada.
JÁ VI ISSO DE MONTE!!! Depois de alguns dias ou meses a doença supostamente curada "ressuscita" com força total para desilusão na fé do crédulo.
É verdade, Franklin!
ExcluirNa prática, muitas dessas "igrejas" adoecem mais ainda o sujeito com suas ideias absurdas, repressões, usos de máscaras e tensões emocionais baseadas no medo e em outros sentimentos resultantes de coação psicológica.
Além disso, há uma demonização daquilo que podemos chamar de "medicina alternativa". Acupuntura e homeopatia são vistos por muitos pastores como terapias da "Nova Era". Isto sem nos esquecermos que muita gente acaba deixando de se divertir e de conviver sadiamente com o seu semelhante fechando-se dentro dos templos com fanatismo.
Contudo, assim como você, eu creio no dom da cura e acredito que promover a saúde das pessoas integra a mensagem do Evangelho e a realidade que poderíamos entender como "Reino de Deus". Pois, certamente que a salvação não se resume ao "céu", mas sim numa vida melhor experimentada aqui e agora.
Pensando desta maneira, considero fundamental as igrejas que realmente são comprometidas com os valroes do Reino a participarem mais das políticas de saúde nas suas respectivas cidades. Todo município tem o seu conselho de saúde que, na verdade, é um fórum para debate de questões e de interesses na área.
Ora, como que muitos pastores e igrejas podem viver alienados para as deficiência do sistema de saúde do país? Mas se cada comunidade dessas começar a se interessar pela saúde, buscando informar as pessoas para que tenham mais qualidade de vida e passem a agir preventivamente, acredito que o diagnóstico da saúde do país poderá ser melhor amanhã.
Assim, entendo que o seguir de Jesus cumpre o "curai os enfermos" não apenas impondo as mãos e orando, mas de olho em todas as questões relacionadas à saúde das pessoas às quais as boas novas do Reino são anunciadas.
Inegavelmente, hoje se sabe que a grande maioria das doenças tidas como demoníacas são as que estão enquadradas na classe das enfermidades psicossomáticas, ou seja, àquelas que tem sua origem na psique, com repercussões nos mais diversos órgãos humanos.
ExcluirQuando a Medicina era rudimentar e não tinha cunho científico, o “cair doente” era entendido como ser possuído por um demônio que fazia sofrer o corpo. No caso de um cego de nascimento de que fala o N.T. Cristo nega esse maniqueísmo que os antigos queriam fazer ao perguntar: “Quem pecou, para que ele nascesse cego, ele ou seus pais?
O nosso confrade e professor de Ciências da Religião, J. Lima, em um comentário feito na C.P.F.G. sobre um texto por mim postado, “Sobre os Nossos Demônios Interiores” ― deu uma lúcida interpretação psicanalítica sobre, o milagre relatado por Lucas, que reproduzo abaixo:
“Vendo-a Jesus, chamou-a e disse-lhe: Mulher, estás livre da tua enfermidade”. (Lucas 13.11)
Para mim a cura se Deus no momento que aquela mulher só de ouvir um homem falando com ela, e ainda no templo! Hahahahahahahah
Nesse momento a sua estima foi ao alto, e ao subir a estima o seu corpo subiu juntamente com ela, a valorização da pessoa através do amor, fez uma simbiose entre psique-corpo, e veja o que aconteceu: e, impondo-lhe as mãos, ela imediatamente se endireitou e dava glória a Deus(Lucas 13.13).
Veja impondo as mãos sobre ela... como se sentiu aquela mulher vendo ao sentir a aceitação de Jesus e a ação de impor as mãos sobre uma mulher que no minimo estava debaixo de maldição para a sua sociedade?
A cura aconteceu na sua psique, o “Espirito” que aprisionava, não era uma entidade com personalidade mas um “sentimento” de desvalorização do ser, que o levava a encurvar-se!
Abraço!
J.Lima
O herege Freud, sobre as neuroses demoníacas (os “demônios), faz uma abordagem muito interessante, numa tentativa de explicar esse fenômeno.
Diz ele:
“Os estados de possessão correspondem às nossas neuroses, para cuja explicação
mais uma vez recorremos aos poderes psíquicos. A nossos olhos, os
demônios são desejos maus e repreensíveis, derivados de impulsos instintuais
que foram repudiados e reprimidos. Nós simplesmente eliminamos a projeção
dessas entidades mentais para o mundo externo, projeção esta que a
Idade Média fazia; em vez disso, encaramo-las como tendo surgido na vida
interna do paciente, onde têm sua morada”.
Caro Levi,
ExcluirComo vai?
Eu respeito e considero muitos estudos da psicanálise e acho que os seus argumentos são extremamente válidos para não cairmos numa espiritualização em excesso.
No entanto, acho o ponto de vista do Freud muito materialista e reducionista, como se ele verdadeiramente ignorasse a existência de consciências não físicas. E aí a ciência acaba se deparando com casos que parecem não ter explicação porque ultrapassa o "script" dela (lembrei-me agora do texto "Fugitivo de si mesmo" lido e comentado há pouco no seu blogue.
Bem, há casos que são muito complexos para serem resolvidos e requerem a participação de profissionais ou pastores mais experimentados que verdadeiramente busquem o os "dons de curar". E aí torna-se necessário desenvolver um espírito investigativo e jamais ignorarmos nada. Nem mesmo as tradições empíricas dos povos e suas religiões.
Tanto a medicina ayurveda quanto a chinesa e a tibetana, as quais são milenares, estão relacionadas intimamente a uma uma respectiva filosofia de integração do homem consigo mesmo e com o todo. Os vaidyas, por exemplo, devem buscar promover o equilíbrio total do paciente, o que inclui espírito, mente e corpo, apesar dos orientais não fazerem este tipo de segmentação do ser humano.
Já a medicina chinesa, influenciada pelo Taoísmo, tem como princípio a causalidade com base na experiência humana. E, semelhantemente, a Cabala vê as doenças como resultados de comportamentos ou situações erradas.
É certo que, devido ao adoecimento causado rela religiosidade e pela moral, o princípio da causalidade acaba sendo deturpado como se vê no episódio de João 9, em que os discípulos de Jesus teriam manifestado a ideia de que o cego de nascença tivesse ficado daquele jeito por causa dos supostos pecados dos pais. Mas aí é preciso ter cuidado para não excluirmos a ideia da relação pecado e enfermidade.
Dessa maneira, tem-se aí aquilo que poderíamos chamar de auto-cura que se sobrepõe ao uso de medicações, visto que estas têm seus efeitos colaterais. Logo, se a pessoa consegue tomar consciência da dor e relacionar os fenômenos que ocorrem no seu organismo, ela mesma pode procurar a cura pela modificação de comportamentos que estejam causando aquele mal.
Todavia, penso que os adeptos da "medicina alternativa" não devem desprezar o sistema científico ocidental, mas sim integrar os conhecimentos dos quatro cantos do mundo, os quais são formas de leitura que adquirimos. Mesmo a nossa tão limitada ciência com os seus métodos invasivos e cheios de química farmacêutica.
Atualmente, considero as nossas igrejas muito despreparadas para lidarem com um tema tão relevante que é a cura. Vejo so pastores cheios de preconceito e, quando dizem que isto ou aquilo é demônio, chegam a ser pretensiosos quando fazem do nome de Jesus uma palavrinha mágica pro ma sair do corpo da pessoa. E estes ignoram tan to a medicina oriental quanto a nossa visão científica ocidental.
Levi veja que eles não perguntaram a Jesus por que ele estava possuído, mas por que havia nascido cego. Inclusive a pergunta dos discípulos me deixa com uma mosca atrás da orelha, porque eles perguntam: "...ESTE ou seus pais para que NASCESSE cego?"
ExcluirPor acaso ele já vinha de outra vida punido por pecado? Por outro lado vemos que as enfermidades nem sempre eram atribuídas a pecado. Ex.:
"E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, SE houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados." Tiago 5:15.
No caso da mulher que fala Lucas, a tradução Jerusalém reza assim: "E havia uma mulher que tinha um ESPÍRITO, que lhe trazia enferma faziam dezoito años; estava encurvada, e não podia de modo algum endireitar-se."
Perceba que Jesus responde ao dirigente da sinagoga:" Hipócritas! ... Então, esta mulher, uma filha de Abraão a quem SATANÁS matinha presa por dezoito longos anos, não deveria no dia de sábado ser liberta?
Não tem como Levi, os psicólogos entendem de pisque e olhe lá... rsrs, mas de demônios entende quem tem discernimento espiritual, não digo que só os evangélicos entendem, viu?
Beijo amigo.
Rodrigão, este tema é bem polêmico para os céticos, em especial. Sei que hoje os charlatões da fé, como a ignorância bíblica, têm prejudicado enormemente a credibilidade do poder de cura, dado por Jesus àqueles que creem. Apesar disso, não ignoramos que charlatões posam de profissionais em todas as áreas. Portanto se cremos que Jesus ensinou uma ética revolucionária, por que não crermos que Ele também curou enfermos e que deu autoridade para os que creem fazê-lo também? Finalmente Jesus primou por levar seus discípulos a vivenciarem seus ensinamentos. Ele é totalmente diferente dos líderes que não aceitam que outro possa brilhar, por medo de serem ofuscados. Ele ordenou que os discípulos fossem libertar cativos, levar vista aos cegos, ressuscitar mortos, etc. "De graça recebestes, de graça dai."
ResponderExcluirEu já fui usada para curar pessoas várias vezes, não porque tenha o dom de curar, mas porque eu creio na cura. Fui também curada milagrosamente e testemunho de que não só meus filhos, mas parentes e amigos foram curados e permanecem curados até hoje. A semana passada orei por meu filho que estava com uma febre muito alta e ele foi curado logo em seguida, não sei de que enfermidade, mas o sintoma desapareceu e cedinho, ele estava pronto para ir para o cursinho.
Quanto ao dom de línguas, também não tenho dúvidas. Falo línguas tanto humanas que não conheço, como língua dos anjos. Fui traduzida por um rapaz quando orei em alemão outras vezes fui traduzida em outros idiomas, inclusive hebraico, eu mal falo português e espanhol.
A língua estranha edifica sim o nosso espírito e é ele que tem a faculdade de se comunicar com o mundo espiritual.
A experiência mais linda que tive, foi quando um dia sozinha no meu quarto, eu ainda era bem nova, estava orando e comecei a falar uma língua que achei linda. Daí, como em uma canção eu dizia: "Adonai, Adonai..." Nesta época eu não conhecia este vocábulo ou alguma palavra em hebraico. A igreja do meu pai era pentecostal e todos leigos. Tempos depois eu estava lendo a história de uma judia, foi quando conheci a tradução da palavra. Fiquei bastante emocionada.
Beijo
Olá, Guiomar.
ExcluirInteressante seu testemunho e quem sou eu para poder negar a sua experimentação?
Mas, conforme certa vez me dirigi abertamente a um pastor neopentecostal, pergunto também à amiga:
"Você tem certeza se fala em línguas?"
Quando fiz esta pergunta ao pastor, outros membros que estavam no grupo de estudo ficaram perplexos com minha ousadia. Ele, porém, não se importou e, se não me engano, compartilhou ter também duvidado por um tempo de sua caminhada quando teria começado a experimentar o tal dom espiritual, se é que poderíamos classificar estas "línguas" como dons.
Sim Rodrigão, eu falo e nunca tive dúvida que eram línguas, conforme a experiência do pentecoste.
ExcluirUma das experiências mais lindas que tive, foi quando recém voltei para a Igreja, estava em Salvador, fui ao jejum de uma igreja batista, me ajoelhei e fiquei orando em silêncio, tinha bem poucas pessoas, logo em seguida, um pastor começou a falar em línguas e uma irmã creio, que sequer sabia ler, passou a interpretá-lo. Incrível foi que a tradução era exatamente o que eu estava perguntando na minha mente, a Deus. Isto demorou mais ou menos uma meia hora, porque quando eu percebi, fui perguntando mais e mais, até que Deus me falou sobre meu futuro ministério. Tudo se cumpriu à risca.
ESTA SENHORA INTERPRETOU UM JAPONÊS QUE ENTENDIA O PORTUGUÊS, MAS NÃO CONSEGUIA FALAR DE FORMA QUE A IGREJA ENTENDESSE SUA MENSAGEM.
Rodrigão " E, semelhantemente, a Cabala vê as doenças como resultados de comportamentos ou situações erradas."
ResponderExcluirTenho a impressão que é uma das respostas mais sensatas para as nossas enfermidades.
Pois é. O episódio de João 9 não anula o princípio de causa da enfermidade em relação ao que a Bíblia chama de "pecado".
ExcluirRodrigão
ResponderExcluirMas este tema "CURA" é muito subjetivo. Há mais ou menos 2 anos, eu ouvia no programa de R.R, uma ex-prostituta dizendo que se sentia virgem de novo, e deu seu testemunho que Deus tinha recuperado o seu hímen.
Entendo que o que ela quis dizer é que se encontrava apta para uma nova lua de mel, se sentindo novamente com uma virgem. É um milagre extravagante? É. Mas quem sou eu, para me aventar a tirar da cabeça a sua sensação de certeza para mostrar que ela não foi curada, cientificamente falando? .
Na religião, o crente pode encontrar no imaginário, um meio de superar as suas decepções. A psicanálise diz que um desejo ardente faz você sonhar e tocar o “real”. Tomé acreditou ter tocado nas feridas de Jesus, muito embora Ele não estivesse ali em carne e osso.
É nos sonhos que o crente sente as suas aspirações e pulsões satisfeitas. São os seus desejos que talham um Deus correspondente à sua vontade
A recuperação da virgindade da irmã, eu diria, que foi uma maneira dela lidar com a sua sexualidade, achando-se agora, interiormente pura e redimida para uma nova aventura, desta feita com as bênçãos do seu Deus.
Mas diria a Guiomar: isso é puro charlatanismo!
O que importa para a mulher que não tem mais hímen, mas sente dentro de si que ele foi reconstituído, é viver a sua fantasia, sem culpa e sem medo.
Eu não sabia deste "testemunho", mas suspeito que seja algo meio que forçado e não descarto a possibilidade de que a pessoa que testemunhou tivesse feito uma leitura meio que fora de sua realidade. Ainda assim, não limito o poder divino. Dentro do que colocou, a cura física então não teria se operado visivelmente. Digo que considero o que expôs como uma forte hipótese mas que não pode ser generalizada como se todas as demais situações fossem idênticas ao subjetivismo das pessoas que alegam terem sido curadas. São casos e mais casos que se diferenciam assim como parecem se diferenciar os milagres narrados nos evangelhos feitos por Jesus.
ExcluirRealmente Levi, eu não creio mesmo, porque Deus seria preconceituoso? Ainda mais vindo das igrejas destes mercenários da fé.
ExcluirE porque só os homens podem casar desvirginados? rsrs
O que falta a estas pobres vítimas é saber que são amadas tanto quanto os homens, com ou sem hímen.
Nobre Advogado Relacional Rodrigão, se a Igreja se preocupasse mais em engajar-se de maneira sólida para melhorar a saúde pública com atuação em movimentos políticos/sociais, o charlatanismo e alienação diminuiriam ampliando oportunidade de qualidade de vida para os de fora da fé. Isso é propagar o evangelho fazendo com que o Reino de Deus seja objetivo na vida dos "oprimidos e sobrecarregados".
ResponderExcluirConcordo com a sua visão crítica, Franklin! Havendo mais saúde e qualidade de vida, o mercado para os charlatões fazerem o sacro commercium ficaria menor.
ExcluirVale acrescentar que as igrejas, além de poderem lutar pela melhoria da saúde pública, podem ainda lutar por meios complementares de assistência aos seus membros e às comunidades nas quais estão inseridas. Esta é uma visão que poucos pastores de hoje teriam no Brasil, mas que, no passado, foi motivo de construção de inúmeros hospitais. Tanto por protestantes quanto por católicos, suprindo a ausência estatal. Penas que tais unidades de saúde venderam-se ao capitalismo.
Caros confrades,
ResponderExcluirInteressante o tema.
Rodrigo,
Como você cita no teu texto, curas e "milagres" eram feitos comuns nas tradições místicas antigas do oriente, principalmente no Egito. Aliás, existe uma tese de que Jesus teria "aprendido" a curar no tempo da sua estadia no Egito, como informa o texto de Mateus. Se for este o caso, a família de Jesus ficou no Egito bem mais tempo do que diz o texto, o que seria também uma explicação para a falta de informações nos evangelhos de toda a juventude de Jesus. A arte da cura pela imposição de mãos era relativamente comum nos tempos de Jesus.
Portanto, haver curas no nosso meio cristão não é nenhuma novidade. E elas acontecem de fato. Deixo de fora do meu comentário o contexto muita vezes de ludibriação ou de barganha no meio neopentecostal.
Não discordo de nada do que a nossa confraterna "fundamentalista" (heee) GUI disse. A minha discordância seria apenas na fonte de tais fenômenos.
As ciências da mente atualmente cada vez mais investigam os "poderes da nossa mente" e têm descoberto o que os místicos já sabiam há milênios. O farmacêutico francês EMILE COUÉ ficou famoso quando a partir dos seus estudos da cura pela mente inconsciete(ou fé, dá no mesmo) conseguia curar várias doenças de seus pacientes apenas pela auto-sugestão. Evidente que a cura mental possui limites. Uma fratura exposta não será consertada somente com a fé ou sugestão mental.
O livro de Coué, "O domínio de si mesmo pela auto-sugestão consciente" virou um clássico do tema.
Olá, Edu!
ExcluirNo caso de Jesus, eu descartaria a influência egípcia já que, no texto, eu me referi a um tempo que seria anterior aos gregos.
Nos dias de Jesus, parecem ter existido curandeiros e exorcistas judeus, os quais repreendiam espíritos malignos, usando, inclusive, fórmulas padronizadas. E isto encontra-se registrados nos Manuscritos do Mar Morto, nos escritos de Flávio Josefo, quando o rabi Eleazar teria expulsado um demônio (Antiguidades 8.46-47), e ainda no Talmude envolvendo o rabi ben Yohai.
A cura pelo toque e até pelo cuspe, como no caso do cego de nascença, são também atestados na literatura rabínica. Porém, ele não mostrou dependência de nenhuma matéria e, nos evangelhos, temos casos de curas feitas à distância, sem nenhum contato de Jesus com o doente ou endemoniado (caso do servo do centurião).
Uma característica marcante em Jesus é o uso da autoridade sobre demônios e enfermidades, usando ainda de um reincidente pedido de segredo (modéstia?) para que a pessoa agraciada não contasse nada a ninguém. E ele atribuía à fé do próprio paciente o recebimento do milagre.
Acredito que pessoas praticam auto-sugestão, mas não acho que isto explique todos os casos de curas e milagres. Muitas das vezes, a auo-sugestão pode tornar-se um auto-engano que, neste caso, torna-se perigosamente prejudicial.
Pois Edu, que você creia nesta fonte apelidada de Gui. Eu não tenho razões para querer testemunhar do poder de Deus com invenções. Ele jamais aprovaria e não me traria nenhum proveito.
ExcluirFui orar pelo marido de uma amiga minha com fratura no crânio e roguei a Deus que emendasse hermeticamente o crânio dele. Passado o tempo ele foi fazer um exame na cabeça e o médico perguntou a minha amiga se ele havia feito alguma operação na cabeça, ela falou que não, ele disse não entender, porque ossos que foram fraturados estavam perfeitamente emendados.
O homem não era evangélico, ele havia sofrido um acidente com o carro, porque estava sob efeito de álcool.
Eu creio no Deus que tudo pode e que fez no passado e faz hoje. Ainda vou trazer muitos testemunhos para vocês.
Rodrigo,
ResponderExcluirO momento em que uma pessoa busca a cura, é o momento de maior fragilidade. Não consigo pensar em algo mais critico do que enfermidade de um familiar ou a da própria pessoa. E por esse assunto ser o que mais nos apavora essa se torna a isca principal para a manipulação. Uma vez que se obteve a cura, não importando se foi sugetionada ou não, a pessoa ´dificilmente se afastará daquela crença que trouxe a cura,pois duvidar dessa crença seria o mesmo que duvidar da fonte da cura.
Eu acredito em curas espirituais, já vi algumas coisas significativas, mas já vi muita coisa como citaram os outros amigos.
Deus nos livre de precisar buscar fora de nós mesmo a nossa cura. Que Deus esteja próximo em nossa necessidade, que consigamos sintonizá-lo com facilidade na hora da dor. Para termos a possibilidade de pensar com clareza que acaba faltando na hora do desespero.(Amem irmãos?)
Um abração! Q bom que voltou a publicar aqui na Confraria!
Fica com Deus.
Ótimas colocações, Mari.
ExcluirConforme colocou, eis que, em casos assim, poderíamos estar diante de um auto-engano espiritual.
Ao invés da pessoa atribuir a cura a Deus e lhe dar glória, ela acaba achando que foi por causa da oração de fulano, de ter estado numa igreja específica, como bem colocou o Eduardo, ou até num terreiro de macumba.
Há ainda o auto-engano em relação a outras experiências. Por exemplo, alguém pode ter uma EQM (experiência quase morte) e pensar er falado com seus pais, com Maria, Jesus, Buda ou um orixá. Ou seja, a nossa leitura sobre o mundo espiritual acaba correndo o risco de ser afetada pela visao religiosa na qual vivemos.
Rodrigo, A experiência religiosa afeta por demais rs...por exemplo é raro o relato de crentes que tiveram uma visão de Maria e que ela os tenha curado, se Maria é um ente espiritual ativo poderiamos ser agraciados por ela mais vezes a despeito da recusa de alguns. Se bem que me lembro de uma irmã evangélica) que teve uma visão com Maria e recebeu a Cura de seu bebê se tornando católica depois dessa experiência (tem no Youtube esse testemunho). Nesse caso raro alguém vivenciou uma experiência fora de sua visão religiosa. Há também inúmeros ralatos de crentes, já vi até pastores que viram um ente querido pós morte rondando a casa onde morava ou coisas do tipo. Esses dias uma amiga, da igreja apascentar me relatou que após a morte da mãe teve várias visões com essa dentro de casa, com aparência mais jovem. Repreendeu imediatamente pois segundo ela era o diabo. Veja que não só a experiência mas tb como interpretamos a experiência, não foge de nossa visão particular.
ExcluirObrigada pela atenção. Fica com Deus
Best Hereja, por isso bem disse o Mago Levi que a cura é subjetiva, e eu complemento na minha "LEIGUICE" porém experiência ministerial, que ela se manifesta através de mecanismos psicológicos através da fé.
ExcluirO intrigante e desonesto é quando uma pessoa de qualquer outra religião é curada atribuindo a benção aos santos de sua confissão de fé e então logo vem um crente dizendo que "O DIABO TAMBÉM CURA".
ÔÔÔ racinha à toa esse tal de crente (pelo menos alguns com esse tipo de visão!)
"O intrigante e desonesto é quando uma pessoa de qualquer outra religião é curada atribuindo a benção aos santos de sua confissão de fé e então logo vem um crente dizendo que "O DIABO TAMBÉM CURA"."
ExcluirBest, essa é uma coisa que tem o poder de me irritar rs... O pior é que não se pode nem debater pois é perda total de tempo. Fato é que nesse mundo dos enganos, tem diabo amando, curando, ensinando sobre ecologia...era mais fácil quando ele só roubava,matava e destruia.
Abração!!
Mari, gostei da sua colocação "Que Deus esteja próximo em nossa necessidade, que consigamos sintonizá-lo com facilidade na hora da dor. Para termos a possibilidade de pensar com clareza que acaba faltando na hora do desespero"
ExcluirO problema está ai, as pessoas se sentem indignas de Deus, portanto não acreditam que suas orações tenham o mesmo poder das orações que fazem os "santos homens e mulheres de Deus." Esquecem que nós apesar das nossas maldades, não deixaríamos de fazer o bem a alguém que amamos, pelo simples fato de que ela não seja aquilo que gostaríamos que ela fosse.
Quanto a história de ver gente que já morreu, eu vou tentar fazer um texto sobre o assunto. Beijo.
Está ficando interessante o debate.
ExcluirConfesso que as Escrituras não têm respostas pra tudo assim como nenhuma religião.
Concordo que até a nossa interpretação dos fatos "sobrenaturais" pode ocorrer de maneira equivocada e baseada num engano subjetivo e daí hei de respeitar o parapsiquismo, desde que desvinculado das amarras da doutrina espírita. Pois, há mais tempo do que nós, existe gente aqui e em outras partes estudando cientificamente os fenômenos chamados "paranormais" ou "parapsíquicos" tipo clarividência, clariaudiência, pré-cognição, levitação, bilocação, psico-pirografia (produção de fogo espontâneo), projeção consciente, transfiguração, domínio bioenergético e a psicografia.
Aí, somente quando se busca empreender uma análise científica dos fatos é que podemos estabelecer conclusões lógicas não nos deixando levar nem pela doutrina religiosa do espiritismo e nem pelo orgulho ceticista com o qual muitos evangélicos foram impregnados pelas igrejas reformadas mais tradicionais. E, nesta área, duvidar das coisas e não crer cegamente nas próprias impressões (ou nas impressões alheias) faz parte da investigação.
Abraços.
Rodrigo, nem eu defendo que o espiritismo explique os fenomenos dessas pessoas pelo menos não foi o que eu quis defender nesse momento rs... o que quis dizer é que nossa interpretação e mesmo os fenômenos passam por nossa percepção religiosa.
ExcluirComo já disse em outras vezes, eu não sou espírita! Se bem que toda vez que falo isso aqui me lembro de um quadro do Casseta e Planeta em que um cara era encontrado em uma sauna gay e dizia: EU NÂO SOU GAY! rs...
Se pareci tendenciosa não foi minha intenção. Não falei do ponto de vista científico mas das percepções puramente religiosas.
Um abração! Fica com Deus.
Gui,
ExcluirVerdade! Muito se afastam de Deus por se sentirem indignos.
Mas precisamos encontrá-lo em nossa indignidade diária. Na alegria e na tristeza rs...
Vc vai escrever sobre ver gente que já morreu? Receba um dado: Eu que me interesso por espiritsmo nunca vi uma alminha se quer GRAÇAS A DEUS! Mas tenho uma tia da igreja Batista que viu meu tio morto, Conheço uma senhora crente que viu a mãe que morreu há alguns anos esses dias no pé da cama (CREDO!!)rsrs..., e tem essa professora amiga minha que contei. Não só os espiritualistas andam vendo os mortos não! Tem muito crente vendo tb. Mencione isso em seu texto, pois foge um pouco do comum, né?
beijins!! Fica com Deus.
Mari,
ResponderExcluirvocê foi perfeita em sua observação:
"Uma vez que se obteve a cura, não importando se foi sugetionada ou não, a pessoa ´dificilmente se afastará daquela crença que trouxe a cura,pois duvidar dessa crença seria o mesmo que duvidar da fonte da cura."
É exatamente isso. A pessoa se cura na IURD ou no Valdomiro, e elas percebem isso como confirmação que tal lugar é onde está "a mão de Deus".
Nada mais falso.
Nada mais falso e nada mais difícil de romper.
ExcluirAbraços...
Segundo estatísticas cerca de 25% dos cristãos no planeta são evangélicos pentecostais, podemos então considerar que cerca de meio bilhão de pessoas crêem na intervenção sobrenatural para libertação de doenças por meios sobrenaturais bem como no fenômeno da glossolalia.
ResponderExcluirNa verdade existem muitas controvérsias em torno desse tema.
Os pentecostais vivenciam tais fenômenos crendo serem de origem divina. Os tradicionais por sua vez classificam tais manifestações como sendo espúrias, pois sua validade se limitou ao período da igreja primitiva. E ambas as tradições, apesar dessa significativa diferença trilham seus próprios caminhos de sucesso.
Basicamente, no campo teológico, a discussão segue linhas paralelas no que diz respeito à interpretação e extensão dos textos de Isaías 53 e Oséias 2.
Sobre as línguas estranhas, nem mesmo os pentecostais sabem afirmar com certeza se tal fenômeno ou simplesmente comportamento, se trata de glossolalia ou da xenoglossia.
Já em relação às curas, não é difícil explicar quais são os mecanismos, seja no campo psíquico ou da fé. Difícil mesmo é trazer uma explicação válida, da razão de alguns serem curados e outros da mesma maneira necessitados, apesar de buscarem com fervor nunca receberem a cura por esses meios.
Exato, Donizete!
ExcluirÉ muito difícil criarmos uma teoria a respeito disto assim como deve ter sido complicado para os autores do Novo Testamento.
Penso que a via da experimentação é válida, Só que aí, quando uma pessoa experimenta (ou pensa ter experimentado), ela resolve ditar uma teoria conforme vivenciou.
Confesso que, embora seja mais simpático aos tradicionais do que aos pentecostais, vejo que, nestas horas, os membros das antigas igrejas encotnram-se bastante bloqueados para investigar e conhecer o assunto, preferindo a resposta pronta das doutrinas teológicas que seguem.
Por sua vez, não há como negarmos que os pentecostais também podem se alienar quando se fecham denro de suas próprias explicações.
De qualquer modo, muitas vezes todos nós pecamos por pensarmos saber e não querermos conhecer.
Abraços.
Doni, ai eu diria, vale estudar sobre a soberania de Deus e o conhecimento que Ele tem de cada pessoa em particular.
ExcluirEstou orando intensamente sobre o cumprimento de palavras de Jesus como: "“E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demónios; falarão novas línguas; Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa ..."
Posso te fazer uma pergunta? kkkkkkkkkkkkkk
Rodrigão sua colocação aqui é perfeita, "Penso que a via da experimentação é válida, Só que aí, quando uma pessoa experimenta (ou pensa ter experimentado), ela resolve ditar uma teoria conforme vivenciou."
ResponderExcluirIsto inclui várias outras experiências, eu creio que este é um dos motivos fortes para que existam tantas doutrinas sobre comportamento, cura, oração e por ai vai.
Pois eu acho que o estabelecimento de doutrinas nesta área é um sério equívoco. Pois o que precisa ocorrer é mais investigação e busca, duvidando sempre dos conceitos que foram construídos por nós.
ResponderExcluirPaz!
Não estou defendendo a criação de doutrinas, pelo contrário, acho que elas nascem de experiências equivocadas ou particulares.
ExcluirPaz!
Gui,
ResponderExcluirsinto lhe informar que é impossível estudar concretamente "a soberania de Deus e o conhecimento que Ele tem de cada pessoa em particular."
Tudo o que se pense do assunto será construção nossa, a partir das nossas compreensões do texto bíblico, que é em si mesmo, também temas construídos pela experiência de seus autores.
No final, nessse campo metafísico teológico, tudo é construção. Apesar dos que afirmam que o que eles pensam é a verdade concreta do ser divino.
"Em tempo".
ExcluirSe de fato é assim como eu disse, no final o que conta mesmo é a experiência subjetiva que cada um tem com o divino.
Edu, de onde vem as afirmações dos psiquiatras, psicólogos, psicanalistas, não seria construídas a partir de estudos subjetivos? E como se chega a conclusão de uma tendência geral, não é através de pesquisas corpo a corpo?
ExcluirPorque não seria eficaz no sentido espiritual? Veja esta entrevista: http://youtu.be/5FwmvNrzKuA quem pode negar?
Algo que não tem a ver com o tema.
ResponderExcluirachei legal que o KILIM e a MARI colocaram o logo desta confraria em seus blogs particulares. O Kilim o denominou como "o recanto dos hereges" - aviso para que os fundamentalistas mantenham distância? kkkkkkkkkkk
Tio Edu, eu coloquei o logo ANTES do Franklin. Ele copiou a minha idéia rs...ele é muito invejoso!!rs... Não elogia ele não, só elogia eu!
Excluirah, tá bom, Mari. Kilim, retiro o que eu disse a seu respeito....heeee
ExcluirDE JEITO NENHUM!!! VOU PROCESSÁ-LO POR SUPRESSÃO DE BENEFÍCIOS!!!rsrsrs
ExcluirÉ nada!!! É RATOEIRA pra pegar fundamentalista de esgoto!!!rsrsrs
ExcluirO que é logo? kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk E como coloca? Para eu num ficar sem a admiração do Edu? heheheheeh
ResponderExcluirTu salva a imagem no seu desktop, depois vai em adicionar um gadget e escolhe o de imagem. Ele vai pedira pra procurar a imagem aí é só adicionar!
ExcluirSe não der certo reza 3 PAI NOSSO, 4 AVE MARIA e pra ajudar acende 12 velas proféticas preta e uma vermelha pra pomba gira num ATRAPAIÁ!!!KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Mas eu botei mais primeiro!!rs...O Tio Edu só elogia Eu! rs... (Baixou o tonho da Lua)
ResponderExcluirColoca sim Gui, fica bonitinho e faz propaganda da Confraria. É um link com a imagem do blog. Olha lá no meu próximo aos seguidores.
Beijins...
MINTIRA TIO DUDU, ESSA MININA TÁ CUM PRESEPADA!!!rsrsrs
ExcluirOh no my God! Tonho da lua não!!! Aqui em casa só dá ele a tarde!!!
ResponderExcluirkkkkkkakakakaaka
ResponderExcluirninguém quer mais discutir o texto do Rodrigo, não? Se espremer ainda sai muito caldo!!!
Gui, o "logo" - de "logotipo" é essa montagem magnífica no alto do blog que minha esposa designer fez para nós sem cobrar nada...kkkkkkkk
E sobrinhos queridos, não fiquem com ciúme uns dos outros. Vou fazer como Paulo disse que Deus fez: vou colocar todos debaixo do pecado para ser benevolente com todos...kakakakkaka
Ótimo texto,li e achei muito interessante.
ResponderExcluirQuanto aos dons de "curas",o dom de falar em "línguas"... Sei lá é tudo muito relativo,ultimamente tenho sempre mencionado que para Deus nada é impossível e tive provas disso.Mas,infelizmente temos muitos picaretas por ai.
ABRAÇO CARINHOSO E FRATERNAL ...
GIOVANA
Olá Giovana,
ResponderExcluirVerdade é que a picaretagem (in)vangélica faz cair em descrédito os dons de cura. Mas acredito que promover a saúde das pessoas está intimamente relacionado com a propagação das boas novas e o curioso foi que Jesus mandou que nós, seus discípulos curássemos os enfermos.
É intrigante nós termos a cura para as enfermidades? Isto mexe um pouco com as concepções que fui aprendendo no meio eclesiástico, no sentido de apenas orar para que Deus conceda a cura.
Atualmente tenho conseguido ver os dons de cura de uma maneira bem ampla.
Abraços.
Gui,
ResponderExcluirConcordo com você e compreendi o que colocou sobre as doutrinas de cura que surgem aos montes por aí!
Nesta área, conforme respondi ao rapaz do Facebook sobre os dons de línguas, apenas podemos levantar hipóteses, não certezas.
"Rodrigo, nem eu defendo que o espiritismo explique os fenomenos dessas pessoas pelo menos não foi o que eu quis defender nesse momento rs... o que quis dizer é que nossa interpretação e mesmo os fenômenos passam por nossa percepção religiosa." (Mariani)
ResponderExcluirConcordo. Geralmente é a nossa experiência religiosa mesmo que influencia nesta interpreação. Imagine um hindu dizendo que foi a deusa tal quem o curou quando ele banhou-se nas poluídas águas do Ganges?! Se viajarmos pela Índia, talvez escutaremos muitos relatos sobre curas e aí vai ter bastante evangélico brasileiro achando que foram operações diabólicas.
"Como já disse em outras vezes, eu não sou espírita! Se bem que toda vez que falo isso aqui me lembro de um quadro do Casseta e Planeta em que um cara era encontrado em uma sauna gay e dizia: EU NÂO SOU GAY! rs..."
Mana, não estou dizendo que você seja esírita pelo que colocou. Para nós que estamos dispostos a debater cientificamente esses assuntos e considerando também aquilo que está além da ciência, estudar as experiências dos espíritas é válido e acrescenta. Existe um curso chamado Ciência da Religião e ali o aluno tem que estudar sobre tudo relacionado à religião. Inclusive depoimentos de supostas cirurgias mediúnicas, etc. Atualmente, diga-se de passagem que há espíritas kardecistas estudando estes fenômenos com menos fobias do que muitos evangélicos.
Certo, Rodrigo!!!
ExcluirAbração.
Edu,
ResponderExcluirConfesso que escrevi demais e o texto ficou um pouco longo.
Tem muito assunto a ser abordado dentro do que coloquei e do que não escrevi.
Acredito que, numa próxima oportunidade, poderemos retornar. No momento, se dependesse de mim, eu postaria aqui algo bem interessante sobre Spinoza. Porém, vou aguardar a ordem de postagem.
Abração a todos!